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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O BE na lama como todos os outros

O poder corrompe e é o que está a acontecer ao BE e ao PCP (embora menos) . O que seria de berraria e de indignação se BE e PCP estivessem na oposição .

É um regalo ver Catarina Martins recorrer aquela táctica de José Sócrates de justificar com a vida privada as malandrices da vida pública. Os SMS entre Centeno e Domingues são privados embora versem a coisa pública. Uma delícia ver Catarina e as meninas do Bloco, exigirem "ser diferentes" e de terem uma superioridade moral acima de todas as suspeitas. É de rebolar a rir .

O BE converteu-se em uma agremiação de fanáticos a caminho do poder e, para isso, não tiveram pejo em deitar lama na ventoinha que agora se espalha na cara, nas mãos e na alma da Catarina .

Entretanto, Louçã está a caminho do Conselho Consultivo do Banco de Portugal.

Cavaco Silva : o PEC lV já não resolveria nada

Estava de facto em causa o pagamento de salários e pensões . A Grécia e a Irlanda já tinham pedido a ajuda externa mas Sócrates prosseguia uma política errada .

Cavaco Silva admitiu que, “mesmo que o PEC IV fosse aprovado já não teríamos conseguido evitar a ajuda externa”. O ex-Presidente admitiu que a situação a que Portugal chegou — “o que estava em cofre era reduzidíssimo” — fazia com que o país não tivesse “recursos para satisfazer as suas necessidades” e que “podia, de facto, estar em causa o pagamento de salários e pensões”.

O resgate a Portugal “foi o resultado de políticas desenvolvidas ao longo do tempo, em particular desde 2008, num contexto internacional muito complexo”. Políticas que “geraram um grande desequilíbrio das contas externas e nacionais na ordem de 10% do produto, que conduziram a situação de emergência nacional. Nem Estado nem empresas conseguiam contrair empréstimos no exterior”, sublinhou o antigo Chefe de Estado.

Então o défice estrutural aumenta em 2015 e em 2016 ?

Não diminui, aumenta, diz a UTAO . E sabem o que é a UTAO ? É aquela unidade de acompanhamento da execução orçamental que funciona na Assembleia da República em apoio aos deputados.

Se Bruxelas considerar que Portugal está na categoria de “risco de incumprimento”, pode convidar as autoridades portuguesas a tomar as medidas necessárias para corrigir esta trajetória.

Mais grave seria se a Comissão decidisse que Portugal estaria em risco de “sério incumprimento”, algo, aliás, que Bruxelas fez alusão na carta que enviou há dois dias ao Governo português. Se for esta a avaliação, a Comissão tem até sexta-feira da próxima semana para preparar uma opinião em que pediria às autoridades portuguesas para rever o orçamento e apresentar uma nova proposta a Bruxelas.

Em última instância, Portugal pode vir a ser alvo de sanções. Depois de ser advertido, a Comissão pode aplicar uma coima de 0,2% do PIB por violação de regras. Caso o incumprimento se mantenha, as multas podem atingir os 0,5% do PIB.

O mistério das off shores

offshores fisco.jpg

 Tudo registado , tudo cumprido, tudo taxado. Falta o quê ? António Costa não devia mentir. Plantar notícias para desviar as atenções da bronca na CAIXA é feio . É que para o dinheiro ser transferido pelos bancos estes têm que comunicar ao Banco de Portugal e à Autoridade Tributária. Agora se esta última não publicou os dados ...

Se não estivessem registadas não se tinha conhecimento das transferências e o ex- Director Geral da AT já veio confirmar que tudo foi feito conforme manda a Lei. Talvez o petardo rebente nas mãos de alguém .

Nada foi escondido da Autoridade Tributária

Rui Mendes Ferreira

11 h ·
 

O artigo do dia:

"quem não off shora não mama", ou "tu off shoras, e eles off shoram".

Sobre as transferências de capitais para as off shores.

Anda por aí a malta socialista, toda em polvorosa porque parece que saíram 10 mil milhões de capitais para fora do país, durante o anterior governo, e supostamente sem que ninguém tivesse dado conta disso, e como se estas transferências fosse ilegais, resultantes de fugas ao fisco, sem controle, e perdendo-se o rasto destes capitais

Ora nada mais falso e errado.

Se temos actualmente conhecimento destas transferências, é porque elas foram devidamente registadas, e controladas pelo nosso sistema bancário, e porque foram atempadamente e correctamente reportadas à Autoridade Tributária. O próprio Banco de Portugal, tem que ter conhecimento e registos destes movimentos de capitais. E se ha registos, é porque estes capitais estavam devidamente identificados e legalmente contidos no nosso sistema financeiro.

Mais, transferir ou possuir capitais depositados em bancos em regimes de Off Shore não é nem ilegal nem crime nenhum. Desde que tudo esteja devidamente registado e reportado, e os capitais não sejam de origem ilegal e tenham pago na sua origem os respectivos e legalmente devidos impostos, nada há a opor.

Actualmente, para se proceder a transferências desta natureza, e destes montantantes, dentro do nosso sistema bancário acreditado, é obrigatório o cumprimento estrito de um sem número de normas internacionais.

Toda a informação tem que ser devidamente registada, no que concerne à origem, destino e titulares dos capitais em questão. E nada foi escondido da AT.

A AT pode requerer ou não uma verificação dos dados, e tem 15 anos para o poder fazer, junto dos bancos e junto dos titulares dos capitais. No passado este prazo era de somente 4 anos, e foi o anterior governo de Passos Coelho que alargou este prazo para os actuais 15 anos.

Quanto aos capitais, se estavam devidamente indentificados no nosso sistema bancário, então é seguro e garantido que terão sempre pago os respectivos impostos devidos.

Portugal fazendo parte da UE e como tal, sendo subscritor de algumas convenções internacionais, está obrigado a praticar a livre circulação de capitais, e como tal, compete totalmente aos seus legais titulares, fazer a sua movimentação para onde e quando o bem entender.

Mais, assim como existem transferências para o exterior, de capitais por esta via, também entram capitais exactamente pelas mesmas vias e pelos mesmos procedimentos.

O que interessa para um país, em termos de saúde financeira, é que o saldo entre saídas e as entradas, seja positivo, pois isso na prática representa um aumento de entrada de riqueza e de liquidez para o nosso sistema bancário e para o país.

Mas se estamos perante uma situação em que saem mais capitais que aqueles que entram, então o que nos deviamos estar a perguntar e a preocupar, deveria ser porque motivos e razões tal tem estado a acontecer

Por alguma razão, os donos desse capital e demais investidores, entenderam que seria melhor ter o seu dinheiro depositado em bancos de outros países. E os motivos pelos quais as pessoas e as empresas optaram por levar o seu dinheiro daqui para fora, é que os nossos politicos e governantes deveriam tentar saber, e com isso é que se deveriam preocupar.

Por algum motivo os donos daqueles capitais entendem que não somos um país credível, não confiável, com governos e governações inimigas dos capitais e investidores, e tn deixaram de confiar na solidez honestidade e seriedade dos nossos bancos e dos nossos banqueiros.

Isto é que deveria estar no topo da agenda, dos nossos políticos e não se o governo A ou B soube ou não da saída destas capitais. Tal conhecimento é irrelevante, pois a sua decisão de saída em nada depende do governo.

Aos governos, governantes, e politicos, compete é criar condições atractivas, clima de confiança e de seriedade, e condições fiscais, para que os donos dos capitais, se sintam bem vindos, bem tratados, seguros, e interessados em manter por cá o seu dinheiro. E não é com gente no governo a aumentar cada vez mais as cargas fiscais sobre empresas e empresários nem com gente a dizer que não pagamos a dívida pública que devemos, nem com gente a dizer que há que ir retirar dinheiro a quem o andou a acumular (poupar ou ganhar), nem com gente a recusar eliminar o deficit nem a querer contas públicas em ordem, que se constrói um país credível e seguro para os investidores, empresas e empresários.

Mas pelo que vejo, nada disto faz parte da agenda política, nem das preocupações do povo português. Porque saíram não interessa. O que interessa mesmo é andarmos a discutir se os gajos da AT sabiam ou não sabiam.

E até que assim seja, Portugal irá continuar a ser um país e a ter uma economia, de onde sairá mais capital do que aquele que entra ou cá fica.

Mas como é assim que queremos, é assim que será.

Nota: Amanhã irei escrever a segunda parte deste artigo, onde irei apresentar os valores transferidos para Off Shores fora de Portugal, por cada ano, desde 2009 até 2014. E garanto-vos que irão ter enormes surpresas, daquilo que vos têm andado a ocultar ou a tentar manipular. ;)
Rui Ferreira

A austeridade aplicada foi demasiado severa

O FMI já o afirmou há tempos, agora é a vez desta instituição alemã. Austeridade a mais foi contraproducente .

Os cortes por vezes "drásticos" na despesa neutralizaram os efeitos das reformas estruturais, agravando a recessão em Portugal, Espanha e Itália. Num estudo publicado esta quarta-feira, 22 de Fevereiro, o instituto de investigação económica alemão DIW conclui que a política de austeridade aplicada entre 2010 e 2014 foi "contraproducente" porque amplificou os efeitos da recessão.

"As políticas deveriam consistir em reformas estruturais – por exemplo, aumentando a idade da reforma, reformando o mercado de trabalho, simplificando burocracias e reformando o sistema fiscal – e consolidações orçamentais mais modestas", concluem. Medidas orçamentais que favoreçam o investimento também são aconselhadas.

"Uma combinação de medidas como esta poderia aumentar o potencial de crescimento a médio prazo, aliviando os orçamentos através do aumento de receita fiscais", concluem os autores.

 

O desprestígio dos professores e a falta de autonomia das escolas

Na Finlândia é mais difícil chegar a professor que a médico ou a Jurista. 

Se adotássemos o excelente sistema finlandês o resultado poderia ser catastrófico. Não por razões culturais, mas porque não há bom sistema que resista a uma máquina burocrática centralizadora e à desmotivação ou falta de vocação de professores. Quanto à primeira, defendo uma crescente autonomia das escolas. Mas é em relação aos professores que a mudança é mais urgente. A solução não é avaliar de forma severa quem está a dar aulas. Isso é trancar a porta quando a casa já foi roubada. É na entrada que tudo se decide. Na Finlândia, é mais difícil entrar na formação de professores do ensino básico do que em Medicina ou Direito. É uma pescadinha de rabo na boca. Como é difícil chegar a professor só os melhores conseguem e a profissão ganha estatuto social. A sociedade confia nos professores e eles ganham autonomia, tornando a profissão atrativa e levando os melhores a querem ser professores, o que torna a seleção mais apertada. Em Portugal, temos de quebrar outro ciclo vicioso: o desprestígio da profissão cria desalento e torna a docência pouco atrativa, levando a sociedade a não confiar nos professores e a burocracia a tutelar a sua atividade, o que leva os melhores a quererem outro rumo .

Portugal em risco de sanções

Estamos numa nova novela de sanções depois de aparentemente termos evitado a anterior . A dos défices excessivos. Agora são os desequilíbrios macroeconómicos que Portugal não corrigiu nem apresentou medidas nesse sentido.

O problema é que a economia portuguesa continua a ter desequilíbrios macroeconómicos excessivos, disse esta quarta-feira a Comissão Europeia, e os progressos que fez em torno da sua resolução foram limitados. A repetição da presença na lista dos maus alunos vai valer a Portugal uma análise mais próxima da parte da Comissão, que em maio volta a reavaliar a situação portuguesa. Se Bruxelas entender que Portugal não fez o suficiente, poderá passar o país para a vertente corretiva deste procedimento, o que em última análise levaria a uma sanção de 0,1% do PIB, a tal multa de cerca de 190 milhões de euros.

Isto acontece no mesmo ano em que Portugal deverá conseguir apresentar a Bruxelas um défice perto dos 2,1% do PIB, fundamental para retirar Portugal da mira do Procedimento por Défices Excessivos. Mas se é verdade que deve sair de um, também o é de que se está a arriscar a um segundo. A questão não é tanto os desequilíbrios mas antes a falta de medidas para os resolver.