Os sindicatos da Carris que são a favor da municipalização da empresa, bem como a respectiva Comissão de Trabalhadores (igualmente favorável à gestão do município) tinham uma reunião marcada com o PCP para as 14:00 desta quinta-feira, mas abandonaram o encontro antes mesmo de ele começar. É que o PCP sem avisar os sindicatos com quem ia reunir levou pela mão a CGTP.
Trabalhadores da Carris contra PCP . Leiam os comentários de quem me acusa que eu estou a mentir .Trabalhadores contra o PCP ? Pode lá ser ! Então o PCP não é o genuíno representante dos trabalhadores ? Os trabalhadores não precisam de pensar o PCP pensa por eles .
Bem diz o secretário geral da UGT, Carlos Silva, que o secretário geral da CGTP tem que evoluir, o 10 de Outubro de 1917 já foi há muito tempo
..."sem medidas extraordinárias, o défice seria de 3,4% do PIB, superior ao de 2015", considerando que "a queda do défice orçamental em 2016 ficou a dever-se a medidas pontuais e à queda do investimento público e não a qualquer tipo de medidas estruturais, o que lhe confere especial fragilidade".
Como se fabrica um défice : ...Para compensar, o Governo gastou menos 3.000 milhões de euros face ao que tinha para gastar. No investimento público menos 1.000 milhões. Em subsídios e transferências correntes entre entidades da administração pública, menos 800 milhões. Em outras despesas correntes menos 900 milhões. E noutras ainda, a diferença para os três mil milhões. Ou seja, menos crescimento, menos receita, menos despesa e menos défice .
O investimento em Portugal deu um trambolhão nunca visto , isto apesar de Costa ter dito que não há relançamento da economia sem investimento. Mas para conter o défice com reversões de salários e pensões que não pode pagar, Costa cortou estupidamente no investimento e com essa decisão decepou a economia.
"Essa ideia peregrina de que é possível relançar uma economia sem haver aumento significativo do investimento público é uma ideia absolutamente fracassada". As palavras são de António Costa, proferidas há exatamente dois anos, mas os atos do atual primeiro-ministro são o oposto."
Siga o link e veja o vídeo e perceba como o governo está a afundar o país e a limitar o crescimento da economia. E sem crescimento à volta dos 4% não pagamos a dívida nem haverá melhoria nos salários e pensões.
Camilo Lourenço : O artigo de hoje: A crescente, e notória, tensão que o primeiro-ministro exibe tem uma explicação: o governo apanhou um susto monumental com o disparo dos juros nas últimas semanas. E já percebeu que os investidores, que desconfiam de tudo (do milagroso valor do défice, do aumento da dívida e da solidez da "geringonça"), não estão para brincadeiras: os juros já ultrapassaram a barreira dos 4% três vezes em 2017 e é provável que isso se repita e até se agrave. Foi por tudo isto que António Costa anunciou ontem que Portugal vai fazer novos pagamentos antecipados ao FMI: o primeiro-ministro sabia que o Banco de Portugal ia anunciar ontem uma subida da dívida pública e quis contrariar o efeito negativo da notícia (já tinha feito o mesmo em dezembro). Suspeito que nada disto vai fazer grande diferença. Enquanto os mercados não perceberem que o governo está mesmo empenhado em controlar a despesa pública, a desconfiança vai continuar
Ora o país está a crescer 1,3 % e vai ser pouco melhor em 2017 e 2018 . Não há como pagar a dívida .
“O problema é que com mais 40 pontos base a França emite dívida a 10 anos com taxa de 1.08% e com os mesmos 40 pontos base Portugal emite dívida a 10 anos a 4.15%”, afirma. “Se considerarmos que o nosso rácio de dívida pública/ PIB está em 133%, então teríamos de ter crescimentos nominais do Produto Interno Bruto na ordem dos 4% para evitar uma deterioração do rácio. Por outras palavras, emitir dívida a estas taxas (ou acima) é proibitivo”, alerta João Pereira Leite.
E tudo indica que as taxas de juro vão continuar a subir enquanto a economia patina e o investimento não aparece . Enquanto isso ( ou é mesmo por causa disso) andamos a discutir a eutanásia .
Anda o primeiro ministro a apregoar que vai antecipar pagamentos ao FMI . O que não diz é que a dívida pública cresceu em relação a 2015 . Para melhorar os gráficos amortizou no fim do ano para dar a ideia que a dívida desceu. Mas o gráfico é uma forma soberba para se conhecer a trajectória. Ei-la :
O artigo de hoje: A dra. Catarina Martins anda numa fona a visitar escolas e outras instituições afetadas pelos cortes na despesa pública (perdão, cativações). E a pedir ao governo para explicar os planos que tem para evitar vergonhas como a do encerramento da Escola Alexandre Herculano, no Porto. A sério? Então a dra. Catarina e o seu Bloco de Esquerda acordaram agora? Quando os analistas e a comunicação social andavam a denunciar as referidas cativações, não percebeu que havia escolas a cair, médicos a dar consultas protegidos por guarda-chuva e crianças a tiritarem de frio nas escolas? Chega de hipocrisia, meninos do Bloco de Esquerda. Que vergonha!
Um crescimento económico medíocre que ainda não superou o melhor da anterior maioria; um absoluto torpor reformista; os juros da dívida a disparar; os serviços públicos em agonia; um sector bancário ainda à espera do lendário espírito resoluto do primeiro-ministro (na administração da Caixa, no Novo Banco, na solução para o crédito malparado).
A acrescer a tudo isto, quando precisávamos de um Governo forte temos agora o PCP e o Bloco empenhados em mostrar "o Governo do PS" em toda a sua esplendorosa pequenez, com o apoio de apenas um terço dos deputados.
António Costa jurou ter "uma alternativa estável, coerente e duradoura". Não se tratou de uma mera carta de conforto aos portugueses: foi a própria justificação da sua legitimidade. Ora, sempre que não tem a esquerda consigo, a alternativa de Costa não é estável, coerente nem duradoura. E sempre que precisar da direita, então a alternativa nem sequer alternativa é. Por isso, a oposição não tem legitimidade para salvar o Governo de si próprio.
Agora o limite de todas as preocupações são os 5% a 10 anos. A última emissão já é trocada no mercado secundário a 4,4% . Isto apesar do défice de 2,3% do PIB e do programa de compras do BCE.
“Portugal foi o bom aluno do rigor fiscal durante o período de três anos em que teve em terapia intensiva, sob o anterior governo de centro-direita. O trabalho árduo compensou, como se pode ver pela queda dos juros das Obrigações do Tesouro na altura, no entanto a actual coligação liderada pelo governo minoritário do Partido Socialista sob governo do primeiro-ministro, António Costa, reverteu os cortes nos salários e nas pensões do setor público, e os progressos na estabilização das finanças públicas estão parados”, alerta o artigo de opinião do analista da Bloomberg.
“Atolado num vértice de dívida de 232 mil milhões de euros, o que mantém Portugal fora de problemas mais graves é a sua adesão às exigências da troika em matéria de disciplina fiscal”, diz ainda o analista.
E o governo português não faz nada quanto a esta situação explosiva.