Pode ser que a cobrança de impostos seja uma boa surpresa em Setembro. Vale a pena esperar mais uns dias, diz Marcelo enquanto se rebola a rir face à nota de análise da UTAO .
Marcelo, assim como a maioria de nós sabe, que enquanto o governo estiver atrelado à extrema esquerda, não haverá saída para o investimento e para a economia. Aliás, em entrevista recente, o Primeiro Ministro já veio dizer que " ir ao dinheiro onde ele esteja" não é próprio do discurso do PS afastando-se assim do BE. O PCP também foi bastante mais sensato face à patetice da Mariana Mortágua.
Nenhum de nós quer o mal do país mas é preciso dizer que " o rei vai nu" e Marcelo não quer ser criticado por um lado por não avisar e por outro lado por ter pressa e não dar tempo à geringonça.
O problema é que se fala cada vez mais de um segundo resgate e quanto mais Marcelo esperar mais em cacos fica o país. Ora, Marcelo quer uma solução entendimento entre os partidos pró-União Europeia mas, só com eleições legislativas e após as eleições autárquicas onde cada um vai por si.
Marcelo vai continuar a desvalorizar até quando o governo não tiver refugio.
O BCE prepara-se para reduzir a sua intervenção na compra de títulos nos mercados incluindo Portugal. Foi quanto bastou para os juros iniciarem nova alta. É um dos tais eventos externos de que falávamos aqui há bem pouco tempo. Uma corrente de ar pode ser uma pneumonia para as nossas finanças.
A Bloomberg não especifica as fontes que lhe transmitiram a informação, dizendo que se trata de responsáveis do Banco Central Europeu. Mas a notícia pode ter um impacto significativo nos juros da dívida de Portugal e dos outros países, já que aponta para uma alteração no ritmo de compras mensais ao abrigo do programa decisivo de “quantitative easing“, ou seja, de estímulo monetário. Já ontem o comissário europeu alemão dizia que a "probabilidade de um segundo resgate é maior que zero". Azar, tinha o microfone ligado ( também disse que não o diria publicamente )
A nossa taxa de juro a 10 anos estava ontem a 3,43% e a mesma taxa espanhola estava a 0.9% enquanto, o PIB em Portugal cresce a 1%( no máximo) e em Espanha cresce a mais de 3%.
Chamem-me o que quiserem mas sou só o "go-between " , não atirem no mensageiro.
A social-democracia e o socialismo democrático têm um verdadeiro problema de que são exemplos o que se passa com os partidos socialistas em Inglaterra, na Espanha e em Portugal.
Nos partidos de governo da Europa, era costume os líderes que perdiam a confiança dos eleitores ou dos seus pares retirarem-se. Nos partidos sociais-democratas, deixou de ser assim, porque é possível ao líder rejeitado sobreviver com o amparo de um radicalismo sectário que demoniza a “direita” e trata como “traidores” os que, à esquerda, não pensam dessa maneira.
Em Portugal, temos um precursor de Sánchez. Em 2015, António Costa foi recusado pelos eleitores. Por alguns instantes, na noite de 4 de Outubro, terá havido dúvidas no PS. Ao entregar-se ao PCP e ao BE, como Sánchez pensou fazer com o Podemos e a Esquerda Unida, Costa salvou-se. Não arranjou apenas uma maioria de derrotados para governar. Secou qualquer alternativa no partido, porque criticá-lo passou a ser fazer o jogo da “direita”, essa força maléfica que justifica o pacto do PS com partidos que negam os seus valores.
Para cumprir os objectivos vai ser necessário cobrar mais 17 434 mil milhões nos últimos quatro meses do ano. A UTAU diz que não se afigura verosímil.
Ontem veio cá um comissário europeu alemão dizer que " é possível um segundo resgate" hoje, temos a Unidade Técnica de Apoio aos deputados dizer que dificilmente se cumprirão os objectivos. O governo e os apoiantes reagem dizendo que são chantagens na véspera do orçamento para 2017.
Quanto à receita fiscal, a UTAO escreve que, "com o contributo do mês de agosto, a receita fiscal acumulada desde o início do ano passou a diminuir face ao período homólogo, ampliando-se a diferença para o crescimento previsto para o total do ano".
Só chantagens, leituras erróneas, interpretações da direita reaccionária. E o país sabe para onde vai ?
António Costa dá uma entrevista em que o foco é dizer que em 2017, ano de eleições, não haverá aumentos na função pública. Só em 2018.
Isto é o maior sapo que PCP e BE vão ter que engolir e será uma das bandeiras da campanha eleitoral. Nós quisemos, fizemos tudo para que os funcionários públicos tivessem aumento mas o governo PS não deixou. E mostra também as dificuldades que um orçamento de um país em muito má situação, enfrenta .
Porque não aumentar os salários e manter as carreiras congeladas da função pública é desagradar à base de votantes dos partidos que compõem a geringonça. É o sinal mais forte que haverá desacordo entre eles e vai tornar a campanha desagradável para os companhons de route do governo.
António Costa não tinha nenhuma notícia para transmitir. Nem boa nem má. Saltou 2017 e falou em 2018. Como faz habitualmente torneando os problemas.
É que só o aumento de pensões como querem o PCP e o BE corresponde a um aumento de despesa de 400 milhões. Vai buscá-los onde se a economia vai crescer 1,3% tal como em 2016 ?
E a dívida não para de crescer . Porque deu a entrevista António Costa ?