O FCPorto não tem uma defesa equilibrada. Os centrais tremem com facilidade e com Slimani e Bryan terão razões de sobra para tremer ainda mais.
Os portistas vão fazer como fizeram no meio da semana em Itália. Povoar o meio campo e marcar bem longe da sua área para evitar as rápidas saídas para o ataque do Sporting.
Por outro lado, não estou a ver como levezinhos, embora tecnicamente evoluídos atacantes portistas, possam ganhar o combate a uma defesa alta, forte e tacticamente muito equilibrada. Que ainda não sofreu golos e que o ano passado foi a defesa menos batida.
O Sporting está em vantagem até porque joga em Alvalade. O FCPorto vai tentar não sofrer golos defendendo longe da sua área. O erro individual vai ter uma influência enorme no resultado final.
E, se no final, os meus leitores acharem que vale a pena, porque acertei ANTES do jogo, vou passar a escrever sobre futebol. Estou farto daqueles analista e comentadores com o ar que estão no segredo dos deuses.
É por isto que gosto do Jorge Jesus embora digam que é só um ego maior que o mundo
Pacheco Pereira também já não tem dúvidas. A economia não cresce mas atribui essa estagnação às regras da União Europeia. Fica sem explicação que as regras sejam só más para Portugal e Grécia pois todos os outros países estão a crescer.
Um a um os inicialmente apoiantes da "solução conjunta" deixam cair as certezas e abanam embora, por enquanto, relutantemente. Mas a realidade, infelizmente, mais tarde ou mais cedo, aparece como Nicolau Santos também já percebeu.
Entretanto o PS já entrou na táctica da última fase socrática. Dizer não, contra tudo e contra todos, até ao momento em que o país terá que pedir nova ajuda externa. A seguir virão as desculpas tipo PECIV ... se nos tivessem deixado continuar...
O insuspeito Vital Moreira no Causa Nostra resume bem a maioria das análises sobre o comportamento do défice.
...Primeiro, o défice orçamental não diminuiu em relação ao mês anterior; aumentou, e muito, passando de cerca de 2900 milhões em junho para quase 5000 milhões em julho (passando num só mês de 52% para mais de 90% do total do défice esperado no final do ano!).
...Não se conhece a estimativa para o rácio défice orçamental/ PIB implícito nos números agora conhecidos, provavelmente bem acima dos 3%. Ora, se não for corrigido este surto de agravamento do défice orçamental nos meses que faltam até ao final do ano, não se vê como é que é possível alcançar a meta do défice prevista no orçamento (2,2%), ou mesmo a meta menos exigente da Comissão Europeia (2,5%).
Mesmo quem como Nicolau Santos, começou por dar o benefício da dúvida à actual "solução conjunta" governativa está a perder a confiança " Ou a tendência inverte ou isto acaba mal".
Diz o jornalista do Expresso que o governo deve ter a aguda consciência de que estamos presos por arames, ou seja, pela política de compra de títulos do BCE e que se ela terminar os nossos juros disparam e necessitaremos de novo de ajuda internacional. É muito inquietante ouvir um dos responsáveis da DBRS, a única agência de notação financeira que classifica a nossa dívida acima de lixo, dizer que a pressão sobre o rating da dívida portuguesa está a aumentar devido às fracas perspectivas de crescimento para a economia nacional.
Ora só um país que cresce tem capacidade para pagar as suas dívidas. Não há nada mais urgente que o governo tomar todas as medidas para que a economia volte a crescer- mesmo que tenha que corrigir a estratégia.
Se assim não for, estaremos de novo em sérias dificuldades a mais ou menos curto prazo.
Não há volta a dar. Só a Grécia e Portugal, os países onde há governos de esquerda, não estão a sair da crise de forma sustentável.
A economia não cresce, a dívida pelo contrário cresce, os juros da dívida são muito mais elevados e estão presos à máquina de oxigénio das agências de rating. Nos cuidados intensivos. A bomba relógio está programada para Outubro quando a agência de rating DBRS - única que mantém o país acima do lixo - revir a classificação.
Com as reversões - exigência do PC e do BE para apoiarem o governo - os investidores fugiram e sem investimento não há criação de postos de trabalho e a economia não cresce.Enquanto isso, em Espanha, Irlanda e Chipre os dados económicos coloca-os na vanguarda do crescimento na Europa.
O artigo elogia a forma como Portugal saiu em Maio de 2014 do programa de assistência financeira, depois de um período de austeridade. "O governo português teve de realizar medidas dolorosas de corte e estabilidade orçamental após uma política económica de desperdício".
A seguir a ambição e a salvação da carreira política de um homem deitaram tudo a perder apoiado por partidos anti-europa e anti-economia de mercado que, ao contrário do que dizem, não se arrependem.
A trapalhada é grande e ameaça continuar. O Plano de Negócio negociado pelo governo e o BCE, apresenta linhas vermelhas para o PCP e o BE
Fundamentalmente, para comunistas e bloquistas, a CGD não tem como objectivo único ganhar dinheiro tem também que estar presente em todos os concelhos. Por isso não há que fechar os tais 300 balcões e despedir os 2 500 trabalhadores.
Mas esta é a mesma Caixa que viu aprovada uma recapitalização nos mesmos moldes dos outros bancos . Que não vai ao défice mas que vai à dívida e ao financiamento dos privados. Mil milhões em obrigações de alto risco e com taxas elevadas ( 4%-8%). A Caixa ainda vai ser uma geringonça à imagem do seu criador. Nem pública nem privada antes pelo contrário.
Louçã diz mesmo que aquela frase do plano de negócio que fala na revisão da actividade é sinistra. Ninguém sabe do que se trata e PCP e BE têm que se bater para que a Caixa seja ainda maior. Retirar de Espanha onde se perderam já mil milhões ? Nem pensar. Tal como o Estado a CGD tem que estar em todos os lugares mesmo que seja para atrapalhar.
No meio daquela história brutal de Ponte de Sor há uma passagem que dá a ideia do ambiente em que tudo se passou. O jovem vítima da brutal agressão estava sozinho às 3,30 horas da madrugada porque tinha ido a casa da namorada. Foi apanhado quando voltava para se juntar aos companheiros em local combinado.
Eu não quero tornar isto demasiado vulgar mas o jovem foi a casa da namorada dar uma queca ? Género, esperem aí uma meia hora que vou ali e já venho. Depois de ter entornado uns quantos shotes e cervejas e ter andado à porrada? Ou foi ver a namorada para lhe fazer uma serenata ? A namorada, que deverá ter a mesma idade, ainda esperava pelo príncipe àquela hora antes de dormir?
Não estudam nem trabalham, não têm nenhuma responsabilidade de levantar cedo. A sociedade e já agora a família esperam o quê para o futuro destes jovens? E os próprios já ouviram falar no Rendimento Mínimo e isso sossegou-os ?
Ir a casa da namorada às 3,30 horas parece ser normal para quem aos 15 anos já não tem ambição nenhuma
PS: claro que lamento profundamente o que se passou mas aos 15 anos andar em roda livre não promete coisa boa...
Não atirem ao mensageiro, na verdade ir preparando o povo, o bom povo, para mais sacrifícios até é um serviço que se presta ao governo e aos seus apoios " agarrem-me que eu vou-me a eles". Porque os apoios não vão a lado nenhum, engolem como todos os outros e o resto são cantigas.
Um artigo publicado esta segunda-feira no diário financeiro alemão Handelsblatt vai ainda mais longe. Sob o título "Pressão sob Portugal aumenta", Sandra Louven escreve que "Portugal está a caminho de outra crise financeira, devido ao elevado endividamento, baixo crescimento e bancos frágeis." E diz mesmo: "Um novo resgate da União Europeia parece inevitável", uma afirmação a fazer lembrar 2011. O artigo, reservado a assinantes, refere a subida das taxas de juro de Portugal e a já citada entrevista de McCornick à Reuters.
Portugal já está no radar internacional pelas piores razões.
O ministério das Finanças diz que o défice melhorou 543 milhões em relação ao mesmo mês do ano passado. Não diz é que isto é quase metade do que tinha melhorado o mês passado.( 971 milhões)
Os dados de execução orçamental serão publicados ainda hoje pela Direcção-Geral do Orçamento. São valores importantes para avaliar se as contas estão controladas e em linha com o Orçamento do Estado. Contudo, importa sublinhar que os dados estão expressos em contabilidade pública, o que dificulta essa análise. O défice que interessa para Bruxelas é em contabilidade nacional e é publicado trimestralmente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A economia em França está a crescer 1,5% e a Espanha cresce mais que o previsto (3,2%). E o ambiente externo é igual para todos não cola a desculpa ensaiada .
A verdade é que em Espanha e em França não há acordos políticos contra-natura, quem governa ( curiosamente em França os socialistas em Espanha os liberais) não tem tentações anti-Europa nem ódios de classe.
Em Portugal a dívida cresce, as taxas de juro são três vezes mais altas que as de Espanha e França e a economia afunda para 0,8%. O cenário não é sustentável. Não será melhor mudar ?
Nenhum dos pressupostos do programa da geringonça se verificou e os resultados são pobres e perigosos. Se o segundo semestre confirmar este cenário desolador ( os índices de Julho do INE devem ser conhecidos hoje) o Presidente da República tem que impedir que o país caminhe para nova bancarrota.
Acabaram os afectos, o país precisa de decisões que o coloquem no caminho certo. É possível, os nossos parceiros são capazes.