Desde Janeiro que Rui Rio já foi a 26 sítios do país explicar-se. Sem regionalização, sem aproximar decisores políticos dos cidadãos os erros vão continuar.
Eleições legislativas antes das autárquicas são prováveis tendo em vista o andamento da economia. A política de fazer crescer a economia pelo consumo interno é um erro só possível porque o PS a isso foi obrigado para pagar o apoio do PS e do PCP.
Sem reformar o estado vamos continuar a ter esta perigosa opinião dos cidadãos sobre os políticos. É tudo gente sem escrúpulos o que não é verdade. E não vamos conseguir acelerar a Justiça e dar credibilidade à comunicação social. Este estado de coisas atrai os medíocres e afasta os melhores.
Dá particular destaque à incapacidade do sistema judicial, mas põe à cabeça dos problemas nacionais o endividamento que, afirma "mais não é do que o resultado de um conjunto de políticas irresponsáveis e muito pouco sérias ao longo dos anos; acrescidas de gravíssimos erros de um sistema financeiro, por onde passou muita gente irresponsável e alguma de perfil criminoso".
É no investimento e nas exportações que vê o elemento "nuclear" para o crescimento económico saudável.
O estado tem que facilitar o trabalho das empresas e não tomar o seu lugar, pois são as empresas que criam emprego e riqueza.
Muita coisa foi feita que tinha que ser feita mas no essencial a Troika errou. É o próprio FMI que o diz. Portugal não tinha um problema de competitividade no sector exportador mas falta de poupança privada e pública e excesso de consumo em bens duradouros ( automóveis) e investimento residual.
Tivemos mais falências e desemprego do que o previsto e o défice aumentou a que correspondeu mais cortes e maiores aumentos de impostos agravando a recessão. E o sector bancário foi considerado resiliente.
Resultado ? A dívida não deixa de crescer e a economia tem um mau comportamento não conseguindo pagar o que devemos. E se o PSD/CDS conduziu diligentemente o programa (errado) o actual governo incita ao consumo e corta no investimento (errado).
Estamos entregues ao estado. Há outra maneira mais robusta de dizer que estamos feitos mas também menos educada.
Segundo Eugénio Rosa, economista da CGTP, há um perigo e dois pecados na nova administração da Caixa Geral de Depósitos.
O perigo é que uma boa parte dos administradores não executivos são, ao mesmo tempo, administradores de outras empresas o que leva a uma "espécie de OPA" dessas empresas sobre a CGD.
Já quanto aos pecados são dois a saber : sobre o aspecto político, Eugénio Rosa também sublinha que Leonor Beleza "fez o discurso de homenagem a Cavaco Silva em Julho de 2016" e que Rui Vilar, também convidado para regressar ao banco, "fez o discurso de homenagem a Mário Soares em Julho 2016".