É o "populismo" que chegou ao poder. Na Hungria e na Polónia é o populismo de direita em Portugal e na Grécia temos o populismo de esquerda. No fim da política não há soluções há só culpados.
“Foi essa cultura política que levou aos problemas que todos conhecemos de BES, PT”, lembrou, argumentando que se um Governo num dia pede um favor, até com a melhor das intenções, a um acionista privado ou empresário, na semana seguinte esse empresário vai estar à porta do executivo a pedir um favor em troca.
As críticas do atual Governo sobre os atrasos na execução dos fundos comunitários mereceram também uma palavra de Poiares Maduro que assegurou que “não têm a mínima adesão com a realidade”, explicando que se existem atrasos é porque as empresas decidiram não executar todos ou parte dos seus projetos ou porque há atrasos no pagamento das faturas pelas entidades que gerem os fundos.
Colocar a estratégia à frente da realidade é isso o "populismo".
O estado agora chama os privados a fazer benemerência função que lhe compete a si. Mas, feitas as contas, como são uns milhões, dá o dito por não dito e assalta os proprietários. O encanto disto tudo é que era António Costa, então ministro da administração interna, que se gabava de ter resolvido: " "uma questão que tem seis décadas e que é responsável pela degradação do património imobiliário das cidades portuguesas, pelo abandono de imóveis e pelo clima de suspeita e desconfiança entre inquilinos e proprietários".
Podem dar as voltas que quiserem, falar dos velhinhos e dos pobrezinhos e de histórias de fazer chorar as pedras da calçada; esta medida nada mais é que poupar dinheiro ao Estado impondo a privados um dízimo de solidariedade obrigatória - dízimo que estão a pagar há décadas. Trata-se de prolongar uma situação de injustiça e iniquidade.
O internacional brasileiro Elias disse hoje que voltou ao Sporting para dar "experiência e títulos" à equipa treinada por Jorge Jesus. À chegada ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, Elias tinha saído do Sporting em litígio com o presidente Bruno de Carvalho, problemas que o médio disse estarem sanados. "Ele defendia os interesses do Sporting e eu os meus", limitou-se a responder Elias quando questionado pelos jornalistas sobre as divergências passadas com o líder 'leonino'. Lembrando que ainda tinha de cumprir os necessários exames médicos, Elias prometeu que regressa ao Sporting para "tentar ajudar da melhor maneira e conquistar o título tão sonhado".
Entretanto, confirma-se que Sporting e Leicester chegam a acordo para a saída de Adrien. Só estranha quem não os conhece...
Não podemos ir pela crítica fácil e oportunista em tempos de vacas magras. Jaime Gama, o histórico socialista não tem dúvidas :
"Este é um momento difícil para a UE, e nós que somos a favor da União Europeia e não desistimos, não passamos uma certidão de óbito à UE, nós temos a responsabilidade de trabalhar no sentido de apontar caminhos, estruturar respostas e intervir para que a UE siga em frente dando o seu grande contributo para que a comunidade internacional fique mais estável, segura e próspera”.
Num claro recado aos partidos da esquerda que suportam o Governo e que não apoiam o projeto europeu, Jaime Gama apontou o dedo aos que se fixam na “descrença, no desinteresse, na piada fácil, na reivindicação imediata” e na “repreensão oportunista”. “Os que não passam certidões de óbito à União Europeia são os que estão no bom caminho”, disse, piscando o olho ao partido da casa, tradicionalmente europeísta a par do PS.
Não voltar aos desastrosos anos 30, com a morte de milhões de seres humanos, é o primeiro objectivo da União Europeia.
...A União Europeia, concorde-se ou não, apesar das suas naturais fragilidades, tem sido um projeto de bem-estar, paz e solidariedade entre os europeus, após duas grandes guerras que devastaram o continente no espaço de duas gerações (1914 a 1945). Como projeto político, económico e sobretudo jurídico tem sido ainda um modelo singular de integração de nações na construção de um original tipo de império benigno, exemplar na história da humanidade. A sua construção e consolidação têm na base o modelo ordoliberal de origem germânica que perante cada novo problema encontra uma nova construção normativa que através do efeito spill over, acaba por impregnar as ordens jurídicas, os mercados e os sistemas administrativos dos diferentes Estados-membros.
É este acquis que é preciso defender. Ou seja, nós não precisamos de continuar a inventar novas soluções ou a anunciar mais integração, nós precisamos é de consolidar e melhorar o que já conquistámos neste inigualável percurso de prosperidade.
Para não falar nas obras necessárias para manter os imóveis em condições de segurança. Os senhorios vão passar a fazer parte do sistema social, praticando rendas baixas. Em contrapartida podem ter benefícios ao nível fiscal. Mas até o sol e a vista já pagam imposto.
O governo anterior fez aprovar uma lei que estabelece um subsídio do estado para cobrir a diferença entre a renda real e o rendimento do inquilino. O estado cumpria a sua função social, o inquilino continuava na sua casa e os senhorios obtinham a renda suficiente para pagar o investimento e assegurar a reabilitação do imóvel. Parece uma lei justa mas este governo não gosta de proprietários. Os partidos que o apoiam, ideologicamente, não gostam de quem poupa para investir. Como se apressaram a reverter o IRC, o imposto sobre as empresas. Ideologicamente, também não gostam de quem investe em postos de trabalho.
O investimento fugiu, a economia afunda, mas está perto o momento em que o governo terá que escolher entre os seus apoios e a doutrina económica que o PS defende. Livre iniciativa e economia social de mercado
Por cá há um principio nunca esquecido. Tudo o que tem vida é para matar. A Baixa de Lisboa estava morta, deserta e agora está a vibrar de turismo ? Pisa. É que os turistas estão a dar vida ao que outrora estava morto e portanto há que os afastar.
Desde logo acabando com o arrendamento temporário, mais barato, e que tem levado à reabilitação do edificado em ruína ao mesmo tempo que ajuda muita gente com um rendimento extra.
E aquela loja, centenária, às moscas há anos, foi transformada num aprazível restaurante com uma esplêndida esplanada só possível numa cidade com o sol e a luz de Lisboa ? Estão a descaracterizar a cidade. A tirar os passeios aos peões.
E os jovens turistas à noite a divertirem-se nas ruas dos mais afamados bairros fazem barulho? Pisa. Outrora, só a lua acompanhava o silêncio e a decadência. Very typical . Os edifícios meio destruídos onde reinavam o álcool a droga e a prostituição desapareceram.
E o pequeno comércio revigorado, a leitaria bem lisboeta e o mini mercado lá da rua voltam a ter esperança? Pode lá ser. E os táxis indignados cheios de turistas porque passaram a ter concorrência ? Pisa.
Os bem pensantes estão contra, a cidade que era só sua, de gente prendada, que usufruía de bons restaurantes entre duas indignações, vê-se agora compelida a partilhar o que por ordem divina era só seu.
Pode lá ser tanta gente jovem, bonita, diferente, vinda de longe encher a nossa cidade de vida ? Pisa.
Em relação ao PCP e ao BE dificilmente haveria outro caminho mas em relação ao PS não foi sempre esta questão que esteve em cima da mesa? Não foi por isso que o PS nunca antes aceitou esta "solução conjunta" ? O PS mesmo na campanha das legislativas (que perdeu) nunca teve a coragem de preparar o eleitorado para a actual solução governativa. Todos sabemos bem porquê.
António Costa, em desespero, depois de andar a empurrar Seguro por causa das vitórias eleitorais "poucochinhas" não tinha outro caminho senão juntar-se à extrema esquerda. Mas sempre disse que a posição do PS em relação ao modelo de sociedade e da União Europeia não era a mesma do PC e do BE. Sempre soube isso e nunca o escondeu.
É por essa razão que foi e é tão atacado, porque a sua decisão é contra natura, mais tarde ou mais cedo teria que escolher entre Bruxelas e os seus apoiantes. Admito que não esperasse que os investidores fugissem, que teria a má vontade da UE, que as agências e os mercados escrutinassem como nunca a evolução do país, mas se assim foi, não tem que se queixar senão de si próprio.
Creio que António Costa continua a contar que PCP e BE não têm outro remédio que não seja apoiar o governo e que, a capacidade dos dois partidos da extrema esquerda de engolir sapos vivos é muito maior do que a que andaram anos a vender-nos. Mas, Costa, não contou com a viva reacção dos mercados. E, pior, não fazia ideia nenhuma de qual seria a evolução das exportações portuguesas e vendeu ao país o reforço da procura interna e do consumo privado tantas vezes tentado sem sucesso.
A verdade é que Costa teve que escolher entre juntar-se à extrema esquerda ou terminar a sua carreira política. Escolheu a sua sobrevivência política. O custo está a ser pago pelo país.
PCP ( vejam-se as ameaças de Jerónimo) e BE sentindo o governo apertado, atarraxam.
Não há almoços grátis e António Costa está a perceber à sua custa. O investimento afundou e isso tem como razão o facto de comunistas e bloquistas quererem acabar com o capitalismo e saírem da União Europeia. Quem é que nestas condições põe cá dinheiro ?
E o atraso dos dinheiros da UE e do baixíssimo investimento público ? "Se se tivesse de mudar de política na prática o parlamento mudava de Governo porque os comunistas e bloquistas não aceitariam um Governo que não estivesse a fazer aquilo que, no fundo, é reclamado por estes partidos da extrema-esquerda".
PC e BE querem sair da UE e da economia social de mercado mas estendem a mão aos subsídios europeus. Quem é que nestas condições põe cá o dinheiro ?
Sem dinheiro não há investimento e sem investimento a economia não cria postos de trabalho nem a economia cresce. E sem mais riqueza não é possível pagar a dívida que cresce todos os dias.