...os marxistas pró-guerra fundaram o movimento fascista, com reivindicações como o salário mínimo, o horário laboral de oito horas, o direito de voto para as mulheres, a participação dos trabalhadores na gestão das fábricas, a reforma aos 55 anos e a confiscação dos bens das congregações religiosas. Serei só eu a notar que estas reivindicações fascistas têm origem marxista?
Os meus críticos limitaram-se a constatar que os fascistas se descreviam como anti-marxistas – e assim foi a partir de certo ponto. Mas isso nada me desmente porque nunca disse que os fascistas, na sua fase já amadurecida, eram marxistas. O que eu disse, e repito, é que o fascismo é um movimento de origem marxista – o que é verdade.
Francisco Assis : No essencial, estão nas mãos uns dos outros. É verdade que o PCP e o BE estão condicionados pelo risco de serem submetidos a uma avaliação crítica de uma parte do eleitorado se porventura romperem, sem aparente motivo, com o PS. Mas também é verdade que o PS está exatamente na mesma situação. Isto significa que isto é uma situação que conduz a uma certa inércia política. Dir-me-á que isso é próprio das coligações. Digo que é sobretudo próprio das coligações contranatura, como me parece ser declaradamente esta coligação. As divergências são muito grandes em questões muito importantes. Em tudo o que é essencial há diferenças profundas a separar o PS da extrema-esquerda: nas questões do modelo económico, de organização política e social, em tudo o que tem a ver com a Europa, profundíssimas diferenças que aliás se manifestam claramente por exemplo nas votações no Parlamento Europeu. Não estamos a falar de questões menores ou laterais. Estamos a falar do centro do debate político e do centro da decisão política.
Segundo a Confederação da Educação e Formação o parecer jurídico da PGR arrasa as posições do Ministério da Educação ao contrário da interpretação do governo
“Na conclusão 18.ª, o parecer da PGR arrasa a posição jurídica de fundo do Governo de que os contratos de associação só podem ser celebrados em zonas carenciadas de escolas públicas e de que o Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo seria ilegal”, diz a CNEF.
De acordo com a confederação, o parecer da PGR afirma que “no 2.º ciclo do ensino básico (...) no ano letivo 2017/2018, ainda abrangido pelos contratos, terá de iniciar-se novamente o 5.º ano”. A CNEF diz ainda que, embora o parecer tenha “uma interpretação não coincidente com a interpretação do Tribunal de Contas e da AEEP”, a Procuradoria-Geral da República “admite a plurianualidade e a existência de novos inícios de ciclo”.
Não vê nenhuma vontade neste momento do PS de dialogar com o centro-direita?
Há responsabilidades de parte a parte. Não são apenas do PS. São também do PSD, sobretudo na fase em que governou o país. Mas julgo que agora há uma afirmação perentória por parte do PS de que os grandes inimigos estão à direita. É assim mesmo. A frase é mais ou menos esta. Há uma espécie de esquizofrenia nisso. No Parlamento Europeu, todas as semanas promovemos grandes entendimentos de fundo com os partidos do centro-direita que nunca existem com a extrema-esquerda. Introduz-se aqui uma certa esquizofrenia, um certo delírio. Isto tem consequências. É delirante e absolutamente absurdo considerar como parceiros os partidos de extrema-esquerda e um partido declaradamente comunista, nostálgico dos tempos soviéticos. Não é com esses dois partidos que podemos conceber um projeto de renovação dos ideais europeus.
Comparando com o mesmo período do ano passado a "TAP Express" cresceu 82% em passageiros transportados. Está a concorrer com o comboio. Há partidas de hora a hora. O passageiro sabe que há sempre um avião disponível. Ainda há quem não perceba o que a gestão privada trás à companhia aérea ?
A taxa de ocupação média ronda os 65%, o que a TAP considera "bom para pouco mais de um mês de serviço". O objetivo da companhia é crescer sobretudo no chamado ponto a ponto, ou seja nos voos puros entre as duas cidades. Assim, com a ponte aérea, "o transporte de avião já concorre com outros modos de transporte tanto em preço como em duração total da viagem".
O preço oscila entre 39 Euros e 99 Euros e não há atrasos no embarque . O passageiro tem flexibilidade podendo viajar num ou outro avião segundo as suas conveniências .
O Presidente da República não pode deixar-se arrastar com a mais que provável falência das contas do governo. Manter a independência face à tempestade é absolutamente essencial para garantir a popularidade e o poder para baralhar e dar de novo.
Hoje já poucos acreditam que será possível chegar à previsão de crescimento orçamentado da economia , seria necessário que nos próximos trimestres o crescimento fosse de 2,1% muito longe do trimestre anterior 0,8%. O investimento não arranca e o emprego perde postos de trabalho.
Medidas adicionais ou orçamento rectificativo vão ser necessárias e Bruxelas está há muito a apertar com exigências.
Só é posssível esconder a realidade durante algum tempo.
Ali para os lados da 5 de Outubro há uma sofreguidão legislativa mal conselheira e que exige a prescrição de umas caixas de Xanax. Antes que seja tarde.
Ministério da Educação congratula-se com interpretação da PGR, mas texto do parecer do conselho consultivo não suporta posição do Governo nos cortes na abertura de novas turmas de início de ciclo.
O Tribunal de Contas é taxativo. Colégios têm razão. Segundo este entendimento, os contratos vigoram até a agosto de 2018, dando razão aos privados. O mesmo relatório diz ainda que no novo Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo “não existe referência a qualquer eventual regime de supletividade face à inexistência de respostas na rede pública”. O relatório é de setembro do ano passado mas só agora foi divulgado pela AEEP.
O Ministério da Educação dá novamente provas de haver por ali muita inexperiência incorrendo em erros grosseiros sucessivos. É no que dá radicalismos. Não vejo como é que o ministro e a secretária de estado ainda têm condições para se manterem em funções .
O relatório do Tribunal de Contas que autoriza os contratos celebrados entre o Estado e os colégios particulares e cooperativos é taxativo. Os colégios têm razão. Não se aplica a subsidiariedade da rede pública e há espaço para novas turmas de inicio de ciclo.
O Tribunal de Contas tem também aqui uma visão completamente oposta. Num relatório de Setembro de 2015, que só agora foi entregue à Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (Aeep), afirma-se que na "mudança legislativa" entretanto ocorrida, nomeadamente com a aprovação do novo Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo, não "existe referência a qualquer eventual regime de supletividade face à inexistência de respostas na rede pública".
O que é reafirmado nesta constatação prévia: todos os contratos sujeitos a visto “dizem respeito à constituição de turmas de início de ciclo, nos anos lectivos 2015/2016 a 2017/2018, com efeitos de 1 de Setembro de 2015 a 31 de Agosto de 2018”.
O contrário da interpretação feita pelo ministério da educação. Diz o povo que cadela apressada tem os filhos cegos...
Já lá vão mais de 12 horas de reunião e não há fumo branco. É claro que dali não sai decisão nenhuma que ponha fim à questão essencial. O sindicato não pode apropriar-se da gestão do Porto de Lisboa. Não há governo nenhum que deixe isso acontecer . O Porto de Lisboa já perdeu 50% da sua actividade devido às greves . Então discute-se o quê ?
Desbloquear a progressão nas carreiras, nem pensar. Aumentar salários, o sindicato acha pouco. Arranjar uma qualquer vantagem ao nível da Segurança Social ( menos anos de trabalho, carreira de desgaste rápido) seria uma porta aberta para vários sectores e lá se ia a sustentabilidade já tão tremida. E nacionalizar o Porto de Lisboa como quer o sindicato nem pensar.
Então o governo para manter o limite de António Costa ( dia de hoje) lança mão da requisição civil ? É o mais certo mas isso tem como consequência o despedimento colectivo e a manutenção da situação que tanto enerva o sindicato dos estivadores.
E o PC e o BE reagirão como ? Não querendo ser apontados como os responsáveis pela queda do governo vão engolir o sapo e a seguir vão querer ser compensados nas 35 horas, já !
E aí entramos na área de Mário Centeno e na despesa pública, desequilibram-se as contas já tão apertadinhas e Bruxelas não vai gostar, lado para onde BE e PCP dormem melhor.