O BCE está quase a atingir o limite de compras da dívida portuguesa. A partir daí não há mais compras e sem o programa de compras da dívida é mais do que certo que as taxas de juro vão crescer.
"A taxa de juro das obrigações a 10 anos em Portugal subiu dos 1,744% do fecho na sexta-feira para 3,342% esta segunda-feira, o nível mais alto em seis meses". Entretanto já desceram mas não para o nível anterior, estão à volta dos 3%. Quanto subirão sem a ajuda do BCE ?
Esta limitação poderá atenuar o efeito do programa de compras do BCE nos juros da dívida pública de Portugal e Irlanda, bem como de outros países onde o limite esteja mais próximo de ser atingido, realça a Reuters.
Era só o que faltava para o desastre ser completo depois dos índices económicos revelados para o 1º trimestre . Se tudo isto se confirmar e não vejo que pelo andar da carruagem a situação possa ser muito diferente, as taxas de juro podem iniciar nova rota de crescimento . Se assim for a preparação do Orçamento para 2017 vai ser um tornado com epicentro em Bruxelas.
Mas cá vamos, não cantando e rindo, mas com as barrigas de aluguer ...
Diz Marcelo Rebelo de Sousa e diz bem. A estabilidade educativa das crianças dos jovens das famílias e das estruturas escolares é o fundamental. Tudo o resto é ideologia, monopólio, tentação pelo poder.
Os sindicatos o PCP e o BE falam na educação como se não tivessem interesses próprios à margem do interesse dos alunos. E inventam e mentem, em relação aos custos, aos rankings, às razões de escolas públicas estarem vazias e as privadas cheias. São uns cordeirinhos...
Pessoalmente, pago a frequência das minhas netas num colégio privado e pago impostos que por sua vez pagam a escola pública. Eu sim, estou a pagar em duplicado mas não me queixo. Não quero é que as más escolas públicas estejam cheias de alunos pobres e sem oportunidade de frequentarem uma boa escola, seja ela pública ou privada. Não quero subsídios nem vantagem nenhuma. O mesmo não se passa com os nogueiras deste mundo e com actrizes convertidas em maus políticos.
Como já mostram todos os índices económicos a estratégia de crescimento da economia está errada. Já se tinha visto no tempo de José Sócrates não foi preciso esperar muito para se ver com Costa.
A economia só terá um crescimento mais robusto com a intensificação das exportações e com mais investimento externo. É mais difícil do que aumentar os salários e pensões poucochinho ? É verdade, mas o que vale a pena exige trabalho, rigor e determinação.
O crescimento da economia - e crescendo a economia todos crescem embora uns mais do que outros - é a única forma de obter receitas para a despesa pública - que o actual governo já fez aumentar - diminuir o défice e pagar a dívida. E o mais importante de tudo criar postos de trabalho. O crescimento do consumo interno - somos 10 milhões de pessoas - será sempre poucochinho e o crescimento potencial da economia - o que já está instalado - não é suficiente.
Não se trata de ideologia, ser de esquerda ou de direita, dizem os livros e a experiência não só do nosso país mas de muitos outros. Dizer que as exportações são uma treta como apregoa a actriz Catarina Martins devia alertar-nos . Os países comunistas foram todos água abaixo por se terem fechado ao mundo. A China com 1,3 biliões de pessoas - com um mercado interno gigantesco- abriu-se às exportações e é hoje um país fortemente exportador.
Portugal teve durante décadas saldos negativos nas contas com o exterior que pagamos com emigração. Não chorem lágrimas de crocodilo.
As disponibilidades para investir “seja do lado das famílias, seja do lado do Estado, seja do lado das principais empresas, são muito escassas”.
Um (Vitória) é licenciado na faculdade de motricidade humana de Lisboa Jesus, é licenciado na faculdade do balneário. E isso vê-se por fora.
No principio da época Rui Vitória, atacado por todos os que agora o aplaudem, reforçou a coesão da equipa. Foi mudando a equipa com os mesmos jogadores. Quando a estabilidade chegou, iniciou a fase de introdução de novos jogadores. Nalguns casos empurrado pelas lesões. Renato entrou por opção do técnico e o defesa central entrou por lesão do capitão Luisão. O jovem guarda redes entrou para o lugar de Júlio César por lesão do titular. Apostas mais do que ganhas.
A equipa ganhou outra intensidade com o médio e deixou de sofrer golos. Esta foi a receita para acompanhar o prato principal. Uma dupla de avançados que marca golos e dois extremos que fornecem bolas em último passe. A equipa cresceu com as lesões.
Já o Sporting perdeu o campeonato quando teve que gerir a lesão de Teo. O avançado foi substituído com mexidas na equipa para Bruno César entrar para a esquerda. Ruiz mudou-se para segundo avançado, ele que não é um goleador. Viu-se contra o Benfica em Alvalade ( baliza aberta falhando o golo a um metro ) e em Guimarães. Com a reentrada de Teo e Ruiz mais livre para organizar e desequilibrar o jogo, com mais espaço, a equipa voltou a marcar golos.
Rui percebeu que a vitória estava em dar menos na discussão com Jesus e dar tudo na coesão interna Jesus, perdeu pontos enquanto intensificava a guerrilha onde está longe de ser um Mourinho.
A discussão à volta dos contratos de associação mostra que o interesse dos alunos não está no centro das preocupações do sistema de ensino. Discute-se o custo, a propriedade das escolas mas não a sua qualidade, que é o que verdadeiramente interessa aos alunos.
Há muito que defendo que para os alunos e suas famílias não há escolas públicas e escolas privadas, há escolas boas e más. Seja no público seja no privado. Há que fechar as más escolas seja no público seja no privado. Só assim se protegem os alunos.
O presente sistema dá este resultado que não me canso de escrever : boas escolas privadas cheias de alunos ricos; boas escolas públicas cheias de alunos remediaddos; más escolas públicas cheias de alunos pobres sem qualquer oportunidade de chegarem a uma boa escola. E não se diga que é preciso investir na escola pública para resolver este problema. Não é, aqui no meu bairro, as más escolas já eram más quando para aqui vim há quarenta anos.
No curto prazo, que se resolva a situação dos contratos de associação com a devida moderação: em caso de duplicação de oferta entre uma escola pública do Estado e um contrato de associação, que se evitem as precipitações e se preserve a escola que melhor responde às necessidades dos alunos – seja esta estatal ou privada. E, no longo prazo, que se procure discutir como introduzir liberdade de escolha no sistema educativo, ao serviço dos alunos, em particular dos alunos mais desfavorecidos e em risco de insucesso escolar. Porque esses precisam mesmo de liberdade para escolher: ao contrário de outros que podem pagar, sem o apoio do Estado esses alunos não poderão optar por uma escola ou projecto educativo que melhor responda às suas necessidades. Estão, por fatalismo da sua condição social, excluídos das oportunidades que outros têm. E essa injustiça tem de acabar.