Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

A noticia comentada hoje pode ser dos anos 90

Nas redes sociais há um fenómeno tenebroso. Dar vida a notícias que têm anos como se fossem de hoje.

A notícia pode ser colocada num contexto diferente e os comentadores até se dão ao luxo de fazer os seus comentários sem lerem a notícia.

Mário Soares foi mandado parar pela GNR mas isso foi nos anos 90.  A economia está a crescer mas isso foi há 10 anos. O emprego aumentou mas isso foi há 5 anos.

Como estas notícias agora interessam aparecem como sendo actuais. E quem as coloca sabe bem o que está a fazer aproveitando-se da ligeireza de quem navega pela internet. Até porque ter assim à mão um menu de notícias que aparecem como por encanto nos momentos em que podem lançar a confusão não é para todos. É para gente instruída na contra-informação.

Com as más noticias actuais sobre a economia estas "não noticias" fazem coro com António Costa que diz que está tudo como previsto. E com Catarina Martins que esboça uma critica ao poucochinho  não sem antes dizer que é preciso mais crescimento do emprego ( ele não está a crescer). Jerónimo de Sousa vai alinhando com a cassete habitual. A culpa é dos constrangimentos europeus ( como se sem a Europa o país não estivesse sujeito a metas e a rigor )

É a realidade a misturar-se com a ficção.

Militantes do PS atacam políticas de Costa

Militantes do Partido Socialista avançam com manifesto onde criticam as politicas do governo.

A iniciativa é da Corrente de Opinião Esquerda Socialista e é apresentada como uma reunião que “congregará dezenas de militantes socialistas descontentes com o rumo que António Costa está a imprimir ao país e ao partido”.

O manifesto alerta que “os indicadores da evolução económica e do emprego são muito preocupantes”. E questiona: “O que vai acontecer quando o estado de ilusão, de torpor e de campanha eleitoral em que vivemos esbarrar nas suas insanáveis contradições: a economia e a Europa?”.

O documento considera ainda que “à semelhança dos seus congéneres europeus, o Partido Socialista vem dando manifestos sinais de declínio como bem ilustram os resultados das últimas eleições europeias e a derrota nas recentes legislativas”.

Excesso de equilibrismo

Excesso de equilibrismo leva-nos para maus caminhos. "A atitude otimista de simplesmente confiar na 'sorte' pode dar origem a um grande 'azar' e é certamente uma grande irresponsabilidade". O ex-PM não usa de rodeios, acusa António Costa de "falar a duas vozes, uma para dentro, satisfazendo clientelas políticas radicais, e outra para fora, procurando acalmar a desconfiança crescente dos investidores e dos parceiros", o que, no seu entender, só "complica ainda mais a situação". Acusa mesmo: "Aqui, o excesso de 'habilidade' e de 'equilibrismo' não são disfarçáveis e contribuem para acentuar uma imagem negativa de 'chico-espertismo' ".

E não, não são as condicionantes externas. O preço do petróleo é uma grande ajuda e o programa do BCE está forte como nunca. São mesmo as políticas internas que aumentam a desconfiança entre os investidores . A economia não arranca, o desemprego sobe e a importação de automóveis cresce. Dar dinheiro a alguns e aumentar os impostos a todos deixa pouca margem para incrementar o consumo interno de produtos nacionais. 

Plano B - o outro nome de um aumento de impostos

Vai ser o IVA. É fácil, é imediato e dá milhões . E a redução do IVA na restauração não cria postos de trabalho mas aumenta os lucros.

Entretanto, enfermeiros, médicos e pensionistas chegam-se à frente também querem ganhar mais. Foi aberta a Caixa de Pandora. As 35 horas patinam, não serão para todos e não entram em aplicação em 1 de Julho. O orçamento não comporta a despesa. E, em troca, os sindicatos salvos por Costa vão exigir o quê ?

O investimento deu um trambolhão de todo o tamanho, os investidores olham com desconfiança para um governo que se apoia em partidos anti-capitalistas e anti- Europa. E a desgraça do desemprego, assim, não tem como ser resolvido.

Perante este desgraçado cenário Marcelo e António Costa correm para Bruxelas jurando o que escondem cá dentro. Costa perante o comportamento da economia diz que o mau desempenho é porque está a acomodar. Já acomodou diz o PM agora é que vai ser. Não há nenhuma hipótese de chegar aos 1,8% orçamentado . E menos economia dá menos receita.

O consumo interno acelerou com a compra de automóveis como se previa.

O que tem mais para oferecer este governo ?

A economia arrasta-se , a execução orçamental patina, as exportações caiem. Bruxelas ameaça com mais medidas e com sanções.

O desemprego continua alto, as taxas de juro já estiveram mais confiantes, o PIB não descola,  o investimento estrangeiro segue o mesmo caminho.

 Quando um governo é eleito espera-se que traga alguma coisa. Que construa, que acrescente e que não se limite a desfazer o que foi feito.

Mas nada disto será feito por um governo que não encontrará consensos com a oposição e que se mostra de mãos atadas, refém dos equilíbrios externos e internos - e com os sindicatos vigilantes e dispostos a combater qualquer medida que comprometa a sua sobrevivência.

Costa pode orgulhar-se: já passaram 6 meses. Já?

Como se diz em grego " aterramos " ?

Syrza começou a governar com uma quota de aprovação de 70% nesta altura vai nos 17,5%. O Podemos aqui ao lado em Espanha  vai na terceira posição.

As medidas que têm sido aprovadas no parlamento grego, contudo, estão a fazer derrapar a popularidade do líder esquerdista. E, na opinião do último ministro das Finanças antes da eleição de Alexis Tsipras, Gikas Hardouvelis, a popularidade de Tsipras irá cair ainda mais à medida que as pessoas sentirem no bolso a quebra de rendimentos que virá das medidas que acabam de ser aprovadas a troco da luz verde para a primeira avaliação ao programa de resgate.

Marcelo e Costa andam por Berlim . A Troika está a chegar a Lisboa. A economia, o emprego e as exportações é que já aterraram. É só preciso paciência e ganhar tempo. A realidade faz o resto

Os contratos de associação na saúde com os privados

Foram emitidos 111 mil vales de cirurgia para que os doentes possam ser operados nos hospitais privados. Mesmo assim há uma lista de espera ( supõe-se que dentro do prazo terapêutico indicado) de 194 mil cirurgias. Que fazer ? Construir hospitais públicos e abandonar os hospitais privados já construídos ? A capacidade instalada desperdiçada por dar lucro ?

Porque é esta, não tenhamos dúvidas, a lógica que hoje se discute na Educação e que uma vez ultrapassada se orientará para o SNS e assim sucessivamente. Um assalto óbvio dos estatistas à iniciativa privada.

A factura vai nos 100 milhões de euros mas os vales-cirurgia relativa a 2015 podia ser ainda superior. Como o Jornal de Notícias noticiou em Março, vários hospitais do Norte e do Centro do país estão a boicotar a possibilidade dos doentes que não conseguem operar dentro dos prazos regulamentados serem intervencionados noutros estabelecimentos hospitalares. A Entidade Reguladora da Saúde já registou mais de três centenas de reclamações a nível nacional desde o início de 2015.

Hoje os alunos amanhã os doentes ?

adse.jpg

 

 

Há alguma razão que justifique tirar a escola preferida a uma criança ?

Eu sei do que falo. A minha infância passeou-se por várias cidades acompanhando a vida profissional do meu pai. E sei bem o que é mudar de escola, de professor, de amigos. Custa tanto que nunca mais se esquece. 

Nesta guerra todos atiram ao lado. Uns por razões ideológicas, outras por razões financeiras, outros ainda por razões de pura inveja, mas poucos se interessam verdadeiramente pelos alunos. E tudo seria mais fácil se os alunos estivessem no centro da discussão.

Ter uma escola dominada por um sindicato que serve um partido que não chega aos 10% dos votos é uma aberração democrática e que terminará um dia. Só não sei quando. Ter um negócio com rendas fixas e sem nenhum risco terminará um dia só não sei quando. E ter escolas com qualidade e com alunos satisfeitos acontecerá um dia só não sei quando. Mas sei que só acontecerá quando forem as famílias a escolher. Há quarenta anos que andamos a discutir isto .

Mesmo pessoas que habitualmente são moderadas tornam-se radicais a discutir a escola. Todos já vimos os ministros a serem triturados uns após outros por um sindicato que não abre mão do seu poder. É isto a escola pública ? É que se é lutarei para lhe pôr fim.

Mas se a escola pública for um sistema que gera oportunidades para os mais pobres, abrindo-se à sociedade civil, às famílias, aos poderes locais, a novos modelos de gestão então, a escola terá como prioridade os alunos.

E terá em mim um defensor

 

Escola há só uma a minha e mais nenhuma

Trinta e seis mil pessoas na manifestação em frente da Assembleia da República. A minha escola, ponto. O que o Tiago ministro e a Alexandra Secretária de Estado ainda não perceberam, ou melhor estão a perceber agora, é que os colégios em associação são muito mais que uma escola financiada. São famílias, alunos, economia local e vidas de cidadãos em terras onde as opções são poucas ou nenhumas.

Nascida e criada em Riba de Ave, diz que a terra “é um meio difícil” e que “nada mudou” nos últimos 32 anos, quando ela própria estudou no Externato Delfim Ferreira. Ou seja, a indústria não existe, o emprego escasseia e a escola pública que lá existe “não tem qualidade”. A melhor alternativa da rede de escolas do Estado, diz, fica a 12 quilómetros. “Eu vou mandar uma criança de nove anos para Famalicão? Não há rede de transportes”, queixa-se.

Ângela Ribeiro, professora daquele externato, podia ter mandado a filha para uma escola do Estado existente “mesmo ao lado” da sua casa. Mas decidiu matriculá-la num colégio com contrato de associação a 30 quilómetros. “Faço 60 quilómetros por dia por minha livre escolha”, diz ao Observador, antes de se manifestar “ultrajada” pela intenção do Ministério da Educação, que quer cortar o financiamento público a turmas destes colégios privados — a maioria dos quais se encontram em zonas onde até há poucos anos não existia oferta de escolas estatais.

Pág. 1/14