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BandaLarga

as autoestradas da informação

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as autoestradas da informação

Com este vestido preto eu nunca me comprometo

O PCP foge como o diabo da cruz das contas apresentadas pelo governo. Como não acredita nelas não as quer aprovar na Assembleia da República. Uma proposta tão normal com a que o CDS propõe - que a Assembleia da República aprove os documentos mais importantes da nossa vida democrática - não deveria ser olhada pelo PCP como uma "chicana política ". A não ser que tenha medo de as aprovar e assim ter que se justificar quando formos a contas.

Apoiar o governo exige transparência e responsabilidade. O PCP anda a fazer jogos semânticos com o intuito de não ser responsabilizado. Todos os dias jura que este governo não é comunista mas todos os dias tem que o apoiar . Esta posição, sim, é uma enorme "chicana politica".

"Hoje, um dos problemas da solução política que temos pela frente é o facto de o PS aceitar os constrangimentos que nos são impostos, tendo em conta o nível da dívida pública, a imposição da redução do défice, o Semestre Europeu, o Tratado Orçamental diz Jerónimo", numa clara alusão à saída do país da Zona Euro e da União Europeia.

O PCP espreita a oportunidade de ganhar vantagens com o seu apoio ao governo e, ao mesmo tempo, arrastar o país para uma aventura sem nexo , com Portugal a cair numa situação "orgulhosamente só" em tudo idêntica à situação "salazarenta" que nos aprisionou numa feroz ditadura.

Os comunistas dissimulados e os comunistas assumidos

O BE devia começar pela sua própria gramática e não chamar-lhe do "género " como muito bem disseram os comunistas assumidos.

Não é o PCP que tem lampejos de lucidez: é o Bloco de Esquerda que vive em estado de alucinação perpétua. O episódio do "cartão de cidadania", que os comunistas dissimulados queriam impor e os comunistas assumidos vetaram, é apenas um exemplo. E nem sequer um exemplo original: por todo o Ocidente e arredores há "comissões", "observatórios" e centros de ócio similares empenhados na erradicação da discriminação de género através do massacre da gramática. Os primitivos, que pronunciavam "chuva" e aguardavam o aguaceiro, acreditavam que a linguagem determinava a realidade. O BE, sem hesitações ou subtilezas, também acredita, e é preciso um partido que acredita na democracia norte-coreana para moderar-lhes a toleima.