As escolas portuguesas ainda não fizeram a transição do século XX para o século XXI, porque os professores ainda não perceberam que hoje o que se ensina não dura para a vida. Os sindicatos são profundamente conservadores e não querem largar mão da centralização nos burocratas de 5 de Outubro. Para cúmulo convenceram o pobre rapaz que mandaram vir de Cambridge a ser avaliado todos os meses. Para quem sempre lutou para que professores e escolas não fossem avaliados não está mal.
"Nos sistemas tradicionais mais burocráticos, os professores são frequentemente deixados sozinhos nas salas de aula e é-lhes dito tudo o que têm de ensinar. Já as escolas com melhores desempenhos estabelecem metas ambiciosas, são claras acerca do que os estudantes devem ser capazes de fazer, mas dão aos docentes a autonomia para definir que conteúdos e que tipo de ensino precisam de dar aos seus alunos. Muitas vezes alunos diferentes são ensinados da mesma forma. Mas as melhores escolas aceitam a diversidade, usando práticas pedagógicas diferenciadas. No passado o ensino era centrado no currículo; no futuro, será centrado no aluno."
Com um sindicalista que não dá aulas há dezenas de anos e que co-governa a Educação há mais de vinte anos como pode o ensino evoluir ?
Já vai em 10 mil milhões. Financiar as empresas do Grupo aos balcões do banco. Precisa de um investimento seguro e rentável ? Há sempre uma empresa no Grupo.
Um belo dia estava a mediar uma operação financeira elevada num banco de investimento. O meu cliente aconselhou-me a redobrar de cuidados. Estive à conversa com o representante do banco. E, às tantas diz-me ele, reforçando o argumento. Você já viu o que está a acontecer no BES ? Eles vendem os seus próprios produtos. Acredita mesmo que as empresas deles são sempre a melhor aplicação?
Aquilo fez-me abrir os olhos. É que o meu filho tinha feito uma aplicação e lá estava mais uma empresa do Grupo. Se bem me lembro foi na agora tão falada Escom. Claro que o rapaz nunca mais viu o dinheiro.
Ora, como se constata pela informação do técnico, o golpe era do conhecimento geral de quem trabalhava na actividade e não podia ser desconhecida pelas entidades de regulação. Estas coisas não se fazem sem o silêncio cúmplice da maioria e de quem tem poder.
Dez mil milhões é muito dinheiro e ainda mais gente. Que tinham o direito de serem aconselhados e avisados pelas autoridades. Mas como se diz na Beira Baixa "a burro que está a comer não se lhe mexe na barriga".
Se não era secreto entende-se mal que o pais não soubesse. A cara do ministro mete pena, afinal ninguém merece isto. Não há duvidas que as contas presentes e futuras vão dar muitos problemas a Bruxelas, há muita coisa mal explicada. Os contribuintes vão pagar.
A DBRS, agencia de notação financeira que nos mantém no programa do BCE, sentiu necessidade de explicar que nas muitas conversas que manteve com o ministério das finanças, lhe foi garantido que em caso de aperto o governo aumenta os impostos indirectos. Exactamente o contrario do que nos vai dizendo cá dentro.
Convém lembrar que os impostos indirectos já foram aumentados e se fizermos as contas, o que nos foi tirado já e mais do que o que nos foi devolvido.
A DBRS diz saber que “é difícil politicamente fazer reformas no mercado de trabalho. Mas se a rigidez não for reduzida, será muito difícil para Portugal aumentar o PIB potencial no futuro, o que é crucial, e para criar mais empregos, o que é muito importante para a estabilidade geral”.
Mais uma vez o emprego e o investimento são as preocupações justamente o que foi esquecido nas contas do governo
Mais de cem nomes de políticos, gestores, jornalistas que terão recebido luvas do BES. Por estes dias há muita gente a dormir mal. Mas se a investigação continuar nas mãos destes jornalistas estou convicto que um dia saberemos quem consta na lista. As pressões serão muitas para abafar o caso.
A existência de “mais de uma centena de nomes que constam nessa lista de várias páginas”, que “incluem várias pessoas influentes”, “políticos”, “pagamentos durante vários anos a gestores do BES e da Portugal Telecom”, “ex-gestores, autarcas, funcionários públicos, gestores, empresários e jornalistas” que receberiam compensações regulares ou avenças pagas pela ES Enteprise, empresa do GES que tem sido investigada pela justiça portuguesa por suspeitas de funcionar como um saco azul.
E nós andamos a ver passar os comboios como se a influência do então "dono disto tudo" fosse tão natural que não precisasse de comprar ninguém.
Quadro legal à parte a UBER é o futuro e a inovação. Os táxis são o passado. Pode-se manter protegida a actividade por algum tempo mas não pelo tempo todo.
O governo tem que legislar no sentido da actividade estar regulada e ser igual para todos. Mas se a UBER presta melhores serviços e mais baratos não há como impedir o seu negócio. Até porque a sua sede está na Holanda.
Acresce que uma sondagem veio mostrar que os portugueses de Lisboa e Porto estão maioritariamente a favor da UBER e muito satisfeitos com o serviço prestado.
Neste estudo da Eurosondagem para a Uber - que visou avaliar a percepção dos consumidores relativamente ao papel da tecnologia na mobilidade urbana - 26,2% dos inquiridos disseram já ter experimentado os serviços desta plataforma electrónica de reserva de transporte, sendo que 94,1% classificam a sua experiência com as viagens pedidas através da Uber como "muito boa" ou "boa". Um total de 3% considera que foi "má" e 1,1% diz ter sido "muito má".
E no DN lá vem que o governo (secretamente) vai cortar mais 150 milhões nos apoios sociais . Mas nada disto é austeridade. É pura ficção. De tal forma que todos já estamos a viver muito melhor segundo os entendidos.
O que ninguém já consegue é fazer as contas depois das reposições, dos aumentos dos impostos indirectos, dos combustíveis mais baratos na raia, na redução do IVA na hotelaria ( salvo as bebidas) da nova tabela do IRS ( todos acima dos 950 euros pagarão mais) , e do aumento do IMI, e do imposto sobre as heranças e de todos os outros... Talvez Bruxelas consiga pôr alguma ordem no processo. Ainda hoje o documento que não existia era mostrado pelo próprio PM aos deputados. Documento de trabalho. Pois...
Uma bagunça bem organizada em que ninguém acredita. Tudo dependente do crescimento da economia (1,8%) que ninguém prevê ( entre 1,3% e 1,6% intervalo das entidades financeiras) e com uma dramática queda no investimento.
Conta a historinha que o BandaLarga viu a vaca e quis ficar do seu tamanho. Inchou, inchou e...PUM! arrebentou. Obrigado à equipa do Sapoblogues e aos leitores . E a certeza continua. Aqui no Banda Larga cada um pode dizer o que quiser.
Escola pública vazia a pouco metros de 74 turmas privadas financiadas pelo Estado
Como é óbvio, racional e salutar as famílias preferem as boas escolas para os seus filhos. É por isso que nas zonas onde há escolas públicas e privadas as escolas públicas estão a meio gás. Solução? Em vez de darem corda aos sapatos, trabalharem mais, obterem resultados, exigem ao ministro que transfira os alunos das escolas privadas, fechando-as. É humilhante para as escolas públicas se esta medida for imposta. Porque será que acontece isto que a própria secretária de Estado reconhece ?
Em resposta a uma pergunta da deputada Ana Rita Bessa do CDS/PP, a secretária de Estado apresentou como exemplo uma escola pública em Paços de Brandão, em Santa Maria da Feira que está sem alunos, e que, pelo contrário, o Colégio Liceal de Santa Maria de Lamas, na mesma área geográfica, tem 74 turmas com contratos de associação, ou seja, financiadas pelo Estado.
O que seria razoável é que a escola pública sem alunos fechasse e se apoiasse a escola que as famílias e os alunos preferem. Ou não ? Porque será que isto acontece ?
Pela primeira vez o evento sai de Dublin . Há mais de 27 mil pessoas, de 149 países, que já se inscreveram na Web Summit – maior evento de empreendedorismo, inovação e tecnologia da Europa -, que decorre em Lisboa, no MEO Arena e na Feira Internacional de Lisboa (FIL), de 8 a 10 de novembro. No ano passado, por esta altura, tinham-se inscrito 1.317 pessoas, de 19 países. A organização espera receber cerca de 50 mil pessoas em Lisboa.
“Web Summit vai ser um enorme palco para atrair investimento direto estrangeiro” e é “uma enorme oportunidade para startups portuguesas” para além de reforçar a imagem de Lisboa no radar das cidades que melhores condições oferece para este tipo de eventos . O turismo também agradece.
Esta semana foi revelado que a capital portuguesa vai receber a Web Summit em 2016, 2017 e 2018, sendo que poderá vir a receber a conferência em 2019 e 2020, mas estes dois anos ainda não estão fechados. Este é um dos mais importantes eventos europeus de tecnologia, empreendedorismo e inovação. Lisboa era uma das duas finalistas e bateu Amesterdão na final.
Mas, entre tantas cidades europeias, porque é que Lisboa foi escolhida para receber este evento? "Escolhemos Lisboa por causa das boas infra-estruturas, o incrível local que acolherá o evento e da crescente comunidade startup. Estamos ansiosos por trabalhar com a comunidade empresarial de Lisboa", destacou Paddy Cosgrave.
Espera-se um retorno de 175 milhões de euros em restautação e hotelaria