Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Ocupar o lugar do poder não é o mesmo de exercer o poder

Durante estes meses de governo PS com apoio do PCP e do BE as políticas anunciadas limitaram-se a reverter as implementadas pelo governo anterior. A verdade é que não podia ser de outra forma. O Prof Joaquim de Aguiar explica esse facto de forma superior

PS, BE e PCP já sabem que não governam, só impedem que outros governem. Do pântano de 2002 e da bancarrota de 2011 passou-se para o rebentamento dos canos de esgoto em 2016. Correrá mal a todos e por muito tempo.

Governo terá que apresentar mais medidas até Abril

A Comissão Europeia inclui Portugal no grupo dos países em risco. Com a entrada em funções do Novo Governo e as primeiras medidas de António Costa, podem dar-se novos focos de tensão entre o governo e Bruxelas, em pontos específicos no mercado de trabalho.

A taxa de desemprego continua alta (12,2%) e o seu valor de referência é de 10%. Desemprego jovem e de longa duração apesar do crescimento da economia em 2015 ( 1,5%)

Perante os previsíveis avisos da Comissão, o governo terá de definir medidas até abril. Paralelamente ao Programa de Estabilidade - o documento de cariz financeiro onde o Governo terá de pormenorizar medidas adicionais caso a execução orçamental dê sinais de derrapagem - o Executivo terá de entregar nesse mês o Programa Nacional de Reformas, com medidas de cariz mais estrutural.

Já em Abril ou mais tarde em Set/Out (preparação do orçamento para 2017) não faltará quem queira saltar da "posição conjunta" que sustenta o governo e Costa terá que escolher entre Bruxelas e os seus parceiros .

Na discussão do orçamento onde esteve o desemprego ?

A taxa do desemprego vai nos 12,2% mas não é suficiente para atrapalhar os nossos políticos. Mais para estes, mais para aqueles, mas criar postos de trabalho nem uma palavra. Será porque os desempregados não têm voz que chegue ao céu?

Este é o grande problema do país há dezenas de anos. A emigração está aí para o comprovar, não é de hoje nem de ontem que milhões de portugueses saiem do país para encontrar trabalho. E depois de todos os subsídios, empréstimos e carga fiscal terem batido records e terem sido queimados em obra pública, por natureza precária, o desemprego não está no centro das preocupações dos políticos.

Enquanto o empreendorismo, na indústria, na agricultura, no mar não for incentivado e facilitado pelo estado continuaremos assim. Olhar para o lucro como o demónio e não perceber que sem lucro não há impostos nem novos postos de trabalho

“Ou o Governo governa ao centro, [como aparentemente tem feito, e terá condições para resolver os problemas da economia portuguesa (e do desemprego), ou] o PCP e o BE governam [por intermédio do PS] e teremos no futuro um problema, com mais desemprego.

Convem que os camaradas Jerónimo e Catarina não odeiem a iniciativa privada. Basta olhar para os países que lhes servem de exemplo. Todos na miséria.

 

A taxa de juro já está noutro patamar e já não desce

A taxa de juro está novamente acima dos 3,5% e a verdade é que, subindo e descendo já não sai deste patamar . Para uma dívida com a dimensão da nossa isto é pouco menos que uma tragédia. Com a discussão de um orçamento que devia ser um documento de esperança e de estabilidade mas que só está a lançar o descrédito.

Os juros da dívida nacional estão novamente a subir. A taxa a dez anos está de novo acima dos 3,5%, destacando-se nas subidas entre os pares europeus. Um agravamento que acontece no segundo dia de debate do Orçamento do Estado no Parlamento. E numa altura em que tem sido colocada em cima da mesa a discussão sobre a renegociação da dívida.

Nos últimos dois meses quase duplicou. É preocupante e não anuncia nada de bom.

Discussão do Orçamento antecipa campanha eleitoral

A discussão de ontem na Assembleia da República foi tudo menos a discussão do orçamento. O governo diz-se melhor do que o governo anterior. O PSD e o CDS dizem-se os salvadores de um país em pré-bancarrota. PCP e BE já estão ambos com os dois pés fora da " solução conjunta".

O orçamento não chega, nem para Bruxelas, nem para PCP e BE e, muito menos, para o país. Costa queixa-se que a direita anda a dizer mal do orçamento em Bruxelas com voz "maviosa" . Passos diz que o PS está de joelhos perante Bruxelas. E para fim de festa o PCP puxou a restruturação da dívida para cima da mesa. Golpe fatal para a geringonça.

Podem dar as voltas que quiserem mas a dívida não se paga, não se reestrutura e não se deixa varrer para debaixo da mesa. É um elefante no meio da sala. E vai partir tudo.

A dívida das famílias e das empresas tem vindo a baixar e a reestruturar-se mas a dívida do estado nem um bocadinho. E este orçamento tem muito pouca margem para pagar 46,1 mil milhões num só ano.

Daqui a uns meses, Abril no primeiro cenário, Outubro (orçamento de 2017) no segundo, o elefante vai mexer-se.  E já com ‘sabor’ a campanha eleitoral para umas eleições que podem ser antecipadas e que tanto PS, como PSD prevêem.