Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

O governo PS cairá quando o PCP decidir

É um erro muito grave o PS não obrigar o PCP e o BE a participar directamente na governação.

" O PS só está em vias de aceitar o que lhe estão a oferecer, porque já não tem margem de recuo. É que o Comité Central do PCP não dirá hoje coisa diferente do que andam a dizer há vários dias os seus principais dirigentes, com Jerónimo de Sousa à cabeça. "O governo do PS tem condições para implementar uma política que assegure uma solução duradoura." "A luta social vai continuar, porque é com essa luta e a mobilização que se vão encontrar os caminhos para a melhor política." E a cereja em cima do bolo é a ideia de que "o governo do PS será tão duradouro quanto mais defender os interesses do país". Tudo somado, feita a prova dos nove, quer dizer apenas que o governo cairá quando o PCP decidir. A posição do Partido Comunista é legítima. Nunca eles prometeram coisa diferente do que estão a oferecer agora. No PS é que sonharam com os amanhãs que cantam e julgaram ser possível ter o PC dentro do governo. Talvez no Bloco imaginassem o mesmo e admitissem, desse modo, entrar no comboio.

Para desgosto de muitos dirigentes do PS, não haverá governo das esquerdas. Haverá, quando muito, um governo do PS que terá de pagar sozinho por tudo o que correr mal e entregar os louros do que correr bem. Descontando os militantes que a todo o custo querem o PS no poder, nenhum socialista pode considerar que o que existe é um grande acordo.

Com os tanques soviéticos em Praga despertei para a liberdade

Clara Ferreira Alves : Portuguesa e anticomunista. Obrigada.  "Convencidos de que os comunistas mudaram, os socialistas serão, como recusaram historicamente ser, chantageados por um partido que joga aqui a sua derradeira cartada da História. O comunismo acabou em toda a parte, mas não aqui, não aqui. E não acabou aqui porque a desigualdade e a pobreza que a direita exalta em Portugal como regra de vida comum, como modo operativo de um capitalismo egoísta, autodidata e desmembrado, são a bandeira do PCP. São o seu eleitorado. Juntem-lhe os funcionários públicos num país envelhecido onde todos dependem do Estado, da banca aos artistas, e temos a explicação do anacronismo chamado Partido Comunista Português.

PS : despertei para a liberdade : Na noite entre 20 de agosto e 21 de agosto de 1968, os países membros do Pacto de Varsóvia invadiram a República Socialista da Checoslováquia, a fim de deter a Primavera de Praga, as reformas de liberalização política de Alexander Dubcek .[1]

Queda de avião no Egipto enche Portugal de turistas

Portugal vai ter um  verão cheio de turistas . A queda de um avião por razões externas ( terrorismo) não se apaga no curto prazo. Na próxima semana já vai haver grandes operações a desviar tráfego do Egipto.

Não há dúvida que vai haver repercussões que beneficiarão todos os destinos portugueses, com destaque  para o Algarve, Madeira e Açores.

Um acontecimento destes não deve alegrar ninguém, mas é natural que os grandes operadores se movimentem a ver onde vão alocar todo este mercado que ficou livre, colocados perante cancelamentos de última hora e que parte dessa procura possa vir para Portugal.

É frenética a procura de camas em destinos alternativos soalheiros para o inverno de 2015, como Marrocos, Canárias e Cabo Verde .

A globalização tem destas coisas . Estar neste cantinho ao sol é uma benesse dos deuses. Há mesmo quem diga que é o melhor lugar para viver . O meu filho que andou pela Itália a estudar e na Holanda a trabalhar ao fim daqueles anos, disse-me : "longe da luz de Lisboa e do mar português nunca mais ". Escusado será dizer que nunca mais teve um emprego decente apesar de ter criado a sua própria empresa.

A maioria parlamentar pode ou não ser virtuosa

Chumbaram o PEC IV. Um bando de malfeitores na Assembleia da República ( que por acaso faziam uma maioria de deputados bem maior do que a actual) já depois de terem apoiado o PEC I , o PEC II e o PEC lll, deram-se ao crime de derrubar o governo.

A situação do país era tão má que foi preciso chamar a troika, pedir dinheiro emprestado, com as contas fora de controlo e as taxas de juro a 10%. O povo, nas eleições seguintes, deu razão aos deputados. O PS apanhou uma banhada, com PSD e CDS a juntarem 50,5% dos votos.

Nos anos seguintes lemos e ouvimos a ladainha . A culpa era toda da maioria parlamentar que chumbou o PEC IV. Mesmo pessoas informadas não tiveram ( e algumas continuam a não ter ) qualquer rebuço em manter a ladainha da atribuição de culpas. Derrubaram o estadista, o menino de oiro.

Agora a maioria de deputados que vai chumbar o programa do governo já é legítima e virtuosa. Não conhecem o programa ? Os partidos do governo ganharam as eleições ? Nada interessa. Há ou não há uma maioria de deputados na Assembleia da República ?

A diferença, que faz toda a diferença, é que esta é virtuosa. São eles que classsificam . É a Democracia de que são capazes.

Uma espécie de troika comunista

PCP não faz um acordo para a legislatura. Anualmente avalia o governo . Se Costa não fizer aos comunistas o que fez a Seguro e ao resultado das eleições talvez passe. Todos os anos, o governo PS ( se existir) tem o cutelo sobre o pescoço . Chamava-se a isto, no antes 25 de Abril, o "controleirismo" comunista. É bizarro mas a ambição de Costa não tem limites. Nem vergonha.

Uma espécie de 'troika' do Governo de iniciativa do PS, num quadro em que está garantido o apoio parlamentar do PCP e BE.

Se Cavaco Silva, que tem um cabaz de razões para não dar posse a António Costa, o vier a fazer, coloca o governo do país nas mãos do Comité Central. O mais pequeno dos partidos envolvidos nas negociações passa a mandar num país que andou quarenta anos a lutar contra essa possibilidade. 

Para António Costa vale mesmo tudo .

LIXO

As coisas são com são :  Primeiro, um pequeno perigo que pode deitar abaixo todo o edifício construído por uma “esquerda” que não consegue medir o efeito da sua inesperada ascensão ao governo. A agência de “rating” canadiana DBRS (a única das quatro grandes que não desceu a dívida portuguesa à categoria de “lixo”) avisou terça-feira que admite fazer descer um degrau à nossa papelada. Se isso vier a acontecer, não será permitido ao BCE comprar dívida portuguesa (de que em larga parte nós vivemos), nem aos bancos dar dívida portuguesa como colateral do dinheiro que andam por aí a pedir; e não tardará que uma nova troika desembarque em Lisboa.

O PS nas mãos do Comité Central

exp7-11.jpg

 E Francisco Louçã que sabe muito bem o que se está a passar, avisa :“É preciso que a proposta que António Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa apresentarem ao Presidente da República seja absolutamente consistente. Ou seja, sólida do ponto de vista programático, saiba o que representa para as pessoas, saiba o esforço que se está a fazer, dê a confiança às pessoas e crie um consenso democrático sobre a viabilidade de uma alternativa”. Mais: é preciso “que os partidos não se enganem, não se desviem, não se distraiam”.

Bem se percebe que, até agora, as negociações à esquerda só têm dado argumentos a Cavaco Silva para dizer não a António Costa .

O que é a parte politica que falta ?

Falta a parte politica. O mais difícil já está que é devolver "o roubo" e manter tudo dentro do orçamentado. Pelo exemplo ( descongelar as pensões em 1,8 E) difícil mesmo é convencer o PCP a fechar os olhos à UE, à NATO, ao Euro e ao Tratado Orçamental. Porque ninguém tenha dúvidas " a parte politica" é isso que quer dizer. E isso para o PCP é tudo.

Para Francisco Assis, a política é feita, sim, de “afirmação de convicções. A política é lutar por causas, mesmo quando isso não suscita de imediato compreensão da maior parte das pessoas a quem nos dirigimos”.

Alguém estranharia aquela frase na boca de Jerónimo ? Ora  a parte politica não cabe em nenhum orçamento .É a parte escondida do iceberg de que falava Assis. Está lá, aparece sempre no caminho dos desprevenidos ou de quem não olha a meios.

Cavaco Silva, em Belém, já tem uma pasta cheia de argumentos para dizer não a um governo tão pouco credível e tão pouco consistente.

 

 

Dois acordos e uma posição conjunta

Na sua comunicação o PCP evita cuidadosamente a palavra "acordo" e anuncia o objectivo de afastar a coligação PSD/CDS do governo . É isto uma plataforma estável de governo para quatro anos ? Quem conhece a palavra dos comunistas sabe bem que não. Máxima flexibilidade táctica máxima rigidez estratégica. Que tudo mude para que tudo fica na mesma.

Vai haver três documentos bilaterais, um entre PS e PCP, outro entre PS e BE e o terceiro entre PS e Os Verdes. O PCP revelou há momentos que finalizou o texto de medidas negociado com os socialistas a que dá o nome de “Posição conjunta do PS e do PCP sobre solução política”.

Governo do PS assente em três documentos diferentes. Há governo mais instável do que este ?