O cidadão Grego que disse a frase do título pensa como eu em relação a Portugal. Se aceitarmos que temos um estado moderno organizado desde o Marquês, isso quer dizer que o país teve moeda própria mais de dois séculos. Política monetária e económica. Isso serviu-nos de alguma coisa ? Não fomos sempre pobres, com avalanches de emigrantes ? Para que serve então voltar para uma situação que já conhecemos que não resolveu problema nenhum ?
“Sofremos muito com a guerra civil e a História devia ensinar-nos alguma coisa. O nosso país é muito instável e temos um longo historial de conflitos. Se sairmos do euro, tenho medo que isso volte a acontecer. Por isso, já não me preocupa a austeridade. Tirem-nos o resto do dinheiro, tirem-nos o que quiserem. Só não nos tirem da Europa”
E nós, sofremos com a emigração, com a pobreza, com a desigualdade, com 40 anos de fascismo. Não chega?
A sondagem não deixa dúvidas. A Grécia é um país politicamente cortado ao meio e isso, ganhe o "SIM" ou o "NÃO", é uma grande derrota para o governo e não lhe deixa margem que não seja demitir-se e abrir caminho para eleições antecipadas.
SIM - 47%
NÃO - 43%
Indecisos-6%
O Syriza e os seus companhons de route ( um fascista, outro nazi) não cumpriram nenhuma das metas a que se tinham proposto. Pelo contrário, lançaram o país numa enorme confusão.
Que pode fazer um país enormemente endividado, sem economia e fora da Zona Euro ? Sem acesso a financiamento ? Que vive das importações( que não pode pagar) e que exporta apenas 5% do PIB ?
Esta situação, estou em crer, só não surpreende o próprio governo que sempre teve como objectivo levantar problemas e colocar em cima da mesa a saída do país da Zona Euro. Aliás, este objectivo, faz parte do seu programa, embora de momento faça juras que, não senhor, não é esse o seu objectivo. Mas é, e a prova é que o referendo vai colocar pela primeira vez o povo perante essa hipótese. A saída da Zona Euro e a seguir da União Europeia. Como quem não quer a coisa...
Há por aí quem pense que o que temos visto nos últimos tempos seja o resultado de incompetência ou inexperiência. Bem mal anda quem assim pensa. Os partidos que constituem o governo só têm em comum esse objectivo programático.
Esperemos que o povo helénico perceba o que está em jogo porque é muito mais do que aceitar as propostas que outros já executaram, com sacrifícios mas que hoje colhem os frutos desse trabalho. Para além de todos os erros e excessos
É preciso recuar até 2005 para se encontrar um montante de contribuições para a Segurança Social equivalente ao 1º semestre deste ano. Este é, evidentemente, o resultado da recuperação da economia que está a criar mais emprego e mais rendimentos. Pela primeira vez, desde 2005, as contribuições ultrapassarão os 14 mil milhões de euros”.
Moscovo não consegue libertar-se do passado : Enquanto a União Europeia faz uma figura cada vez mais ridícula ao não conseguir resolver o problema da Grécia e todas as atenções se concentram neste braço de ferro suicida para toda a Europa, as autoridades russas continuam a pôr em causa as fronteiras actualmente existentes no continente.
Guerra na Ucrânia, atentados terroristas da semana passada no Kuwait, Tunísia e França, situação cada vez mais catastrófica na Síria e no Iraque e onda de imigrantes ilegais que se dirige para a Europa. Não serão tudo argumentos suficientes para que todos os membros da União Europeia, bem como a Rússia, tomem consciência dos perigos reais? E para que Moscovo compreenda que chegou a hora de se deixar de comportar como uma superpotência que já não é, assumindo que a sua segurança é inseparável da segurança europeia?
O que se decide na Grécia é bem mais importante do que um punhado de Euros
A forma como o Syriza utilizou a União Europeia para ganhar as eleições legislativas foi de uma enorme imprudência diz António Costa.
E Berlim aposta na realização do referendo para fazer cair o governo Grego e só após reiniciar as conversações. A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que não irá negociar "nada novo até que o referendo grego seja realizado", remetendo o terceiro resgate para depois de domingo. As declarações surgem depois de também o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, defender o referendo, já que, em caso de vitória do ‘Sim', a Europa poderia negociar "com outro Governo". No entanto, o Eurogrupo vai começar já a analisar em maior detalhe o pedido feito ontem por Atenas.
Parece que o bom senso ainda não se esgotou de ambos os lados. O que parece certo é que uma Grécia fora do Euro, com o povo a sofrer agruras e a ser campo minado para todo o tipo de migrações indesejadas, (incluindo as terroristas) é um figo para as forças de extrema direita - estou-me a lembrar dos coronéis .
A forma como o Syriza utilizou a União Europeia para ganhar as eleições legislativas foi de uma enorme imprudência diz António Costa.
E Berlim aposta na realização do referendo para fazer cair o governo Grego e só após reiniciar as conversações. A chanceler alemã, Angela Merkel, disse que não irá negociar "nada novo até que o referendo grego seja realizado", remetendo o terceiro resgate para depois de domingo. As declarações surgem depois de também o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, defender o referendo, já que, em caso de vitória do ‘Sim', a Europa poderia negociar "com outro Governo". No entanto, o Eurogrupo vai começar já a analisar em maior detalhe o pedido feito ontem por Atenas.
Parece que o bem senso ainda não se esgotou de ambos os lados. O que parece certo é que uma Grécia fora do Euro, com o povo a sofrer agruras e a ser campo minado para todo o tipo de migrações indesejadas, (incluindo as terroristas) é um figo para as forças de extrema direita - estou-me a lembrar dos coronéis .