O triângulo aeronáutico do Alentejo com os vértices em Évora, Sines e Beja deu hoje mais um passo na sua consolidação. A licença de ocupação para a construção e a exploração da unidade foi hoje assinada, no aeroporto de Beja, entre a empresa ANA – Aeroportos de Portugal, que gere a infraestrutura aeronáutica alentejana, e a AeroNeo, que tem sede em Portugal e é participada pela suíça GreenParts Holding.
“A AeroNeo, promovendo o seu conceito de valorização de ativos aeronáuticos e juntando numa única plataforma de excelência as atividades de manutenção, desmantelamento, gestão de peças e formação aeromecânica, ambiciona ser um ator principal na consolidação do ´cluster` aeronáutico” em formação no Alentejo” e “no fecho do triângulo industrial aeronáutico Beja-Évora-Sevilha”, disse.
O objetivo da unidade “é a revalorização de componentes aeronáuticos extraídos em aviões em fim de vida”, através de um processo que “parece muito mais uma clínica do que uma indústria de sucata”, explicou Dominique Verhaegen.
Num primeiro momento, a AeroNeo prevê transferir as operações pesadas para Sines, “onde já há um embrião de indústria de reciclagem”, disse, referindo, a título de exemplo, que as 16 toneladas de alumínio que serão extraídas de um Airbus 319 irão ser tratadas em Sines.
O aeroporto de Beja "continua a ter transporte de passageiros, mas não é um transporte regular de passageiros", o qual "vai chegar um dia", admitiu, estimando que a conclusão da A26 e o desenvolvimento do turismo em Troia "poderá criar fluxos" de turistas "mais permanentes" para o Alentejo.
É disto que Portugal precisa, minha gente. Investimento, transferência de tecnologia, criação de emprego
Descentralizar é aproximar os centros de decisão dos problemas. A proximidade é um poderoso instrumento de gestão. É um dos princípios basilares da moderna gestão das organizações. Mas claro, tira poder aos que centralmente e à distancia dominam os diversos centros de decisão intermédios.
O governo avançou com a municipalização das escolas, envolvendo os poderes locais na sua gestão. Proximidade, vivência do ambiente escolar e social, tudo argumentos a que a FENPROF deita mão para justificar os maus resultados escolares mas que repudia quando são implementados ."
Os contratos têm por objecto a delegação de competências do Ministério da Educação e Ciência nas áreas de políticas educativas, administração educativa, gestão e desenvolvimento do currículo, organização pedagógica e administrativa, gestão de recursos e relação escola/comunidade.
Esta municipalização de competências começa com as autarquias de Águeda, Amadora, Batalha, Cascais, Crato, Maia, Matosinhos, Mealhada, Óbidos, Oeiras, Oliveira de Azeméis, Oliveira do Bairro, Sousel, Vila Nova de Famalicão e Vila de Rei.
Um embuste diz o alucinado Mário Nogueira a ver as suas vítimas fugirem-lhe entre os dedos.
Levava um dia para chegar de Castelo Branco a Aveiro. Gozava as férias grandes entre os canais da Ria e os areais das várias praias. Tempo de raros turistas mas muitos moliceiros a serem empurrados à força de braço. Pau comprido que assentava no fundo da Ria, o homem corria ao longo do barco empurrando o pau contra o ombro. Barcos carregados de sal, de moliço e de melões.
Trocado o cajado pelo motor, a cor escura da madeira pelas cores berrantes, o marinheiro pelo interprete ( que me pareceu serem jovens estudantes da reputada Universidade de Aveiro) e o sal pelos turistas, a Ria é um regalo para quem visita a cidade. Barcos num rodopio ria abaixo ria acima . Pejados de turistas.
Fiquei deslumbrado embora já me tivessem dito que a cidade se tinha transformado num ícone turístico . E não senti ponta de nostalgia. Gosto da cidade assim, cheia de gente. Lembrei-me, isso sim, de ouvir a rádio marítima, na madrugada, as conversas muitas vezes angustiadas de quem estava em terra com os barcos que navegavam ao largo.
Já estivemos com o desemprego em 17,4% agora estamos em 12,4%. Junho está igual a Maio, os meses fortes de turismo vão fazer baixar o desemprego ainda mais.
A estimativa para a taxa de desemprego referente a Junho mostra uma estabilização da taxa face ao valor de Maio. O INE reviu em baixa de 13,2% para 12,4% a taxa de desemprego. Isto significa que, afinal entre Abril e Maio, a taxa desemprego baixou de 12,8% para 12,4%. Os números provisórios apontavam para um aumento (de 12,8% para 13,2%).
Entre a taxa de desemprego provisória e a definitiva o INE recolheu mais informação que levou a uma descida da taxa. O instituto estatístico detectou mais 50,7 mil empergados e menos 41,7 mil desempregados.
Há mais de 40 anos que o aeroporto de Beja começou a ser construído. O meu pai foi o director das obras representando o então Ministério das Obras Públicas. Depois de os Alemães terem abandonado aquela infra-estrutura e apesar do muito dinheiro lá gasto, nunca o estado conseguiu encontrar utilização adequada. Esteve todo este tempo a torrar ao sol abrasador do Alentejo.
Ainda se falou, no ano passado, que o aeroporto serviria milhares de turistas e as exportações dos produtos da área do Alqueva. A verdade é que se deserto estava, deserto se manteve.
Entretanto, o aeroporto mudou de mãos com a privatização da ANA e num anito já arranjou um projecto para dar trabalho à gente da terra e ocupação ao construído. Nem menos que uma fábrica para fazer a manutenção de aeronaves e para as desmontar. Negócio circular. Construímos em Évora, reparamos na Portela e em Alverca e agora desmantelamos em Beja.
Porquê só agora ? Porque os novos donos da ANA estão no negócio, conhecem muita gente, oferecem contrapartidas, tudo vantagens que o estado não tem nem nunca terá. Mais ou menos como está a acontecer com os Estaleiros de Viana do Castelo.
Não havia trabalho nem paz social, passou a haver. É por estas razões que as empresas públicas têm prejuízo .
É esta a mensagem que está a passar. O PS, sem gás, ajuda, mas a economia a crescer também ajuda. Hoje foram publicados os resultados das principais empresas. Regressaram todas ao lucro incluindo a banca. E a semana passada soubemos que as receitas do IVA e do IRS estão bem acima do previsto o que dá margem para o governo acenar com a devolução de parte dos impostos.
E, agora, já é possível comparar o provável desenrolar da dívida e verificar que daqui a quatro anos o PSD/CDS propõe 107% do PIB e o PS 117% do PIB. Quando as taxas de juro estão a 2,5%, e é preciso pagar rápido, antes que subam ( o governo já começou a pagar ao FMI). Estes 10% de diferença que o PS quer gastar são o acumulado dos déficites das contas nacionais que, pelos vistos, o PS quer continuar a alimentar. Gastar mais do que se tem. Ainda nos lembramos desta receita?
“O que aqui está não abre buraco em lado nenhum – é realizável” diz Passos, piscando o olho à solução encontrada pelo PS para a Segurança Social - gasta agora e paga depois.
A RTP vai gastar 2,3 milhões de euros em higiene e limpeza. É uma boa aplicação dos dinheiros públicos. Veremos se aquilo passa a fazer serviço público e os seus trabalhadores a serem tratados como todos os outros. Porque se a limpeza não chegar aí o fedor mantém-se.
A proposta de Holland para um governo europeu com os seis membros fundadores da União Europeia mostra bem como a ideologia e não o interesse dos povos, norteia a maioria de jornalistas, políticos e comentadores.
Sobre a proposta, Henrique Monteiro afirma que o que lê na proposta é que o "arranque" do tal governo fosse feito pelos seis membros fundadores e com a posterior integração dos outros membros da União Europeia.
No mesmo jornal, Nicolau Santos, afirma que o que Holland está a fazer é apontar a porta de saída a todos os membros não incluídos nos seis iniciais, incluindo, claro, Portugal. Aliás, todo o texto é desenvolvido com a finalidade de chegar à conclusão que Portugal de uma maneira ou outra sai da Zona Euro.
Chama-se a isto, olhar a realidade como se deseja e não como ela é.
Escondidas debaixo do tapete, entram pela primeira vez nas contas públicas. Apesar de mais este rombo o saldo das contas nacionais é positivo e melhorou em relação ao mesmo período do ano passado.
O Executivo prevê que este ano o défice em contabilidade pública fique em 5.093 milhões de euros, o equivalente a 2,8% do PIB. Em contabilidade nacional - o critério que interessa para Bruxelas - a meta é de 2,7% do PIB.
O défice para o conjunto do ano reflecte as contas de todas as entidades, incluindo as mais de 260 que entraram pela primeira vez nas contas públicas este ano.
Sem estas entidades, o défice ficava em 3.783 milhões de euros, o que corresponde a uma melhoria de 392 milhões de euros face ao ano anterior.
Com um SNS estatal e universal é bizarro que o próprio estado mantenha, paralelamente, só para funcionários públicos , a ADSE, o que se traduz numa liberdade de escolha que é negada ao resto dos cidadãos.
É da mais elementar justiça que sejam os funcionários públicos a pagarem o seu sistema exclusivo e grande parte dos déficites acumulados . Não se compreende que sejam os contribuintes, através de transferências do orçamento, a pagar o que lhes é negado.
Mas o mais curioso é que se tenha levantado uma onda de protestos por o actual governo ter aumentado a participação dos funcionários públicos no financiamento do sistema de que são beneficiários exclusivos.
Daí que, numa perspectiva socialista, faça todo o sentido defender a extinção da ADSE, como recentemente voltou a argumentar Vital Moreira e como argumentou em 2013 Álvaro Beleza.
A solução está obviamente em privatizar o sistema, retirá-lo das contas públicas e entregar a sua gestão aos interessados, em autogestão mutualista ou noutro sistema concertado com os mesmos.