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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Guarde lugar num multibanco perto de si

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Daniel Oliveira :

O conto de crianças" que Tsipras e Varoufakis conseguiram ver aprovado em troca de mais financiamento foi um programa de combate à evasão fiscal, à corrupção e ao desperdício. De extensão de apoios sociais, com garantias de fiscalização. De aumento do salário mínimo. De combate ao endividamento das famílias e de mais justiça fiscal. Do fim do processo de privatizações. Da morte definitiva da troika, com a valorização da OCDE e da OIT. E de aplicação de parte de um programa de emergência social. Podem tentar transformar isto numa derrota. Se um governo nosso conseguisse, sem que Portugal esteja no aperto que a Grécia está, metade disto eu festejaria. É só um começo de uma guerra que será dura. Mas é um bom começo. Como fica evidente com o torcer de narizes do BCE e do FMI.

 

O PS entre culpar o Syriza e apoiá-lo

Alegre está com o Syriza. Carlos César com Bruxelas. António Costa não toma partido.  João Cravinho atira-se ao FMI. segundo o socialista há um desprezo total pela democracia. Galamba e Sérgio Sousa Pinto, defendem que as propostas do Syriza podiam ser subscritas por um qualquer partido social democrata ou democrata cristão.

Mas estão todos contra Passos Coelho porque este já escolheu o seu lado da barreira sem tibiezas. Nenhum país tem o direito de destruir a união e a economia dos outros.

António Costa, resume :“Não é a primeira vez que um Estado-membro recorre ao referendo para decidir questões com a UE”. “Decisivo é que, qualquer que seja o resultado do referendo, com este ou outro plano, seja garantida a integridade da zona euro, o financiamento das economias e uma política económica que permita o crescimento, a convergência e a criação de emprego”.

A vacina Grega

Há quem diga que o Syriza já fez mais pela União Europeia que todos os outros governos bem comportados. Parece que têm razão."

"O projecto do Syriza não passa por nenhum dos valores sociais, económicos e políticos da União Europeia. O projecto do Syriza é igual ao projecto que foi derrotado com o fim da Cortina de Ferro e do Muro de Berlim. É por isso que, apesar do sofrimento do povo grego, o referendo de domingo pode ser muito importante para a Grécia.

Se ganhar o sim é uma eficaz vacina em toda a Europa contra um vírus que nasceu com a crise e quase se transformou numa epidemia. O referendo votado pelos comunistas do Syriza, a extrema-direita dos Gregos Independentes e os nazis do Aurora Dourada é o sinal óbvio de que estas forças negras estão unidas e dispostas a tudo para matar a democracia."

"O que não podemos é fingirmo-nos surpreendidos, até porque a fraude democrática do Syriza não data deste anúncio de referendo. Começou muito antes, ainda na campanha eleitoral, quando Tsipras se propôs romper com as chamadas políticas de austeridade e, apesar disso, manter a Grécia no Euro financiada pelos credores. E continuou durante meses, entre visitas à Rússia e ameaças às instituições internacionais. O Syriza foi, desde o início, um projecto político cuja ambição revolucionária consistiu na ruptura, leia-se estatelar-se a toda a velocidade contra a parede. Está a conseguir, e só não anteviu quem não quis. Infelizmente, nos jornais e na nossa esquerda política, foram muitos os que fecharam os olhos. Pior ainda, foram muitos os que aplaudiram."

O custo de tirar a Grécia da Zona Euro é enorme

É o primeiro ministro Grego que o diz. O que está em causa no referendo não é a saída do país da zona euro mas saber se o povo concorda com o que está a ser negociado e proposto pelos credores.  Assim, o referendo é agora o alvo da atenção dos investidores. Um sim significa que o governo deverá demitir-se para manter a credibilidade política, já que um governo mais moderado poderá aceitar o acordo.

Devemos respeitar a decisão do povo grego e não entrar em considerações cretinas estilo " a Zona Euro é composta por dezanove países e se a Grécia sair ainda ficam dezoito". Isto é deitar gasolina para a fogueira. A Zona Euro sem a Grécia não é a mesma coisa e o que se discute na Grécia não se esgota na moeda.

O que não percebo ( e também nunca percebi quando se fala de Portugal) é porque se acredita que voltar ao "Dracma" é solução. Não foi com moeda própria que a Grécia foi à bancarrota e foi sempre um país pobre e injusto ?

Exportação de bens e serviços de base científica e tecnológica

As exportações de bens e serviços de base científica e tecnológica já são superiores à indústria têxtil. É algo de extraordinário como foi possível os nossos empresários darem a volta à economia em tão pouco tempo.

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O trabalho destes quadros  não é exclusivo do Porto – é fácil encontrar incubadoras ou aceleradoras de empresas em Braga, Aveiro, Coimbra ou Lisboa -, mas é um indicador que ajuda a explicar o surto das exportações de serviços com alta intensidade de tecnologia e de conhecimento registado na economia portuguesa nos últimos anos.

Quando se fala nas exportações ainda há uns pândegos que dizem que é o ouro das famílias que se está a exportar ou que são os combustíveis da refinaria de Sines. Na sua cegueira ideológica dizem que os seus princípios são os mesmos que nos levaram à bancarrota. Se os deixassem voltavam ao betão.

 

Carlos César diz que a culpa é do povo

A culpa é dos abstencionistas que ficam em casa e não votam no PS. E na Grécia a culpa também é do povo que votou no Syriza, um partido extremista, que está a levar o país para fora da Zona Euro. Num caso e noutro a culpa é dos que  votam mal.

É altura de voltarmos a dizer que a via que é necessária acentuar e introduzir no nosso país é uma via que exclui uma austeridade excessiva, insensata, que lesa a economia e que comporta um enorme sacrifício social, é uma via entre essa austeridade excessiva e um radicalismo inconsequente, improdutivo, destruidor da unidade europeia e destruidor das economias nacionais como, por exemplo, o que é seguido pelo novo Governo grego".

É preciso, pois, voltar à via que levou Portugal e a Grécia à bancarrota. Basta o povo votar bem, votar PS.

Eu não falo no teu e tu não falas no meu

O PS já se apressou a declarar que quer elevar o nível do debate. Não vai fazer ataques pessoais. Isto no dia em que se soube que Miguel Macedo foi constituído arguido. A declaração é transparente : eu não falo no teu e tu não falas no meu. Assim como uma troca. Fica tudo entre nós.  

A pressa é para estabelecer rapidamente a condição essencial para que a troca seja possível . que o valor do meu seja , no mínimo, equiparável ao deles. Sem essa condição não há troca possível.

O que se sabe, para já, não dá para a troca. O teu está preso há meses o meu só agora foi constituído arguido e nem sequer foi ouvido. Foi levantada a imunidade parlamentar a seu pedido para ser interrogado . Para falarmos sobre o assunto é necessário negociar contra-pesos e medidas. Por exemplo, entra também o Marco António e os que tens em mão em investigação.

É que até Outubro há muito por onde escolher e só há troca se entrarem todos. Vale ?

Os utentes do serviço público do Metro pagam em triplicado

Só este ano já vão na oitava greve. Os trabalhadores - que ganham mais que a maioria - ainda não perceberam que os sindicatos, a mando da estratégia política do PCP, estão a destruir o serviço público de transportes. Basta perguntar aos utentes o que pensam das greves.

"Em 2014, as três empresas públicas de transportes que servem a capital (Metro, Transtejo e Carris) apresentaram um défice de natureza operacional superior a 110 milhões de euros - quantia paga pelo Orçamento do Estado, ou seja pelos contribuintes. Muitos deles pagam três vezes estes prejuízos: através dos impostos, dos títulos de transporte adquiridos por antecipação e dos meios alternativos que têm de inventar para deslocações nos dias como hoje.

Indiferente a tudo isto, a casta sindical já planeia novas paralisações. Aniquilando o transporte público enquanto proclama defendê-lo. À custa de todos  nós."

Para esta gente, guiada por ideologias que nos trarão o paraíso, os utentes não são mais que vítimas colaterais até à vitória final.

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A política é a arte do possível

E o possível para o governo Grego foi lançar o país numa situação em que qualquer saída é má. Mantendo-se no Euro já perdeu o esboço da recuperação económica que se verificava há cinco meses e a confiança dos parceiros internacionais, bem como, lançou entre o seu próprio povo a descrença e o medo. Se sair da zona euro o trambolhão andará por um empobrecimento que rondará os 40%. É o que significa regressar ao Dracma. O caso semelhante da Argentina  está aí para o mostrar .

O resultado é este. Todos perdem. Claro que há quem exulte por razões ideológicas. Mas a esses o bem estar dos povos interessa pouco ou é visto como um prejuízo colateral até se alcançar o paraíso.

O Syriza  vai à vida seja qual for a decisão do povo Grego. Se o país abandonar o euro os próximos anos vão ser de miséria para grande parte da população. Se ficar no euro é porque o povo lhe retirou a legitimidade de governar. Num caso ou noutro o Syriza tem o fim anunciado.

Para a União Europeia, o que se está a passar, mostra que não foram criados os instrumentos necessários para lidar com a crise. Nem mesmo para evitar novas crises. Há, pois, que tirar as lições. Uma delas está à vista do outro lado do Atlântico. O orçamento federal dos USA ronda os 10% do PIB. O orçamento da UE representa 1% do PIB de todos os países . Com 10% do PIB é possível retomar rapidamente os equilíbrios. Com 1% do PIB a austeridade, mais ou menos penosa, é incontornável. Como também está bem à vista numa situação e noutra.

Uma coisa é certa. O Syriza, em apenas cinco meses, mergulhou a Grécia numa situação deplorável. Que ninguém se engane. É o povo Grego que vai sofrer e pagar tudo até ao último tostão. E quem governou a Grécia até aqui deve dar o lugar às novas gerações, livres de compromisssos e de favores.

Maior liberdade de escolha na Educação

O Programa de governo da coligação PSD/CDS defende mecanismos que permitam uma maior liberdade de escolha da escola pública. Não sei se isto quer dizer se a maior liberdade de escolha é entre "escolas públicas" ou se é entre escolas públicas e privadas. De qualquer forma é um grande avanço para todos aqueles alunos que, por viverem em certas zonas , são obrigados a frequentar más escolas. Uma maior liberdade de escolha dá-lhes a oportunidade de escaparem ao destino previamente traçado pelo actual sistema.

Apertado pelos quatro netos que já entraram na idade escolar um amigo anda à procura de gente conhecida que habite num determinado bairro aqui em Lisboa. Nesse bairro a escola pública é boa, estando cheia, sendo muito difícil entrar. Da última vez que falei com ele já tinha detectado três hipóteses. Mas que dizer de todas as outras famílias que vivendo na mesma zona não têm os mesmos contactos?

O actual sistema educativo só serve os professores, burocratas do ministério e sindicalistas que no momento andam muito preocupados com a municipalização das escolas. Nestas preocupações não entram, como nunca entraram, os interesses das famílias .

"No âmbito da educação, consideraram que é "fundamental garantir a qualidade da escola pública", acrescentando: "Adicionalmente pretendemos criar mecanismos que permitam uma maior liberdade de escolha" diz o programa.

Os conservadores querem manter as coisas como estão desde há 40 anos.

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