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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Coitados de nós

António Costa promete criar 45 000 postos de trabalho até 2019. Isto dá, no máximo, 15 000 postos de trabalho por ano. Uma gota de água. Nos últimos 18 meses foram criados cerca de 100 000 postos de trabalho. Vale mesmo a pena descapitalizar a Segurança Social ou a ideia é mesmo, apressadamente, ganhar votos  com a redução da TSU e consequente mais algum dinheiro nos bolsos dos trabalhadores?  

(...)a criação de 45 mil empregos até 2019. Já para 2016, o PS acredita que é possível criar três mil empregos; em 2017 14 mil empregos, que sobem para 30 mil em 2018 e finalmente 45 mil em 2019. Já este mês em resposta às 29 perguntas do PSD, os economistas do PS admitiam um crescimento de 15 mil ao ano a partir de 2018.

Se é para isto é muito mau. É melhor deixar a criação de emprego às empresas e aos empresários, continuar a apostar na exportação e facilitar o crescimento da economia. E deixar a Segurança Social em paz.

Os empresários vão contratar e exportar mais

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 Os empresários vão contratar. (38,8% ). Não vão contratar nem reduzir (42,1%). Vão reduzir ( 4,9%). Não sabe (14,2%). Como se vê o emprego também está a dar a volta. São os empresários que criam postos de trabalho não são os governos. Mas António Costa em mais uma promessa diz que vai criar 49 mil empregos

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Vão exportar mais (36,1%). Vão exportar menos (1,6%). Vão exportar o mesmo ( 29,5%). Não sabe (32,8%). Quanto vai exportar António Costa ?

 

Por essa diferença não levanto o rabinho da cama

Foi-me dito por um jovem numa conversa de café. A diferença entre o que recebe de subsídio e o que lhe pagam de salário mínimo não entusiasma ninguém para aceitar trabalho. É assim, natural, que existam postos de trabalho  que não têm procura, não têm quem os aceite. Vinte mil vagas que ninguém quer.

Os dados do IEFP indicam que entre Janeiro e Abril deste ano, as ofertas de emprego aumentaram 11,8% face aos primeiros quatro meses do ano passado. No que diz respeito às colocações o aumento foi de 19,9% face ao mesmo período do ano passado.
"Esta maior dinâmica é explicada parcialmente pela recuperação da actividade económica, mas está também relacionada com o impacto das medidas activas de emprego, que permitem às empresas receber apoios que pagam parte da remuneração ou beneficiar de reduções da TSU" .

Quando fui para o desemprego para preparar a reforma uma das meninas do IEFP ameaçou-me que me punha a tirar fotocópias.

Aeroporto da Portela mais Montijo para as low costs

 

A travessia do Tejo vai fazer-se por barco recuperando  uma antiga rota fluvial que ligou o Montijo ao Terreiro do Paço em Lisboa. Está lá tudo. A Base Aérea nº6 da Força Aérea, os acessos ao Montijo e o canal fluvial que só precisa de ser dragado. E Lisboa passa a ser a única capital com os low costs a deixarem os passageiros no centro da cidade.

Claro que a Câmara do Montijo quer aproveitar para melhorar os acessos à cidade e à Ponte Vasco da Gama, coisa de pouca monta. As conversações têm corrido bem e tudo aponta para um final feliz. ANA, Câmara de Lisboa e Câmara do Montijo só veem vantagens onde há bem pouco tempo só se via mais um elefante branco construído à custa do dinheiro dos contribuintes.

"Já fomos contactados pela ANA para saber se éramos a favor a um aeroporto complementar a funcionar na base aérea nº 6 e dissemos que sim. Sabemos que estão a ser desenvolvidos alguns estudos no local para receber a infraestrutura, mas é preciso que seja tomada uma decisão".

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A polícia teve que proteger a família do director do Hospital de Santa Maria

A situação tinha chegado a tal ponto que o ministro nomeou para Presidente do Hospital de Santa Maria um gestor com experiência no sector privado da saúde que, obviamente, aplicou as técnicas de gestão correntes. Mexeu em tantos interesses que começou a receber chamadas de dentro do próprio hospital a ameaçar a família.

E, por aquela altura, a coisa era o ABC da gestão. Controlar os stocks dos medicamentos. Com a informática é fácil e rigoroso. Não há empresa que não faça este controle por mais pequena que seja. Agora calcule-se, numa instituição com a dimensão do Hospital de Santa Maria, aonde nos pode levar o descontrole dos armazéns. Milhões de prejuízos, resultado de desperdícios, desvios para instituições privadas e roubos.

É, claro, que num sistema onde são aplicados as mesmas técnicas de gestão e os gestores são os mesmos não há como comparar resultados. Só diferentes filosofias de gestão levam à optimização. Não se estranhe, pois, que o monopólio do estado seja defendido em todas as actividades. Não convém comparar.

O relatório que relata este assalto organizado aponta a Maçonaria, a Opus Dei, sindicatos e os partidos comunista e socialista como os mandantes. Não é por acaso que são os que defendem o estado prestador universal dos serviços sem concorrência.

Vai-se percebendo porque se quer um estado monopolista, prestador universal de serviços. É público é nosso.

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Não falta trabalho nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo ( agora West Sea )

Construir dois navios - hotel, um para o Douro Azul, outro para um armador estrangeiro a que se juntam agora dois navios patrulha para a Marinha Portuguesa. Quer dizer, não só regressou o trabalho como regressaram os trabalhadores ( 400 ) e, não menos importante, a construção de navios que há muito tinha sido substituída pela reparação .

O desastre anunciado, com o fecho dos Estaleiros públicos falidos e sem trabalho, converteu-se numa empresa ( a West Sea ) sem problemas sociais e sem greves. Acabaram as excursões de políticos e sindicalistas, os jogos de cartas que preenchiam o tempo dos trabalhadores sem trabalho e os vencimentos que nós todos contribuintes pagávamos.

O argumento era para os Estaleiros o mesmo que é utilizado para todas as empresas públicas. É uma empresa pública é nossa. Não precisava de mostrar  trabalho nem preocupação com os salários. Os contribuintes pagavam e os sindicalistas promoviam as greves necessárias.

Metidas as violas nos sacos, políticos e sindicalistas estão agora virados para a defesa de outras empresas públicas igualmente falidas e em greves consecutivas. Até que haja coragem de as fechar ou privatizar. A partir dessa decisão os contribuintes passarão a fazer a pergunta certa : cumprem ?

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Sampaio da Nóvoa : Estou mais perto do PCP do que do PS

Pois, eu, não. E 70/80% dos Portugueses andam há 40 anos a dizerem que apoiam maioritariamente o PS e o PSD. Desde o verão quente de 75 que os portugueses escolheram o campo político e ideológico em que querem viver. Sampaio da Nóvoa está a deixar-se levar pela sua reconhecida veia lírica e gongórica mas, não pode esperar, que os que o levarem a Belém aceitem de bom grado reconhecer que elegeram um adversário político.

É que entre o PS e o PCP há a democracia. Há a União Europeia  o Euro  e o Tratado Orçamental. Sampaio da Nóvoa não pode ter dúvidas mas, se as tiver, o que é normal, tem que o dizer sem tibiezas. Porque o candidato pode aproximar e até juntar forças políticas diferentes mas não pode juntar o PCP ao PS. Antes de tudo porque nenhum deles quer. A Catarina Martins do BE essa, já disse, que até faz governo com o PCP mas que o problema é que não têm apoio eleitoral suficiente. Sampaio da Nóvoa tem que ser assim claro.

Mas o mais estranho é que o candidato já tem o apoio de três ex-presidentes. Eanes, Sampaio e Soares, todos da área social democrata  / socialista democrata. Dizem-me que nesta fase o candidato tem que correr sozinho, é pouco conhecido no país e que chegará o tempo da afinação. Até lá espero que não desafine de todo. É que 80% dos portugueses já disseram várias vezes que querem permanecer na UE e no Euro. E não precisaram de referendo.

Greve a metro

Ninguém compreenderia se um hospital fizesse greve semana sim semana não. Ou os bombeiros. Ou as escolas. Exactamente porque prestam um serviço público. O Metro é a prova provada que o serviço público pode ser prestado por empresas privadas, alheias às lutas partidárias e sindicais.

São os mais pobres os que mais sofrem, já porque não têm alternativa, já porque gastaram uma boa parte do seu pouco dinheiro e não recebem o serviço que pagaram previamente.

É preciso privatizar quanto antes a prestação deste serviço. Não há nenhuma razão para continuar na esfera pública. Não garante o serviço, fica com o dinheiro dos utentes e não oferece nenhuma vantagem por ser público.

É tempo de dizer basta. Os funcionários do metropolitano ganham bem acima da maioria dos outros trabalhadores e gozam de mordomias que a maioria não tem. Se não querem trabalhar há muito quem queira .

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Tirem as manápulas da Segurança Social

A ministra quer cortar mais 600 milhões nas actuais pensões porque, diz ela, sem isso, a Segurança Social não é sustentável. António Costa quer cortar 1 850 milhões nas receitas. A ministra quer cortar na despesa o segundo quer cortar na receita sem saber se e como arranja compensação. Quer dizer se analisarmos as duas propostas separa-as 2 450 milhões . Como o défice no sistema já anda pelos 5 300 milhões, podemos fazer uma ideia aproximada da segurança e da confiança que estes políticos nos deviam merecer.

Ou não estão a falar do mesmo sistema ou estão a enganar-nos. Uma coisa é certa de uma maneira ou outra, nas mãos destes políticos, a Segurança Social vai para o charco como já foi todo o resto.

Só em Democracia é possível o que aconteceu em Espanha e na Grécia

O vendaval eleitoral que ontem varreu Espanha só é possível em Democracia. Basta os eleitores quererem. Já tínhamos visto o mesmo na Grécia. Resta saber se os sistemas políticos dos agora vencedores também permitem a renovação política. É que nos países onde tomaram o poder rapidamente transformaram o sistema numa ditadura feroz com presos políticos e com salvadores da pátria que agonizam no poder por décadas.

Agora já não é possível acusarem o povo de mal informado ou que a comunicação social está controlada por organizações mafiosas. Quem pensa assim tem uma fraca opinião acerca da capacidade do povo em separar o trigo do joio. Quando chega o momento o povo muda e nada nem ninguém o impede de votar diferente e segundo o que considera mais útil para o país.

A Democracia é o pior sistema descontando todos os outros.