Anda toda a gente a reivindicar a paternidade do salário mínimo. Quem quer muito ser o pai e a mãe já exige não 500,00 euros mas 515,00 euros. O governo quer uma contrapartida. Anexar a subida do salário mínimo à produtividade. Era bem melhor não só porque é assim que se deve fazer para ser sustentável como é a maneira mais honesta de abordar o problema. Quando o salário mínimo resulta da discussão partidária " nem o avô morre nem a gente almoça ". Todos querem mostrar serviço mas a verdade é que o salário mínimo continua uma miséria.
A discussão sobre a paternidade até já chegou ao interior do PS com António Costa a acusar Seguro de não ter feito o suficiente para que o salário mínimo já fosse uma realidade há alguns anos. O que os partidos, as Associações patronais e os sindicatos não dizem é que é possível agora porque grande parte da "lmpeza" das contas nacionais está feita e que todos os déficites de que sempre padecemos estão sob controle ou perto disso. E que as milhares de empresas que faliram não tinham capacidade para mais. No lugar delas nasceram outras empresas mais modernas e competitivas. E todos os dias nascem mais empresas do que as que morrem. Na verdade o salário mínimo tem pouco da vontade dos decisores mas tem muito da saúde da economia.
"Deve haver uma política de rendimentos e esse aumento do salário mínimo nacional deve estar previsto e indexado ao crescimento da nossa economia, à produtividade do país, mais inflação para os anos futuros. Porque é muito importante que as famílias e os trabalhadores saibam com aquilo que podem contar e não apenas ficar dependentes dos humores e das opções de um primeiro-ministro", declarou o secretário-geral do PS. Ora nem mais!
Há quem diga que o turismo está a crescer demais. Está a captar receitas e a criar emprego, mas não agrada a todos. Em Lisboa, é particularmente evidente o resultado da liberalização que fizemos o ano passado na animação turística. Liberalizámos a atividade e o ritmo de criação destas empresas mais do que duplicou. E está à vista de todos. É engraçado que durante anos se andou a dizer que tínhamos turismo a menos e agora, sem que alguém tivesse dito antes que estávamos com o nível certo de turismo, que temos turismo a mais. Não dou para esse peditório: nunca direi que o o turismo está a criar demasiados empregos ou a trazer demasiadas receitas para o país ou a servir para preservar demasiado património ou a promover demasiados produtos portugueses no exterior.
Retirar o estado da actividade e aumentar a presença da actividade privada deu resultados imediatos. O estado em algumas actividades funciona como a infantaria. Toma conta do terreno e não deixa que nada mova.
Como já foi devidamente explicado, não só pelo governo, é falso que se neguem medicamentos inovadores aos doentes. O que é preciso é que sejam mesmo inovadores o que, infelizmente, na maior parte das vezes não é o caso. O estado até já negociou com as farmacêuticas uma partilha de custos caso os medicamentos ditos inovadores não provem. Como os médicos alemães reconhecem " pura cobiça". Não há sistema nenhum que suporte o preço que a indústria exige , e muito menos com medicamentos que de forma alguma apresentam eficácia comprovada.
Mas há sempre quem esteja pronto para defender interesses estranhos contra o SNS. Desde comentadores ao bastonário da Ordem dos Médicos todos têm lugar garantido na comunicação social .Estas encomendas jornalísticas são pouco menos que pornográficas.
Hoje um leitor no Expresso ..."o ministro diz que o preço do medicamento é imoral" afirma o bastonário - " Imoral é não tratar os doentes (...) finalmente com muitas pressões alguns doentes começam a ser tratados". Muito a propósito, a "Der Spiegel" do passado dia 18 de agosto publica a seguinte nota : "100,00 euros, é quanto custa a produção da quantidade necessária para um tratamento de 12 semanas com o novo medicamento Sofosbuvir para a hepatite C. Mas na verdade o seu fabricante, Gilesd Sciences, pede 6 000,00 euros pela terapia. Cobiça pura", é como classifica isto a MEZIS, organização dos médicos alemães". Parece-me desnecessário mais qualquer comentário ( Francisco Batoréu, Lisboa).
A TAP que sempre foi considerada uma das empresas mais seguras teve nos últimos meses seis incidentes. Não desdenhem porque isto tem muito a ver com os resultados actuais e futuros. E a TAP pratica preços bem mais altos . O que pode fazer a TAP para chegar aos lucros se não pode elevar mais os preços dos bilhetes e não pode reduzir mais os custos operacionais? Se a deixassem vendia a manutenção no Brasil, que só dá prejuízos, e reduzia o número de pessoal indirecto por avião. Como não a deixam, foge para a frente, compra aviões que não são entregues a tempo e abre mais rotas para onde possa voar. Resultado? Ficam centenas de clientes em terra.
O code share representa 80% do negócio do transporte aéreo. As grandes empresas de transporte aéreo juntaram-se em grandes agrupamentos para partilhar custos. Será que a TAP voa sozinha em rota própria? É que que quem lá está como presidente sabe do negócio. Ou a questão em aberto é a privatização?
Segundo Jerónimo e Semedo há uma coisa que não acontecerá no PS seja qual for o vencedor das eleições internas . Que o PS seja de esquerda. Temos assim, como sempre se soube, que à esquerda a música é a mesma. Não há alternativa de governação. E a culpa só se pode remeter para o PCP e BE porque estes dois partidos tomam como sua a classificação política do PS que, não se esqueça, tem três vezes mais votos . Estão assim todos enganados ao votar no PS , segundo o juízo dos dois dirigentes partidários. Quem não pensar como eles não é de esquerda.
Quanto a Jerónimo percebo a intenção de manter coesos os seus 11% de votantes e não entrar em aventuras que em França, Espanha e Itália levaram ao desaparecimento dos partidos irmãos . Quanto a Semedo só pode ser uma irreprimível tendência para o suicídio como se está a ver com as convulsões internas e o score eleitoral que não cessa de baixar. O que está a passar-se no BE após a saída de Louçã e Miguel Portas e, mais recentemente, de Ana Drago, é algo que merece ser estudado no ISCTE pela Raquel Varela . De certeza que há uma explicação.
De algum modo, não há propriamente uma novidade. Estes têm sido sempre os dados da equação, i.e. a Alemanha aceita um programa de estímulos económicos e em contrapartida a França e a Itália avançam com as suas reformas estruturais. O que está em causa é a antecipação do calendário, em parte imposta pela deterioração da conjuntura europeia. ( No Bloguítica)
As despesas com pessoal cresceram 938,8 milhões de euros em 2014. Esta revisão em alta reflete “o reforço dos orçamentos setoriais decorrente da alteração da política remuneratória, o reforço dos programas orçamentais do Ensino Básico e Secundário e Administração Escolar e da Justiça e o reforço da verba alocada ao Ministério das Finanças para pagamento de indemnizações no âmbito do Programa de Rescisões por Mútuo Acordo – 114 milhões de euros -, decorrentes do alargamento dos programas de rescisões”. O aumento da aquisição de bens e serviços é explicado pelo reforço da verba para os contratos-programa estabelecidos com os Hospitais E.P.E., de 93 milhões de euros.
Continuar a chamar neo-liberal a este governo e a acusá-lo de querer acabar com o estado social é prova de facciosismo político. Aliás, se há lição a tirar é que tem sido pelo crescimento da economia, pela redução do desemprego e pela baixa da taxa de juro da dívida que o déficite tem descido. Vamos lá ver o que Seguro e Costa nos trazem de novo já que o PCP quer sair da Europa numa "Jangada de Pedra"...
A Embraer que labora desde 2012 em Évora, no cluster da construção da aviação, está a aumentar as fábricas em 1 600 m2. Está envolvida na construção de várias estruturas para vários tipos de aviões militares e civis. Juntamente com as OGMA em Alverca e as oficinas da TAP no aeroporto em Lisboa, Portugal começa a ter algum significado nesta actividade de tecnologia de ponta.
As duas fábricas da Embraer, a terceira maior construtora aeronáutica do mundo, começaram a laborar em Julho de 2012 e foram inauguradas a 21 de Setembro, reforçando com o actual investimento a sua presença em Portugal . Com este tipo de investimento cresce a economia, aumentam as exportações e cria-se emprego qualificado ( com o estado a arrecadar IRS, IVA, e descontos para a Segurança Social, além do IRC) descendo os subsídios de desemprego.
O Reino Unido elevou o nível de segurança nacional porque considera ser muito provável um ataque terrorista. O John que foi à Síria cortar a cabeça a um jornalista americano já está em casa . Passaporte com dupla nacionalidade, passeia-se entre Londres e o deserto Sírio e ainda tem tempo para publicar uns vídeos exibindo cabeças humanas. Convenhamos que se trata de um direito e que as autoridades Britânicas não podem enviar o John para o "inferno" ou impedi-lo de entrar no país. Seria a indignação geral. Manifestações a favor da mobilidade e da livre circulação teriam lugar no ocidente, reivindicando o direito do John andar a matar gente . Ontem na Síria hoje, quem sabe, em Londres.