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Da direita à esquerda há muita gente que não quer mudar. Uns porque estão ideologicamente cegos outros, porque ganham com a situação. Desde a Democracia-cristã ao Bloco de Esquerda. Mas a mudança faz-se quer queiram quer não. O "não" de Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque ao pedido de Ricardo Espírito Santo é disso exemplo. Como estamos longe de governos anteriores que utilizavam o dinheiro da Caixa Geral de Depósitos para assaltar bancos, ganhando maiorias nas assembleias gerais para controlar a administração. Emprestando dinheiro a "milionários" e tendo como garantia as próprias acções que compravam com o dinheiro público. E não só bancos, mas também grandes empresas que praticavam rendas excessivas ao arrepio de qualquer concorrência. Bastaram três anos de regulamentos claros e o primado da lei. Bastaram três anos de democracia, de economia social de mercado e de estado de direito.
Não foi isto o que o presidente da Siemens em Portugal disse. O que disse é que quem tenha um curso de engenharia tirado em Portugal terá um emprego assegurado na Alemanha. Se quiser. Se não tiver oportunidade de emprego em Portugal.
"Temos o presidente de uma filial de uma multinacional alemã a incentivar os jovens portugueses a tirar um curso financiado em grande parte pelo Estado português para trabalharem em empresas alemãs. Empresas essas que pagarão os seus impostos na Alemanha e jovens portugueses que na prática serão trabalhadores e contribuintes alemães. Viverão na Alemanha, para aí consumir, produzir riqueza, educar os seus filhos, que aí aprenderão alemão e "quiçá" se tornarão alemães."
Não houve incentivo nenhum. Houve uma feliz constatação.
O PIB vai crescer este ano 1,2% e em 2015 2% prevê o Citigroup. Boa notícia. A má é que as contas externas dão sinais de fraqueza. E está é, além de má, muito preocupante. Há dados que confirmam que a quebra no primeiro trimestre será compensada por uma recuperação no segundo trimestre", lê-se na nota de "research" do banco norte-americano. "Tanto a produção industrial como a construção recuperaram em Abril, ao passo que as exportações ainda terão sido afectadas pelo encerramento temporário da refinaria de Sines da Galp."
O Citigroup acrescenta ainda que, apesar da decisão do Tribunal Constitucional, que chumbou normas relativas a cortes na despesa do Estado inscritas no Orçamento do Estado para 2014, é possível alcançar a meta definida para o défice orçamental este ano: 4% do PIB.
A má é que Portugal exporta bem mas importa de mais. O INE, que analisa os dados das médias móveis de quatro meses, indica que o principal problema está no comércio externo: Portugal exporta, mas é tão dependente das importações que acaba por neutralizar boa parte dos ganhos de competitividade. Aqui é que está o pormaior.
Confessou em entrevista que andou estes três anos a tentar apaziguar o partido não dizendo a verdade ao país. Primeiro o partido e só depois o interesse geral nacional. Sempre foi e será assim, mas não deixa de ter uma gravidade extrema. Seguro não teve, provavelmente, a noção de tal gravidade. O que se está a passar no PS pode ser útil para o partido e para o país. A primeira lição é que a mentira tem perna curta. A segunda é que quando se disputa o poder aparecem os "ratos" por todos os lados contando histórias como melhor der jeito. Como se tem visto nos últimos dias, Sócrates, segundo conhecidos socialistas, fez asneiras atrás de asneiras. Sampaio avisado, já veio a público tentar abafar a contenda. Ele tem a noção do perigo que o PS corre com esta guerra fratricida.
Primeiro uma derrota, a seguir um empate, depois uma vitória. No primeiro jogo várias mazelas, uma expulsão, amarelos. No segundo jogo alguns percalços mas bem menos. Na vitória correu tudo como "il fault" só não jogamos bem. Estávamos a ganhar força e alegria de jogo para jogo . Até onde poderíamos ir? Mas não, regulamentos da treta, em vez de incentivar as equipas em progressão, que dão espectáculo, que atraem multidões, protegem os que já deram tudo o que tinham a dar. Agora que afastaram a equipa em nítida progressão rumo à vitória qual é o interesse que resta neste mundial?
Buscar subsídios da ordem dos mil milhões para aumentar a eficiência energética. Projecto relevante quando se sabe que se perde mais de 40% da energia que se injecta nas linhas de transporte . Esta é uma das áreas em que a Europa é mais dependente do exterior. E para cá dos Pirenéus - Portugal e Espanha - continuam sozinhos. Há que melhorar as interligações com o resto da Europa, vender e comprar energia. Só assim será possível acabar com as rendas excessivas no sector. "Poderá haver uma injeção muito relevante de financiamento e investimento na economia nesta área da eficiência energética nas diferentes vertentes, empresarial, residencial, edifícios públicos e administração pública, ou seja, toda a panóplia de intervenções ligadas à eficiência energética e ao desempenho mais eficiente do sistema energético nacional". Se estivéssemos fora da União Europeia e do Euro íamos pedir ao Totta...
Uma tromba de água inundou o estádio onde se irá jogar o Alemanha- USA e tudo indica que o jogo não se realizará. Como o Portugal-Gana tem que ser jogado à mesma hora terá que ser adiado. Agora vejam se isto são coincidências. A selecção africana já ameaçou que não jogava se não fosse paga. O presidente da república alugou um avião que encheu de dólares e voou para o Brasil. Dois importantes jogadores do Gana foram expulsos do grupo de trabalho . Só falta mesmo convencer a FIFA para que os nossos jogadores lesionados e cansados possam ser substituídos por gente mais jovem. Não está fácil mas é nestes momentos que nós somos bons. No desenrasca. Ou no caso serão os nossos excelsos avós que descobriram o Brasil que estão na sombra a mexer os cordelinhos?
Um fartar! Um desperdício criminoso. Processos de adjudicação altamente suspeitos. Uma festa!
Chega sempre o momento da verdade. Uns a seguir aos outros, dirigentes do PS assumem a responsabilidade do partido na presente situação. Por esta banda apareceu muito azedume . Alguns eram uns pantomineiros outros, gente boa cega pela partidarite. Desta vez é Francisco de Assis, um político sério e competente dos poucos que nos restam : " Por muito que isso desagrade, e até possa ser percebido como um verdadeiro sacrilégio nalguns sectores do Partido Socialista, os portugueses sabem que a austeridade começou connosco. Por isso mesmo, são levados a não acreditar em radicalismos retóricos que parecem relevar mais de um impulso mágico do que de uma criteriosa avaliação da situação real do país." Na verdade a austeridade começou no último governo Sócrates. No PEC I, no PEC II. no PEC III e no milagroso PEC IV e quem assinou o mau acordo de austeridade foi o PS. A verdade não prescreve.