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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Os governos não se sentam à mesa dos pobres

Este texto do José Pacheco Pereira é sublime e deve ser lido. (...) O governo actual manteve todas as práticas de co-governação com a banca e as instituições financeiras que já vinham do governo anterior, consolidando um efeito perverso, que não é apenas nacional, de permitir que os principais responsáveis pela crise dos últimos anos tivessem sido seus beneficiários principais."

(...) A completa desresponsabilização sobre a crise dos últimos anos, desencadeada pelo sistema financeiro, mas de que no fim este veio a beneficiar, marca moralmente como uma doença a sociedade da crise em que vivemos.

António Costa por enquanto não trouxe nada de novo

António Costa faz um exercício pobre e errado. Diz que a reposição dos subsídios aos funcionários públicos seria benéfico para a economia. É verdade. Aumentava o poder compra e puxava pelo consumo interno. Mas obriga a manter um nível insuportável de impostos que abafa essa mesma economia . E ao consumir os meios  financeiros necessários para o investimento dá-lhe a  facada mortal . Podemos andar todos às voltas com a equação mas sem saldos primários positivos conseguidos à custa da redução da despesa não há saída. É bem verdade que essa redução deve ser feita em outras rubricas da despesa. PPP, swaps, consultorias, melhor eficácia dos serviços, redução dos serviços, poupanças em tudo o que é despesismo . Isto é, reformar o estado, torná-lo mais leve e mais capaz. António Costa veio dizer-nos que é preciso mais e melhor crescimento da economia mas isso faz-se com investimento. E esse é o ponto. Se gasta o pouco dinheiro em despesa corrente não pode orientá-lo para o investimento. Por enquanto nada de novo na frente "costista".

Para os juízes do TC o desemprego não é preocupação

O governo não tem estratégia e está entalado entre um Tratado Orçamental que dificilmente poderá ser cumprido ( embora com o tempo se vá adaptando à realidade) e uma Constituição que não deixa o país mudar o que tem que ser mudado. Os juízes pensam como funcionários públicos não se preocupando com o desemprego na actividade privada. Estamos a chegar a uma situação em que não podemos cumprir ao mesmo tempo a Constituição e as nossas obrigações internacionais. Isso pode levar a uma situação de ruptura, em que existem várias alternativas – e a mais simples é a alteração da Constituição. A mais complicada é o país entrar numa situação de crise política, institucional e económica que se prolongue por muito tempo. Dizer o óbvio é sempre muito dificil e não está ao alcance da maioria.