Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

O PADRE dá-nos a absolvição

Meus irmãos está nas nossas mãos. Toda a dívida que está acima de 60% do PIB é comprada pelo BCE sem juros. Isto aplica-se a todos os países. Ninguém pagará nada pelos pecados dos outros. Como todos são servos de deus, quero dizer, são accionistas do BCE, pagam a dívida com os dividendos de accionista. A longo prazo. Ganham todos e ninguém perde. É assim a bondade do Senhor.

O plano não inclui nenhum perdão de dívida. Conseguirá a economia crescer a uma taxa que mantenha o pleno emprego com o actual nível de dívida? Queremos um crescimento lento e um alto nível de desemprego permanente, ou preferimos reestruturar a dívida? (olhemos a nossa irmã Grécia). A troca é uma férrea disciplina orçamental, inscrita na Constituição dos países.

Um dia entraremos no reino dos céus. Com os "eurobonds". Mas primeiro há que passar pelo calvário e pelo Limbo ( já não há purgatório...)

PS : PADRE : Politically Acceptable Debt Restruturing in the Eurozone

Nunca o país conheceu tamanha redistribuição do rendimento

Ulrich, CEO do BPI, tem um estudo sobre a política de redistribuição do rendimento levada a efeito  por este governo. Mas, vai já adiantando, que só em 1975 houve maior redistribuição da riquesa. “Nunca provavelmente a esquerda fez em Portugal uma política tão redistributiva como a que tem feito o Governo do dr. Passos Coelho”. “Evidentemente que isto foi duro, não se pode é dizer que as pessoas que mais ganham não estão a passar por cortes enormes e muito maiores do que aqueles que ganham menos”, declarou. E reiterou: “Não estou com isto a dizer que aqueles que ganham menos, ganham o suficiente, que estão bem, ou que os sacrifícios dos mais pequenos que lhes foram impostos também não são duros. Não se pode é dizer que a política não tem tido uma preocupação redistributiva enorme”.

Nem tudo o que parece, é! Vamos esperar pelos dados.

 

Nunca houve tão grande convergência face à situação do país

Silva Peneda : " Sublinhando que não percebe a dificuldade de entendimento “naquele que é o interesse nacional” – a construção do novo modelo económico –, Silva Peneda recorda que todos os parceiros sociais disseram estar disponíveis. “Nenhum se opôs. Desde a CGTP, UGT, à CIP, CAP, CCP, todos eles, nenhum se opôs. Eu não percebo – e tenho muita dificuldade nisto – por que razão questões de natureza político-partidária, menores seguramente, fazem com que não se enfrente este tipo de realidade, este tipo de necessidade”, acrescenta.
O ex-ministro do Emprego e Segurança social insistiu também, nesta entrevista à RR, na abrangência de um eventual entendimento. “É muito difícil tentar obter um acordo junto dos parceiros sociais apenas numa vertente. O Documento de Estratégia Orçamental – DEO – está muito relacionado com a forma como está a Segurança Social e outros aspectos, com a forma como a economia vai crescer”.

“É preciso uma abrangência mais global. É preciso ter uma visão do país. É preciso ter uma visão acerca do modelo económico que queremos ter para o futuro. Julgo ser fundamental que os parceiros sociais se comprometam também com esse tipo modelo e só na base de uma discussão muito séria e com certeza algo demorada. Mas, eu julgo que há, neste momento, condições para aproveitar esta oportunidade”, diz Silva Peneda.

Deixemo-nos de hipocrisias. Só falta o PS ! PCP e BE nunca farão qualquer acordo! Não precisam dele mas o país também não!

Vítor Gaspar engolido pelo sistema que nos levou à ruína

Uma entrevista/livro importante e surpreendente. Vitor Gaspar conta como se apercebeu que em Portugal os interesses políticos de pessoas ou grupos prevalecem sobre os interesses do país, que a reforma do estado com estes partidos nunca será feita e que os interesses organizados são extremamente poderosos. A mensagem angustiada sobre a impossibilidade de mudar os alicerces do sistema político e económico  que nos levou à ruína .

Um ministro "não político" que sucumbiu à agenda pessoal dos políticos, aos interesses de um estado controlado pelos aparelhos partidários e ainda aos poderosos lobis que vivem à sombra do poder.

Mas Vítor Gaspar não foi um ministro qualquer, teve imenso poder, mas isso não foi suficiente para resistir a Paulo Portas e conseguir iniciar a reforma do estado e  o desmantelamento dos lobis que o aprisionam. Esta crise foi uma oportunidade extraordinária para fazer esse trabalho, sobretudo para transformar a política em algo mais sério.

Essa seria a condição para reforçar a democracia e garantir que no futuro o país poderia evitar os sarilhos em que, ciclicamente, anda metido.

(Luis Marques - Expresso)