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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Se a desculpa serve para o estado também serve para o BPP

Todos absolvidos! Rendeiro e amigos não tiveram culpa nenhuma na falência do banco nem na perda de milhões pelos seus clientes. Foi a crise mundial sentenciou o tribunal. E agora? O processo, movido por Pedro Bidarra, era autónomo do principal, em que Rendeiro é arguido com Salvador Fezas Vital e Paulo Guichard, mas a sentença dificilmente poderia ter sido mais animadora para a tese dos antigos administradores do banco. A culpa da falência do BPP foi da crise financeira mundial. O mesmo argumento de quem levou o país à bancarrota. Vai dar para todos saírem da situação airosamente.

O PCP vota contra para se "distanciar" da Coreia do Norte

O PCP é a coisa mais parecida com um cemitério. Não muda! Não dá sinais de vida própria, quando toma uma posição é porque os Estados Unidos tomaram uma posição contrária. Na Assembleia da República todos os outros partidos ( incluindo o BE o que deve resultar na saída de mais uns quantos dissidentes) votaram uma moção a condenar essa "não sei se é uma democracia no juízo do Bernardino de Loures" que dá pelo nome de Coreia do Norte, uma ditadura de uma família que dá de comer aos cães do grande líder, o próprio tio. Pois o PCP votou contra porque  "Trata-se de um relatório elaborado a partir de quatro audições realizadas em Seoul, Tóquio, Londres e Washington, que se insere em campanha de permanente tensão e conflito com vista à desestabilização da Península Coreana e à justificação da presença militar norte-americana nesta região", defendeu o PCP." E, mais diz  " que o PCP defende um projeto de "liberdade, democracia, justiça e progresso social" e que é esse projeto que distancia o partido "de opções e orientações da República Popular Democrática da Coreia".

Mas, então, porque votou contra se a Coreia do Norte "não é um projecto de liberdade, democracia, justiça e progresso social" ?

 

As PPP rodoviárias foram um crime de lesa-pátria

Especialmente estas as outras também. Para quem ainda não percebeu que as decisões políticas de realizar esses contratos, em particular no sector rodoviário, foram um crime de lesa-pátria, por serem investimentos sem justificação económica ou social, aconselho a leitura da European Road Statistics. Verá que Portugal é - à excepção do Benelux, já de si um espaço de elevado tráfego europeu - dos países com mais quilómetros de auto-estrada por quilómetro quadrado de território e menos veículos de passageiros por quilómetro de auto-estrada.

Os dados das PPP significam, então, que o défice orçamental deste ano aumentaria em 776 milhões de euros, tudo o resto constante, e que só para anular este aumento potencial do défice será necessário aumentar a receita ou diminuir a despesa.

Ainda ontem fui ali para os lados de Castelo do Bode comer lampreia. A1 e A23 com meia dúzia de carros para lá e outra meia dúzia para cá. Não sei se hei-de rir se chorar...

 

NÃO SERÁ QUE FORMAMOS ENFERMEIROS A MAIS?

Os números são impressionantes, seja qual for a perspectiva por que se analise a questão – por ano, concluem a sua formação académica 3 000 enfermeiros, dos quais, 2 800 requerem a emissão dos documentos necessários ao exercício da profissão em outros países. No dizer da notícia em http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=720288&tm=2&layout=123&visual=61, “manifestam a intenção de deixar o país”.

 

Igualmente de acordo com a notícia, também por ano, reformam-se cerca de 300 enfermeiros, o que “origina um equilíbrio negativo”.

 

Ouvi hoje parte do programa “Antena Aberta”, em que o tema foi abordado. Sem que tal tenha constituído surpresa, habituado que estou, quando sintonizo o “serviço público”, à propaganda política e não ao esclarecimento, não foi fornecida a mais pequena indicação acerca de dois dados fundamentais para avaliar o problema - quantos enfermeiros deveríamos ter e quantos enfermeiros temos.

 

Passemos, portanto, sem isso e voltemos à notícia e ao programa.

 

Ouvi recorrentemente (e já noutras ocasiões abundantemente ouvira) o seguinte argumento – o estado gasta entre vinte a vinte e cinco mil euros na formação de um enfermeiro, pelo que, a emigração massiva desses profissionais significa que desperdiçamos tão importante soma na “doação de mão de obra qualificada” ao estrangeiro.

 

O que, temos de concordar, é uma manifesta verdade.

 

Mas, penso eu, já temos de deplorar que se transforme tal realidade em argumento de crítica pelo facto de os enfermeiros não terem emprego em Portugal, como se o governo fosse obrigado a acolher excedentários ou devesse propagar mazelas, com vista a aumentar as necessidades de emprego.

 

Mas, indo à razão que me levou a escrever estas linhas, parece-me que o problema deve colocar-se com esta singeleza, tomando como correctos os números atrás referidos:

- Por ano estamos a formar 2700 enfermeiros a mais;

- Com esses excedentários, estamos a gastar, também por ano, entre 5 400 e 6 750 milhões de euros.

 

Baseados nesta aritmética simples (eventualmente sujeita a ligeira correcção, conhecidos que fossem os números omitidos) há que tomar a opção política – justifica-se que o estado gaste tão exorbitante verba para conferir uma formação de elevada qualidade que permita a uns poucos o privilégio de obter no estrangeiro ocupação principescamente remunerada e persiste-se?; ou, imediatamente, reduz-se a dez por cento a oferta pública destes cursos, poupando-se as verbas referidas, tão necessárias para tantas outras coisas em que o Orçamente não provê o básico?

 

Eu defendo a segunda hipótese. 

 

Mas, quem sustentar a primeira, ao menos, que tenha o pudor de calar críticas e, antes, agradeça à comunidade o privilégio, exorbitantemente caro, de que é beneficiário.

Economia a crescer 1,5% em 2014 e 2015

O City passou do mais pessimista para o mais optimista. Prevê agora um crescimento de 1,5% e continuação em 2015, ao mesmo tempo que a Zona Euro acelera puxada pela Alemanha. Mas agora com um maior equilíbrio entre os países do centro e norte da Europa e os periféricos.

a Zona Euro vai voltar a crescer neste ano, a um ritmo de 1,2%, devendo este acelerar para 1,8% em 2015, segundo as novas Previsões de Inverno da Comissão Europeia, publicadas nesta terça-feira, que puxaram uma décima em alta os números avançados no passado Outono.

A principal alteração, nota Bruxelas, é que se espera agora uma recuperação económica mais equilibrada em todo o território, dado a actividade ter começado a fortalecer-se nos países mais vulneráveis da periferia, em particular - destaca Bruxelas - em Espanha e Portugal. "Os diferenciais de crescimento vão persistir, mas a diferença deverá estreitar-se.

Este é o passo fundamental para que o desemprego caia significativamente. Não se pagam dívidas nem se criam postos de trabalho com uma economia frágil como tivemos todos estes anos.

Os representantes do estado devem sofrer de autismo

Agora é nas PPP das águas. Todo o risco para os municípios. Todo o lucro e grande para os privados. Tal como em todas as outras PPPs. Fica-se com a ideia que o estado escolhe a dedo quem o representa nestes contratos ou que então são uns pobrezinhos ignorantes. Claro que os privados fazem a parte deles. O melhor negócio possível, cabe ao estado defender o interesse público. Mas o estado há muito que deixou de ser uma pessoa de bem. 

Os juízes do Tribunal concluíram ainda que 74% dos contratos de concessão "prevêem, expressamente, a possibilidade de as concessionárias serem ressarcidas pelos municípios no caso de se verificar uma determinada redução do volume total de água facturado e da estimativa de evolução do número de consumidores". E "as projecções adoptadas quanto ao crescimento populacional, bem como as capitações estimadas, apresentam, em muitas destas concessões, um desfasamento substancial da realidade de muitos municípios", lê-se também no documento do TC, que critica "a falta de rigor e prudência quanto aos pressupostos técnicos e económicos adoptados", que acabam "por beneficiar as concessionárias".

Nuns casos assegura-se o volume de tráfego automóvel noutros, o volume de água consumido. É fartar!

Acabou a prepotência ?

Parcerias com os privados para colocação de desempregados. A partir de agora os desempregados só são chamados quando o IEFP tem uma proposta firme de emprego para oferecer.

Escriturárias do alto do seu emprego para toda a vida mal tratavam os desempregados, abusando da situação crítica em que estes se encontravam. Pessoas sem carácter chamavam os desempregados para os ameaçar, sem qualquer proposta para lhes oferecer. Por prepotência. Parece que acabou. " O presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), garante que os desempregados só são chamados quando há uma resposta para oferecer."

Poder podia, mas não o faz nem o fez

O projecto desta Escola (privada mas a prestar serviço público gratuito para os alunos) tem-me surpreendido imenso pela positiva. E pergunto-me: poderia o estado e a escola pública desenvolver projectos idênticos? Poder podia, mas não o faz nem o fez, mesmo sendo o Turismo uma das áreas estratégicas para o país. Mas a minha questão não tem subjacente uma crítica à escola pública, mas aos que criticam o apoio do estado às iniciativas privadas (de educação, no caso) que acrescentam um enormíssimo valor à educação e ao próprio país, em nome de uma ideologia que não serve ninguém. Alguns destes alunos estariam, porventura, condenados ao fracasso numa escola viciada em projectos indiferenciados e de costas voltadas para as necessidades concretas dos alunos e da sociedade.
Os estágios em contexto de trabalho, que decorrem durante todo o período de férias do Verão (em Portugal continental, nas Ilhas e no estrangeiro); o rigor e a exigência que não se limita às aprendizagens mas que passa também pelo uso da farda e pormenores da apresentação; as matérias leccionadas, intrinsecamente ligadas à área de estudo; o elevadíssimo empenho de todos os profissionais; a capacidade de colocar os alunos no mercado de trabalho; os prémios ganhos pelos alunos e menções honrosas a esta Escola; são apenas alguns dos motivos para eu pensar como penso. Quando começaremos a entender que o estado não sabe, não pode, nem deve ser dono da educação????
Parabéns à EFTA e obrigada a todos os profissionais que levam a bom porto este projecto arrojado mas aliciante e com provas dadas.
http://www.efta.edu.pt/default.aspx
(PS: Cristina Ribau)

Se as eleições não lixarem tudo isto

2014 pode ser bem melhor do que o inicialmente previsto se as eleições não lixarem tudo isto. A UTAO calcula o efeito de 'carry-over' [arrastamento] para 2014 em 0,8%, o que permite admitir uma mais elevada taxa de crescimento para o PIB (de 0,8% para 1,2%)", lê-se no relatório da unidade independente que apoia os deputados.

Segundo as contas da UTAO, por cada ponto percentual que o PIB aumente, o saldo das administrações públicas aumenta em 0,3 pontos percentuais, a dívida diminui em 1,5 pontos percentuais e a taxa de desemprego diminui em 0,3 pontos percentuais.

"Neste contexto, o impacto que se estima desta alteração face ao OE2014 [Orçamento do Estado para 2014], é de uma melhoria do saldo das administrações públicas em 0,1 pontos percentuais (de -4% para -3,9% do PIB), uma redução da dívida pública em percentagem do PIB, em 0,4 pontos percentuais, e uma diminuição da taxa de desemprego em 0,1 ponto percentual ", calcula a UTAO.

A confirmarem-se estes cálculos, a dívida pública em percentagem do PIB seria de 126,2% em 2014 e não os 126,6% previstos no OE2014 e a taxa de desemprego seria de 17,6% e não de 17,7%.

Que as eleições não lixem tudo isto é o meu mais sincero desejo!

Tudo o que temíamos no comunismo - por José Manuel Moreira

Dizem por aí que tudo o que temíamos no comunismo - a perda das nossas casas, baixos salário- se converteu em realidade com o capitalismo. Esta ideia expressa um equívoco sobre o sistema em que vivemos. Resultante de um intervencionismo que levou ao crescimento desmedido do Estado - fruto da ilusão em recursos públicos ilimitados - e terminou em défice fiscal e em défice de consenso político: "não contem com o PS para mais austeridade." Armadilha donde não sairemos sem perceber que o "sistema" não cabe em dicotomias como socialismo-capitalismo e política-economia, que aparecem em recente e cuidado texto de Francisco Assis sobre o livro de Vítor Gaspar. O capitalismo-concorrência e o capitalismo intervencionado.

No primeiro, reina a soberania do consumidor. No segundo predomina o clientelismo, as regulações e os subsídios. É este "maldito" capitalismo de Estado de desperdício, conhecido também como "terceira via" ou neomercantilismo, que está em apuros. Daí o perigo acrescido de se tentar corrigir "falhas do mercado" sem atender às "falhas do Estado". E sem se dar conta de que o "arco dos poderes" é mais largo e perverso do que o da governação. Nele embandeiram todos os que, a coberto do "buraco negro" do Estado social, se louvam nos media e nas redes de dependência do OE e dos fundos europeus.

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