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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Salvar o SNS - o estado só paga medicamentos que curem

Partilhar o risco com quem vende o medicamento. Este sistema permite dar resposta aos elevados preços dos medicamentos que aparecem no mercado rotulados como inovadores. Medicamentos para a Hepatite C ( apareceram agora uns quantos) e para o cancro. Deixa de haver aquela conversa do "racionamento", da autorização tardia e outros esquemas com vista a vender medicamentos que ainda não provaram.

Com este modelo, há uma clara poupança para os cofres do Estado, pois antes das negociações estava previsto que o Ministério da Saúde gastasse 30 milhões de euros nos tratamentos. Ou seja, em vez de pagar 27 mil euros anuais por cada doente com hepatite C, o Governo vai assim gastar 15 mil euros.

Claro que nos países mais evoluídos há muito que existe esta prática. Com vinte anos de atraso e respectivos custos, chegou enfim a Portugal uma política do medicamento com inegáveis vantagens para o doente e para o bolso do contribuinte. É preciso recordar que os "genéricos" impuseram-se há bem pouco tempo depois de uma guerra com os clínicos. As centrais de compras nos hospitais poupam milhões ao SNS e à industria.

Só com uma atitude de mudança e muita persistência é que é possível levar de vencida as corporações que se alimentam do orçamento do estado.

AMIZADE, UMA RELAÇÃO CULTIVADA - por Prof Raul Iturra

 

 

 

Escrever sobre um sentimento, não precisa citações. A amizade é uma  afeição recíproca entre duas pessoas que cultivam boas relações. É a sinceridade entre essas duas pessoas que sabem partilhar sentimentos e calar. Numa palavra, é a confiança mútua entre pessoas de qualquer idade que sabem tomar conta uma da outra, sem entrar pela vida privada do outro. É um sentimento de nunca abandonar a pessoa por quem se sente afectividade. Foi, na Grécia clássica que, pela primeira vez, através de Aristóteles, definido o conceito amizade. Os motivos da Amizade diferem em espécie, como, também, diferem as respectivas formas de afeição e de amizade. Existem três espécies de Amizade, e igual número de motivação do afecto, pois na esfera de cada espécie deve haver afeição mutuamente reconhecida.
Aqueles que têm Amizade desejam o bem do amigo de acordo com o motivo da sua amizade:

1) Utilidade, a Amizade existe na medida em que se recebe um bem de outra pessoa. Incluindo, esta categoria, o prazer: isto é, desenvolve-se a Amizade por pessoas de fácil graciosidade, não em virtude do seu carácter, mas porque elas lhes são agradáveis. Assim, aquele cujo motivo da Amizade é a utilidade ama os seus amigos pelo que é bom para si mesmo; aquele cujo motivo é o prazer fá-lo pelo que lhe é prazenteiro; nunca o é em função daquilo que é a pessoa estimada, mas na medida em que ela lhe é útil ou agradável. Essas Amizades são portanto circunstanciais.

A fonte desta ideia é o livro Ética a Nicômaco de 333 antes da nossa era, versão francesa de 1992, Presses Pocket, Paris. Texto que define não apenas uma intimidade entre duas pessoas, bem como o interesse ou o despertar da simpatia de outra pessoa em nós, ou de nós em outra pessoa (atitude recíproca), relação nunca abandonada, onde nada se espera há excepção da mútua confiança.

Para falar de amizade muitas palavras há a serem usadas, é todo um tratado como os dos filósofos ou o interessante livro de Marguerite Yourcenar:  O tempo, esse grande escultor, 1994 (1ª edição), 2006 (2ª edição), publicado pela Difel, Paris e Lisboa, que defende a ideia que serve de entrada a este curto texto.

O que mais esperamos da amizade é a companhia, a simpatia, o não abandono, o sermos precisados e visitados pela pessoa ou pessoas em quem depositamos confiança, sem erotismo no meio. É o que eu espero dos outros: a solidão nada esculpe, nada entrega. É o tempo que nos oferece a emotividade da afeição. Como (quase) todos os meus denominados amigos que, foram esculpidos durante um tempo, até se lhes acabar a necessidade, entregando, agora, a sua confiança a outros mais necessários para os seus objectivos. É o neo-liberalismo destes dias que não entende de sentimentos, mas de lucro. Nicômaco recebeu uma grande mostra de amizade com o livro de Aristóteles: era o pai do filósofo...

 

O Luís agrupava os seus amigos entre os ocasionais (jogos de futebol ou de poker, idas à praia…) e os constantes (visitavam-se regularmente, promoviam jantares, encontros, tertúlias, iam ao cinema…,numa palavra, apoiavam-se). Mas, numa ou noutra situação, o que era comum no Luís era a curiosidade sobre tudo o que o rodeava, provocando-lhe uma vivacidade, rapidez e perspicácia de pensamento e um sentido de humor incomuns. Com ele tudo se debatia, tudo estava em permanente discussão, em permanente interrogação, no seu universo não havia verdades feitas, por isso era um jovem intelectualmente estimulante, para quem o rodeava.

Raul Iturra

30 de Janeiro de 2014.

lautaro@netcabo.pt

 

 

Estaleiros encerram postos de trabalho continuam

Não há volta a dar, diz o sindicalista após reunião com o ministro. Há que assegurar os postos de trabalho o que exige conversações com a subconcessionária e arranjar trabalho. O resto é lutar por uma empresa pública, altamente deficitária, pobremente equipada e com lacunas no "Know How"."A empresa dos estaleiros navais é ponto assente que é para extinguir. Disso não há volta a dar e a decisão política está tomada. Agora há que minimizar os estragos desta situação que é conseguir que o máximo dos seus trabalhadores tenha um contrato de trabalho na nova empresa e que, efetivamente, os seus direitos estejam assegurados, quer em termos de remunerações, quer em termos sociais", afirmou o coordenador da União de Sindicatos, Branco Viana, após uma reunião com o ministro da Defesa, Aguiar-Branco.

Salário mínimo de 8,50 euros/hora na Alemanha.

Esta era uma das medidas que o SPD exigiu para integrar a coligação governamental. Estabelecer um salário mínimo não inferior a 8,50 euros/hora. Como muitos especialistas apontavam aumentar a capacidade de compra dos alemães é fundamental para arrastar o consumo interno e as importações e, dessa forma, equilibrar o saldo exportações/importações, demasiado favorável às primeiras. "Ninguém com coração pode recusar a ideia de um salário mínimo. (...) Devemos assegurar que a aspiração legítima a uma remuneração decente não leva ao desemprego de quem tem trabalho", disse, para defender a decisão da grande coligação CDU-SPD, criticada por vários setores alemães. As exportações portuguesas, que têm no mercado alemão um dos principais destinos, agradecem.

A festa da Parque Escolar alvo de buscas policiais

Buscas a vários fornecedores das empreitadas da Parque Escolar. Orçamentos que resvalaram 400% deram lugar a denúncias.O aumento dos gastos foi num crescendo: o custo unitário por escola subiu 447%, desde 2007, diz outra auditoria da Inspecção de Finanças. Mais, a Parque Escolar gastou 500 milhões de euros ilegalmente em 34 concursos de empreitadas e de aquisição de bens e serviços, cujos contratos não foram submetidos ao visto do Tribunal de Contas. São ainda questionados gastos de 28 milhões de euros, "resultantes da adopção de concursos públicos urgentes".

A tal escola pública que faz queixinhas por o estado financiar escolas privadas não vá estas terem lucro.

 

Flatulência faz implodir a esquerda

Nenhuma surpresa. Sempre foi assim e sempre será. Quando se trata de chegar ao poder, meter as mãos na massa, trabalhar, apresentar soluções, a esquerda implode. Cheios de ar e vento, e com a total consciência que nada têm para oferecer, são como balões que rebentam. Depois é vê-los explicar o inexplicável.

O PCP não se envolve porque mais do que ninguém conhece-os de ginjeira. A maioria já por lá passou sem proveito nem glória. O BE anda a promover "acidentes de percurso" enquanto vai expulsando os poucos militantes capazes que restam. Os 3D abandonaram o BE para agora quererem coligar-se com ele. O Rui Tavares criou o LIVRE para agora caber na lista do BE de onde saiu muito indignado.

Cheira mal. Lugares sim, mas não com trabalho e responsabilidade. Lugares onde possam falar muito e não serem escrutinados por ninguém e, onde, a meio do percurso, possam dar uma de independência, reservando os últimos seis meses do mandato para a reaproximação. Sempre com o lugarzinho no horizonte. Sem trabalho e sem escrutínio. E a cheirar mal. Quem os leva a sério?

Uma esquerda capaz de fazer a ponte com o PS faz falta, mas do alto da sua estupidez andam há décadas a empurrar o PS para a direita. São muito amigos dos pobrezinhos mas não fazem nada por eles. Estão todos enganados . A culpa é toda de quem os não compreende.  

AMOR E REBELDIA - por Prof Raul Iturra

 

Pretendo, neste ensaio, salientar que os sentimentos de amor e rebeldia são semelhantes. Baseio-me na vida de Emiliano Zapata, para redigir um texto que possa demostrar que amor e rebelião são resultado da mesma fonte: a procura da liberdade e da igualdade. Emiliano Zapata é apenas um exemplo do que desejo tratar

http://www.youtube.com/results?search_query=Stravinsky%20%20O%20%20P%C3%A1ssaro%20%20de%20fogo&search=Search&sa=X&oi=spell&resnum=0&spell=1

 

Sabemos que amor e rebeldia são sentimentos que não precisam definição. É evidente que corria em procura dos meus santos padroeiros, para basear a minha hipótese. Mas, parece-me que não é preciso. Os sentimentos existem, com alegria ou com dor.

Sentimento que induz à aproximação, à protecção ou à conservação da pessoa pela qual se sente afeição ou atracçãoatração; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa. Parece-me que esta é uma boa ideia para definir amor, esse sentimento intenso que sentimos por outra pessoa que orienta o nosso comportamento e faz-nos sentir a necessidade de acalmar e acolher sob as nossas asas a pessoa que desperta sentimentos positivos dentro da relação. É esse pensar que quem sofre, é por a outra pessoa estar irritada, ou porque a paixão acabou e já não se suporta o peso que cai sobre nós se nos comprometemos em carinho. Amar é uma amabilidade, um estar sempre ao dispor e saber calar o que nos doe para não ferir o outro. Caso não seja possível, é melhor calar ou ganhar uma certa distância até arrefecer o sentimento de raiva que a pessoa dita amada, acorda em nós.

Há vários tipos de amor, como tenho definido em diversos textos. O mais primordial ou primitivo é o do filho pela mãe: é quem alimenta, quem acarinha e quem agasalha, até ao dia da nossa autonomia de adulto. Há o amor ao amigo, esse compincha que nos entrega confiança e lealdade. Aos filhos, que dependem de nós e connosco aprendem a controlar as vinhas da ira, essa frase que intitula o livro de John Steinbeck, de 1940. Vinhas da ira provocadas pelos baixos preços do trabalho, bem como pelas falsas acusações de roubar para subsistir. Por outro lado há o amor à Pátria, como, aliás, temos tido lições ao longo destes últimos meses, nessa corrida política de quem faz mais, quem atraiçoa, quem defende. Não apenas dentro de Portugal, bem pior fora da nossa Pátria, com um Khadafi que mata como entende, ou o ditador, Mubarak, do Egipto quem, tendo morto e atraiçoado tantos, nem lhe é permitido sair do país, até que seja feita justiça em tribunal nacional.

Destes amores contrariados, nasce a rebeldia, sentimento de não ser capaz de aceitar mais os ditadores de um país, subjugado pela eterna de Porfírio Diaz. Emiliano Zapata Salazar, nascido em San Miguel Anenecuilco, México, 8 de Agosto de 1879Chinameca, 10 de Abril de 1919), foi um líder importante na chamada Revolução Mexicana de 1910 contra a ditadura de Porfirio Díaz. Considerado um dos heróis nacionais mexicanos, Zapata é também a inspiração para o movimento zapatista, iniciado no estado de Chiapas.

Este exemplo de Zapata entrega-nos outro tipo de amor, o amor aos desvalidos, aos camponeses explorados, às etnias antigas do país que vivem em reservas (reduções), como os Maia, os Tolteclas, os Astecas e os Mexicas, com parte de Amatenango, excluídos pela ditadura para o Panamá.

Amor e rebelião, confundem-se ou fundem-se num único sentimento: o de liberdade e independência, pelo que Zapata lutou até ser assassinado em 1919.

Amor e rebeldia podem ser confundidos. Durante estes dias temos um Khadafi da Líbia, que tenta com meios mortíferos manter-se no poder, poder de quarenta anos, enquanto os que amam a sua pátria, levantam-se em armas e tentam derrocá-lo. O ditador defende-se, não por amor à Pátria, mas porque sabe que o tribunal de Direitos Humanos está à sua espera.

Amor e rebelião são apenas uma forma de defender a liberdade. Zapata amava os seus índios e camponeses e lutou por eles. Como um Xristos, é por eles que morre.

Não sendo eu um homem de fé, respeito esse amor que os Zapatistas tinham pelos que consideravam seus irmãos na fé e na luta

A vida de Emiliano Zapata é um exemplo deste triângulo de povo pobre, nativos e burguesia acomodada. É o motivo que me faz escrever sobre ele, no texto de Amor e Rebelião…

Zapata não atraiçou a sua classe, sendo ele próprio um nativo camponês, que teve apenas uma ideia, de Amor e Rebelião, e libertou o seu país das garras da burguesia que escravizava nativos e camponeses, nas suas haciendas.

O México nem sempre ficou liberto, mas a partir do movimento Zapatista e as suas ideias, os peões passaram a ser trabalhadores e não escravos sem paga. Foi o exemplo para a América Latina se libertar dos ditadores, o que finalmente, foi possível. Não esqueço estas ideias, que foram para mim o começo do meu socialismo e da minha análise materialista histórica.

Raul Iturra

29 de Janeiro de 2014.

lautaro@netcabo.pt

 

 

O principio do utilizador - pagador

O estado social é necessário para quem precisa. E num hospital ou numa escola o pagamento deve corresponder ao respectivo nível de rendimento do utilizador. O Estado Social é para quem precisa, para os mais desfavorecidos. Um sistema em que todos têm o acesso [ao serviço] praticamente ao mesmo preço é uma falsa equidade", defendeu esta noite Miguel Cadilhe, para quem "a equidade não é virtude de graça". Tal é válido para um hospital, numa escola e numa universidade. Por não haver o princípio do utilizador-pagador geraram-se desequilíbrios. É pena que não estejam a ser introduzidas alterações estruturais no Estado Social, como o princípio do utilizador-pagador", referiu o economista. Um estado centralista tenta tratar da mesma forma todos aqueles que são diferentes.  Miguel Cadilhe referiu ainda que Portugal tem actualmente "talvez o Estado mais centralista da União Europeia" e que "continua numa passada segura e clara para mais centralismo". Com uma descentralização do poder, "forte e audível, sustentou que grandes despesas públicas inúteis poderiam não ter sido feitas no passado.

 

 

 

A crise acaba quando houver emprego para todos

Para lá da discussão política, o que verdadeiramente conta para as pessoas é o emprego. Não só por razões económicas mas também pela dignidade, segurança e sentido que dá à vida. Para lá chegarmos não há muitos caminhos . O caminho da obra pública oferece emprego precário como é exemplo a situação que vivemos nos últimos vinte anos.

Tendo em conta que estimativas apontam para que um ponto percentual de crescimento mais elevado nas economias avançadas permitiria colocar quatro milhões de pessoas a trabalhar, a directora-geral do Fundo considera que a prioridade deve ser dinamizar o crescimento económico. A estratégia defendida pelo FMI - um dos membros da troika - assenta em três pilares.
Na Zona Euro, é necessário melhorar a capacidade de actuação das instituições. Em concreto, é urgente colocar uma união bancária no terreno, o que seria "uma excelente forma de começar".

Em segundo lugar, as famílias, as empresas e, "em última análise", o Estado têm de conseguir reduzir os seus "níveis de dívida elevados".

Por último, Lagarde considera essenciais reformas no mercado de trabalho e de produto, que dêem "um contributo significativo para atingir todo o potencial de crescimento de de um país".

Esperemos que a aplicação dos investimentos do QREN no período de 2014 a 2020 e agora em discussão tenha esses três pilares  em conta.

A propósito do encerramento da Maternidade Alfredo da Costa

Cada vez mais parturientes escolhem os hospitais privados para terem os filhos. Apesar de pagarem mais. Razões ?  Quanto às razões mencionadas pelas mulheres para escolherem o privado, as principais foram a garantia de que seria o obstetra que acompanhou a gravidez a realizar o parto, a privacidade, os níveis de conforto e a presença constante de um acompanhante.

As que escolheram o serviço público apontam, para além do preço, as preocupações com a segurança e a existência de um serviço de cuidados intensivos. Aliás, mesmo entre as que escolheram o privado, a existência de equipamentos especializados, a existência de urgência de neonatologia ou a proximidade de um hospital público com esta valência foram critérios que pesaram na escolha do local.

As parturientes escolhem "maternidades" inseridas na segurança dos hospitais gerais (públicos ou privados) por terem mais e melhores valências médicas e cirúrgicas.