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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Há Juntas de Freguesia em Lisboa a recolher o lixo

A centralização no Estado ou na Câmara com a dimensão da de Lisboa, permite o controlo dos serviços públicos por uma minoria de activistas. Recolher o lixo pode ser executado descentralizadamente, com todas as vantagens que a proximidade oferece. Nem sequer estou a falar na privatização embora não se perceba bem o que é que  este serviço tem de estratégico para estar nas mãos do poder local.

Felizmente que estamos em democracia onde as pessoas têm querer e não têm que se vergar ao poder instituído ou a poderes de ocasião. Já há Juntas de Freguesia a recolher o lixo e essa decisão está a alastrar. Não vem nos jornais mas por aqui, no Beato, há recolha de lixo. E os grandes recipientes usados na construção civil e dispersos pela cidade estão a ser bem utilizados pelos cidadãos.

Esperemos que António Costa não se atemorize. A resposta dos Lisboetas é maioritária. Não querem o lixo nas ruas e não querem estar ao dispor de sindicalistas ao serviço do Arménio, da CGTP e do PCP.

A Gestão por Objectivos está a chegar aos hospitais

É muito difícil diz a Presidente da Associação dos Administradores Hospitalares. Pois é, nós sabemos, mas é por isso mesmo que fazem gestão e se chamam administradores hospitalares. Doutra forma, sem planear, organizar, dirigir e controlar não vale a pena e só estão a ocupar espaço. Que é o que andam a fazer há décadas.

Num repente começaram a aderir às medidas que sempre foram necessárias para atingir a qualidade e a sustentabilidade. A mobilidade de pessoal e equipamentos para onde são necessários. Pagar segundo o mérito. Exclusividade. A reforma hospitalar. Terminar com a duplicação de serviços. Encerrar unidades ( só em Lisboa, Coimbra e Porto é possível encerrar à volta de quinze hospitais civis e juntar-lhe o encerramento de mais quatro militares). E reforçar os incentivos.

Claro que se nada mudar o SNS afunda-se em prejuízos, desmotivação do pessoal e insatisfação dos utentes.

Romper com o passado económico

Portugal tem que ser capaz de transitar para uma economia de bens transaccionáveis, ... Neste sentido, Portugal deve usar a crise e o programa de ajustamento como uma oportunidade para romper de vez com o seu passado económico. É urgente definir uma nova visão a médio prazo para o crescimento e o emprego, que defina um caminho para o país trilhar até 2020 e anos subsequentes. Essa visão deve ser credível e contar com uma ampla base de apoio político e social. Em particular, são precisos esforços adicionais para criar um ambiente favorável ao investimento privado e à transição para uma economia de bens e serviços transacionáveis através do investimento doméstico e estrangeiro. Além disso, Portugal deve usar melhor o Mercado Único, o euro, os fundos de coesão e outros instrumentos europeus disponíveis para apoiar essa estratégia.

Sem conseguir o que está aí em cima proposto, o país voltará à situação de pré-bancarrota onde já caiu por três vezes nos últimos quarenta anos, caso único na Europa senão mesmo no mundo. Não é razão bastante?

Também tu, Grécia ?

A Grécia vai aceder aos mercados no segundo semestre de 2014, depois de dois resgates violentíssimos. Uma austeridade muito superior à nossa porque a sua situação também era bem pior. Se assim for, e com Portugal a aceder aos mercados seis meses antes, então é porque a austeridade prova. Pelo menos, prova que é preciso primeiro equilibrar as contas, o que não quer dizer que precise de ser com programas tão duros e tão rápidos.

A ruptura do euro está afastada, a ninguém interessa que os programas de Portugal e Grécia corram mal. Principalmente os credores e os mercados que vão aproveitar a desvalorização dos activos para investir em força. O que ajudará muito a economia.

Adeus com os teus olhos presos nos meus

 

 

 

Há três dias trocamos mensagens no facebook. Cheia de entusiasmo, a Manela ia passar o Natal na sua casa em Castelo Novo. O cancro da mama já tinha acontecido há 5/6 anos . É verdade que há um ano tinha tido um susto, mas as coisas pareciam estar controladas. Morreu ontem. Amigos comuns dizem-me que falaram com ela no mesmo dia.

Vou sempre lembrar-me dela com o belo cabelo dourado ao sol no recreio da escola. Sozinha. De bata branca, percorria vezes sem fim o recreio, só tarde percebi que os horizontes eram exíguos para tanta ânsia de viver. Artista plástica, professora, mulher de paixões que a faziam esquecer-se de si própria.

Passei uma noite em claro a vê-la menina. Mal sabia eu que outro amigo, nesta mesma noite, também tinha dado inicio à grande viagem. O António Girão, também ele artista plástico que soubera transformar a sua arte numa empresa.

Tal como os acompanhei toda a vida, vou partilhar a tarde com ambos. Bem sei que não é um drama. Ficam cá os filhos e os netos, os seus genes, partes de si próprios. Mas a morte será sempre algo estranho e profundamente incompreendido. Sinto-me deprimido. Os cínicos dizem que sempre que um amigo morre é porque o cerco está a apertar.

LA AMIGA PERDIDA - Prof Raul Iturra

 

http://www.youtube.com/watch?v=c9zW8RS8O7I

Bellini Ópera Norma área Casta Diva María Callas

 

Estoy sentado en mi estudio, a pensar en ti. Nunca te vi de esta manera: estricta, sabia, a saber enseñar. Ese dedo levantado para enfatizar las palabras que se deben saber. Y las que no se deben decir. Era como cuando yo tenía dos años y tú, algunos más. En esas alturas de la vida, no se notaba, como en las alturas de la vida de hoy. Tú estás guardada en un ánfora, rodeada de la familia. Yo, lo que tú me enseñaste, a escribir poesía a la amiga que me dejó anclado en esta tierra solitaria, sin nadie que me acompañe, aún en momentos tan tristes como los que vivo, ahora que nos dejaste.

Que me paseabas por el jardín de la casa quinta de Laguna Verde, nuestra bahía, ya lo dije en el tributo que te envié el día del carnaval, cuando fuiste incinerada frente al dolor de tu familia. He sugerido a tu hijo que organicen un ritual al lado de tu caja que guarda tus cenizas: una vela a cada lado, para recordar esa alma viva que nos hizo brillar a todos. Eras mi Nana querida y, pasado el tiempo, mi amiga del alma.

Hacíamos teatro juntos, como he relatado antes: como era habitual, ensenaba la obra, la dirigía, les enseñaba a actuar de dotes que no sabía que yo tenía. Era una permanente improvisación de las piezas de teatro que representábamos. Como siempre, yo estaba nervioso. Como siempre, tú me calmabas con palabras dulces e fuertes: si te sabes el papel, ¿para qué tanta faramalla? Era lo que me decías. Si eres el director, ¿quién debería tener miedo, sino nosotros, que nada sabemos de teatro? Tú ya lo leíste todo, los autores, los comentadores las obras. ¡Qué suerte la tuya! Nosotros tenemos que andar por la esclavitud de la vida del trabajo, tú tienes tiempo para todo lo que es la vida intelectual, desde tus cuatro años. Estudias Derecho y haces teatro, sales con tus amigos y te diviertes con ellos, sin que tus padres lo sepan. Te levantas a las cuatro de la mañana para estudiar, duermes una rica siesta y vuelves a los libros hasta la noche entrar en tu privado escritorio. Mi amigo, no me venga con dramas, porque no tienes motivo para ello.

Es lo siempre me decías, me preguntabas por mis amores, sin que tú dijeras una palabra sobre los tuyos. Era tu discreción. Nunca me olvido que a mis cinco años de edad, época de carnaval, tenía yo todo un atuendo de cowboys compradas por mi padre, y te mostraba la ropa. Siempre admirada, me decías cosas que me enorgullecían, Tanto, que hasta inventé la historia sacada de mi imaginación de que ese año íbamos cantar en inglés a la reina del carnaval. ¿De dónde vendrían esas mis fantasías? La Reina era Carmen Shaing, un lindo pimpollo que ni hablaba bien el castellano chileno, a pesar de ser de la tierra. Anduve disfrazado el tiempo todo, dentro y fuera del carnaval. Quién me llevó de la mano al corso, fuiste tú. En casa, puras agallas, en la multitud, un miedo que me callaba. Tú te reías, sabías que era un niño de casa y quinta con tantos hermanos y primos, que la llenaban. No precisaba más personas, total, era niño mimado y de hogar. Bien lo sabías y me cuidabas. Lo peor, era ser el hijo de quién era, el patrón. El respeto de las personas me mantenía solo, nadie quería inmiscuirse en la vida del Ingeniero mi padre.

Tú lo sabías y me cuidabas. Tú, que no tuviste ni padre ni madre, como sabemos, muertos en accidente de automóvil. Tu abuela Rosalba Mella los crió, trabajaba para mi padre. Había días en que iba a tu casa para estudiar, de forma discreto me decías: Raulito, hoy no puedo, la mamá está con dolor de cabeza. La verdad es que para enfrentar sus desgracias, Rosalba veía y nunca lo contaste, hasta hace pocos meses atrás, en nuestros setenta años. Cariño de hogar, discreción de lar.

Que sabía yo que te ibas a ir antes que después. Eres Violeta Valery de Verdi, eras Margherita Gautier de Alejandro Dumas, que escondía el nombre real de Marie de Duplessis, el gran amor de Alejandro Dumas hijo, narrado en su libro de 1848: La dama de las Camelias, que Greta Garbo representó para el cine, en los años treinta del siglo pasado. Tenías que irte en un día de Carnaval. Era obligatorio por ser Amandine, Les Dame aux Camel. Y así fue y así pasó.

Este domingo te vas a Laguna Verde. Quisiste que tus cenizas fueran esparcidas en al mar de nuestra bahía de Laguna Verde, donde de tanto nos divertimos.

Allí quedarás y allí te visitaremos.

Un beso querido, de la crianza vieja que cuidaste desde niño, por más de 70 años.

Con un beso, Margarita Gautier, de este tu ya crecido amigo.

¿Tengo pena? Sí, y muy profunda. Vamos a usar tus argucias para no mostrar desdichas y apoyar marido, hijas, hijo adorado, nietas y biznietos.

Raúl, tu pimpollo

Febrero, 23 de 2012

lautaro@netcabo.pt

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Qual é a melhor estratégia para Sines ?

É a que está na imagem a seguir, ligando Sines à Europa por caminho de ferro ? Diz Henrique Neto : ... de facto, a linha férrea de mercadorias para Madrid é irrelevante e até pode ser prejudicial aos interesses nacionais, para o caso de vir a haver investimento estrangeiro na região" .

Ou esta, tendo em conta a situação geográfica do nosso país e Sines ser o local europeu mais próximo do Canal do Panamá  ? Diz Henrique Neto : ...vejo ainda como num sonho, Sines como o melhor porto europeu de "transhipment" , com um enorme espaço de armazenamento e linhas sucessivas de gruas gigantes...e vejo também o investimento de empresas industriais integradoras, qual AutoEuropa, a dirigirem-se para o Sul de Portugal, a fim de tirarem partido da mais barata logística existente no continente europeu com o objectivo de receberem dos cinco continentes os sistemas que necessitam para os integrar em produtos enviados, pela mesma via, para todo o mundo.

De Fev a Dez/ 2013 foram criados 120 000 postos de trabalho

Há alguns argumentos que podem ser utilizados para rebater esta afirmação. Mas o argumento que foi utilizado pela CGTP é o mais estúpido de todos. A criação liquida foi só de 22 000 postos de trabalho (estendendo o período em análise para Jan em que ainda se perderam 98 000 postos de trabalho).

Sabemos todos que nestas discussões políticas há sempre formas de fazer passar uma mensagem que seja menos agradável. Mas nós, os que pagamos tudo isto, devíamos saber distinguir o "trigo do joio".

A partir de Fev/2013 a economia começou a crescer, puxada pelas exportações e pelo consumo interno. Isto só é possível porque há uma "capacidade produtiva instalada potencial" que rapidamente respondeu às necessidades. E, paralelamente, há actividades ( como os sapatos) que começaram a colher os frutos da viragem iniciada há alguns anos. Com melhor tecnologia e inovação o país recuperou mercados externos. As duas coisas juntas explicam os 120 000 postos de trabalho recuperados em tão pouco tempo.

Até Jan/2013 com a economia a decrescer as empresas aproveitaram para se ajustarem, abrindo falência ou reduzindo pessoal. No seu lugar outras estão a nascer com mais e melhor equipamento e novos produtos, para aproveitar o crescimento da procura interna, da Europa e dos países mais desenvolvidos.

Portugal oferece oportunidades de negócios que dificilmente se repetirão. Um regresso sem complicações aos mercados e a estabilidade do euro  atrairão forte  investimento, porque os activos portugueses estão muito desvalorizados. Como diz o optimista do "Expresso" é possível que 2014 seja bastante melhor que o esperado.