ESTA É A REALIDADE POR MUITO QUE CUSTE! Camilo Lourenco comenta Estaleiros Navais de Viana do Castelo
"Aquela empresa como está há vinte anos não tem qualquer viabilidade. Tu contribuinte, já torraste, não há outra expressão, torraste ali centenas de milhões de euros, ouviste bem? Não é dezenas é centenas de milhões de euros. Aquela empresa, não devia estar nas mãos do estado, desculpa do contribuinte, há pelo menos quinze anos."
"Eu como contribuinte não quero continuar a torrar lá mais algumas centenas de milhões de euros. A última versão das centenas de milhões lá torrados, aconteceu com o governo anterior, cento e oitenta milhões de euros, que a direcção geral europeia que tutela a concorrência, disse, não pode ser. E agora é assim, o que eu acho e o que me choca a mim como cidadão e como contribuinte, que não tem nada a ver com a esquerda, nem com a direita. É ouvir um Presidente da Câmara, que devia ter juízo, vir fazer a figura vergonhosa que aquele senhor fez, a dizer que é um caso de polícia. Caso de polícia, são os cento e oitenta milhões de euros e os outros centenas de milhões de euros, que nós contribuintes metemos ali nos últimos vinte anos. Isso é que é um caso de polícia."
E as exportações Portuguesas agradecem. É o resultado das negociações entre a CDU e o SPD para formarem governo.
Andámos todos a pedir à Alemanha que gastasse dinheiro, bem a Alemanha aceitou fixar um salário mínimo de 8,75 euros à hora. É um salário que vai beneficiar 17 milhões de trabalhadores que tinham salários mais baixos. Portanto, mais consumo, mais aquisições, mais importações... Por outro lado, o SPD exigiu uma pensão garantida. Muito bem, vamos ter uma pensão mínima à volta de 850 euros...
Há por aí um tipo de discurso sobre as organizações de voluntários que se dedicam a ajudar quem precisa que é um nojo. Basicamente, o que estes "progressistas" mostram é que estão pouco interessados na resolução dos problemas reais das pessoas. . E, pior, se em vez de voluntários fossem trabalhadores pagos até teríamos menos desempregados, acusam. Dizem que assim não resolvemos nenhum problema estrutural. Deixemo-los pois, morrer, até resolvermos estruturalmente o problema.
O que chama a atenção, antes de tudo, é que para estes "progressistas" de barriga cheia, os que precisam não interessam nada. Se for o estado a fazer estes trabalhos tudo bem se não for, estamos perante "assistencialismo". Onde entram os pobres neste raciocinio? Não entram! Matar a fome dos que são beneficiados por estes movimentos é secundário.
Mas não fiquem admirados. Quando se fala nas escolas públicas alguém se preocupa com os alunos? E quando se fala na saúde alguém se preocupa com os doentes? O que interessa não é nem o pobre, nem o aluno nem o doente, o que interessa é que seja o Estado a prestar o serviço. O estado já pode substituir as famílias na escolha da escola e dos hospitais. Um dia destes escolhe-nos a(o) namorada (o)
Estes "facciosos" estatistas, se os deixarmos, um dia destes também substituem as relações e as emoções humanas por um serviço do estado. Tenham cuidado, se alguém vos oferecer uma ramo de flores pode ser um inspector do estado!
Todas as ocasiões são boas para deitar dinheiro à rua. Não que se não deva cantar ao "menino Jesus" mas 300 mil euros é demasiado dinheiro em luzinhas. Dá para matar muita fominha. E melhorar muito abrigo para os "sem abrigo".
Lá na minha terra, noite fria e escura como breu, saltávamos à fogueira e não havia luzinhas. Muito menos uma fortuna delas.
Nesta altura, em que há tanta dificuldade, em que tantos não têm dinheiro para as habituais compras de Natal é dificil perceber tanta luzinha e tão grande árvore de Natal.
Na Praça do Comércio haverá uma árvore de Natal, com 25 metros e na qual serão feitas projecções. O assessor de imprensa de Sá Fernandes garante que tal está incluído nos já mencionados 300 mil euros. Para o Parque Eduardo VII, acrescenta, está prevista uma "Aldeia do Natal", em parceria com outra entidade. A empresa municipal EGEAC gastará também 30 mil euros "numa programação de música em várias igrejas" e no Cinema São Jorge.
Reagan e Tatcher não apareceram por acaso. " Hoje, a social-democracia europeia está mais preocupada com o passado do que com o futuro. O SPD quer fazer “esquecer” Schroeder. O Labour quer fazer “esquecer” Blair. O PS quer fazer “esquecer” Sócrates. E, já agora, também Guterres. Os Estados Gerais que organizou em 1995 já iam muito mais longe na necessidade de reformar o Estado social.
Muita gente acreditou que a chegada de François Hollande ao Eliseu alteraria os desequilíbrios políticos na Europa, claramente a favor da Alemanha e da sua receita para a crise. Vemos como está hoje Hollande. Depois, acreditou-se que a entrada dos sociais-democratas alemães no Governo de Merkel podia significar alguma coisa. Quem ouviu Peer Steinbrueck apelar a um Plano Marshall para os países do Sul, cujo sofrimento era inadmissível, não acredita que o SPD tenha assinado de cruz a política europeia da chanceler. O chefe do Eurogrupo é um trabalhista holandês que consegue ser mais radical do que Berlim. A clivagem aqui não é ideológica, é geográfica e cultural – atravessa a Europa a meio. É, portanto, bastante mais perigosa.
Escrevi este texto para o Jornal A Página da Educação, no ano 1997, tempo em que se lutava para e pelas pessoas que amavam seres do seu mesmo sexo. Com Ana Paula lutamos por elas. Mas, apesar de ser lei, o conceito de homossexualidade continua a ser um tabu social. Toro, porém, para essa defessa dos incompreendidos socialmente, especialmente na época em que há tráfico de meninos e meninas, vendidos para o estrangeiro. O meio usado tem sido a internet e vamos batalhar contra isso.
Para tod@s os que tiveram a ousadia de não esconder os seus sentimentos.
É preciso distinguir. A primeira distinção, é que uma atividade, substantivo ou adjetivo, deve começar por um verbo, como o verbo ser ou não ser. Esta frase de Shakespeare, é um segundo dilema, que remete para a vida ou a morte, solucionada pelo autor com a morte de todas as personagens.
O terceiro dilema, central, é ser ou não homossexual. É um desejo, um sentimento, uma atração passageira, espontânea, calculada, de nascimento ou aprendida? Parte deste dilema consiste em não se saber definir nem sentimentos nem ação. Hoje em dia, dizem, estar na moda ser homossexual, ou seja, sentir atração por pessoas do mesmo sexo. Nunca esqueço a frase do filme Retornar a Brides’ Head mencionada pela atriz em Veneza, quando fala sobre a amizade entre dois adolescentes: "é melhor que dois jovens se amem em tenra idade, assim sabem depois o que fazer na sua vida adulta".
Também não esqueço o texto de Didier Anzieu, de 1958, ao referir o amor que Freud sentia pelo seu cunhado e por seu discípulo Karl Jung: o primeiro, casa e tem um filho, ao qual Freud envia uma carta de parabéns e diz "finalmente somos pais", enquanto o segundo se retira da sua companhia devido ao amor que o célebre médico demonstra por ele, que até o levava ao desmaio quando o via. Contudo, Freud denomina de aberração a homossexualidade nos seus textos de 1906 e 1917 e ainda na Revista de Filosofia de 1910, numa entrevista ou «entretienne», repudia o que tem de repudiar, devido aos seus sentimentos divididos entre uma mulher que não quer mais intimidade com ele, por não desejar ter mais filhos: quatro eram suficientes.
Mas, não vamos pensar que é falta ou culpa da mulher o facto de um homem endereçar os seus sentimentos para outro, ou uma mulher para outra. O Relatório de Alfred Kinsey de 1958, relata a felicidade das mulheres lésbicas, que amam e vivem juntas. E dos homens que amam a masculinidade e procuram o ser humano que os atrai. Torna-se necessário fazer uma nova distinção: existe o prazer sexual que pode durar meia hora, e findar. Existe também o ocultar dos sentimentos, quando entram, em segredo, em casas fechadas para fazer amor com pessoas do mesmo sexo.
E os sentimentos? Ao ver uma pessoa dos nossos sonhos, porque com esse desejo também se nasce, muito embora existam receitas terapêuticas para curar "essa doença". As crianças, de forma natural, brincam entre elas a fingir ser marido e mulher, na pré-puberdade ou ainda, na puberdade, até decidirem a sua orientação sexual. O interessante é a direção do sentimento e como se tem resolvido recentemente, excepto em Portugal. O homossexual equivalia a prisão, hoje em dia, equivale a casamento, vida pública a dois, com ou sem adoção de crianças para substituir a falta de óvulo para receber o espermatozoide, como acontece na Europa do Norte. E há os que vivem juntos, apenas pelo prazer de se amarem. O sentimento endereçado ao mesmo sexo, é um sentimento respeitável, do qual ninguém pode fazer troça. Porque o amor é uma força da natureza. E contra ela, ninguém se pode opor, é mais forte que a vida social, ocupada em punir a homossexualidade para salvar a reprodução humana e bater na vergonha pelos que assim decidiram.
Hoje em dia, a imposição da vergonha parece ter acabado, excepto em religiões que recomendam um comportamento puro e casto, como o derradeiro Catecismo de Karol Wojtila, que retira a falta, mas solicita apenas sentimento à distância. Como se a natureza pudesse resistir.
Diferente, do que escrevi no jornal anterior, amigos e companheiros: há também amor, mas um amor que não procura homossexualidade por se ter optado pela heterossexualidade. Talvez, cada vez menos. A porta foi aberta, e a maré embriaga boa parte do mundo, ainda que queiram ocultar, o pecado aí é a mentira, o engano e a traição à pessoa companheira. Isso sim é inadmissível. Ou se ama e se é fiel ou se vive na prostituída mentira.
Boa parte do mundo, ainda que queiram ocultar, o pecado aí é a mentira, o engano e a traição à pessoa companheira. Isso sim é inadmissível. Ou se ama e se é fiel ou se vive na prostituída mentira.
Com a colaboração impagável de Ana Paula Vieira da Silva, hoje educadora da infância