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BandaLarga

as autoestradas da informação

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É da fome

A partir de uma certa altura é sabido que a fome e a sede dão origem a visões. No deserto, por exemplo, a visão mais descrita é que se está a ver o mar logo ali no horizonte. No Portugal pobre e da fome também tivemos a nossa parte. Visões em cima de uma azinheira. Aliás, o meu pai andou mesmo em depressão porque, dizia ele, todos A viam menos ele...

Já crescidote expliquei-lhe. Se ele tivesse dado um pouco do muito que comia talvez A tivesse visto. Notei que começou a ter comportamentos estranhos. Tive depois que explicar que o mal não era dele, era da fome que os outros tinham.

É o que está a acontecer na Venezuela. Sem pão e sem leite, com um ministério " da Suprema felicidade" os mistérios e milagres vão começar a nascer como cogumelos na Venezuela. Isto, claro, se não forem os inimigos da revolução com as suas golpadas habituais!

Eu, por mim, dou-me por feliz por ter nascido nesta parte do mundo ( apesar de ter nascido cedo demais...)

Felizmente eles já andam por aí.

Os Chineses estão cada vez mais interessados em Portugal. Eu trabalho como assessor de um grupo que já cá está a investir em várias áreas. Por enquanto entendemo-nos em Inglês, e aqui e ali em Português. Já compreendem mas ainda têm dificuldade em falar. Tomaram a decisão de criar no nosso país a base da sua expansão para a Europa e para os países que falam Português.

Há cada vez mais jovens a aprender Português como há jovens portugueses a aprender Mandarim. Curiosamente lá para cima para Trás-os-Montes.

Dentro de cinco anos, "teremos mais de cinco mil universitários chineses a aprender português. Nalgumas universidades o português já é a segunda nota mais alta de entrada".

Os desejos de Seguro

Face ao crescimento da economia, ao bom comportamento das exportações e à descida do desemprego, António José Seguro deseja que seja "sol de pouca dura". Mas já está a fazer progressos já reconhece que há crescimento na economia :De acordo com a tese apresentada pelo líder socialista, no atual contexto económico e financeiro, importa aferir se os mais recentes sinais económicos são sustentáveis "ou sol de pouca dura".

O desemprego desce há nove meses consecutivos com grande indignação de quem defendia que se tratava tão somente do efeito sazonal de verão. Mas também é verdade que o nosso Outono é quase um verão, mas não sei se isso tem influência na taxa de emprego. É capaz de ser a agricultura desta vez.

Machete teve boas razões para pedir desculpas

Houve um crime de quebra de segredo de justiça por parte das autoridades Portuguesas. Crime ampliado pelo jornalismo de investigação que se limitou, como sempre faz, a reproduzir o que "as fontes" lhes meteram nas mãos. Nenhuma das entidades referidas teve a dignidade de alguma forma reduzir os problemas causados a pessoas e países. Arquivado o processo em Junho, sem nenhuma acusação formalizada, a PGR, não teve pressa nenhuma em notificar os interessados e em exigir aos jornais a reposição da verdade.

Ficaram, assim, as pessoas e as relações entre estados a "esturrar" publicamente . A esta gentinha não interessa o bom nome das pessoas nem o bem estar dos 150 000 compatriotas que ganham a vida em Angola.

E, mais uma vez se comprova, que PGR e comunicação social estão enlaçados por interesses obscuros e que nunca são responsabilizados por nada. Razão tinha o ministro em pedir desculpa.

Claro que, politicamente, o que interessou foi cobrir os crimes cometidos e atacar quem tentou acautelar os interesses nacionais. E, ainda por cima, ficam muito indignados com quem não concorda com eles.

Devolver a escola e a dignidade aos professores

Criar uma cooperativa de professores que toma nas suas mãos a escola. Com autonomia, com profundo conhecimento do ambiente escolar e dos alunos.

Com um tronco comum curricular nacional mas com toda a liberdade para complementar com o que consideram mais adequado à sua escola e aos seus alunos. Com objectivos bem definidos e aceite por todos e pagos segundo o mérito dos resultados obtidos.

"Trata-se, aqui, de convidar, também mediante procedimento concursal, a comunidade dos professores a organizar-se num projecto de escola específico, de propriedade e gestão dos próprios professores, mediante a contratualização com o Estado do serviço prestado e do uso das instalações. Essa oportunidade significa uma verdadeira devolução da escola aos seus professores e garante à sociedade poder escolher projectos de escola mais nítidos e diferenciados".

Quem poderá estar contra esta solução? Os que se interessam pela ideologia e não pelos professores e pelos alunos .

AS MINHAS MEMÓRIAS E A SEGUNDA MORTE DE ALLENDE

 

Derradeiro discurso de Allende, Rádio Magalhães, às 14 horas, antes da sua morte

Pode aceder ao discurso em http://www.youtube.com/watch?v=g1QJ-y_xUmk

AS MINHA MEMÓRIAS, E A SEGUNDA MORTE DE ALLENDE

Bem sei que no mês de Abril a primavera devia estar em pleno esplendor, com árvores carregadas de flores, promessas de deliciosas laranjas, amêndoas, maçãs, pêssegos e outras que nem me quero lembrar para não parar a escrita e ficar doente de tanta doçura. Promessas de flores que podem, ou não, acabar em fruto. Entre o Chile e Portugal, as estações são opostas: estamos no Outono no Chile e na Primavera em Portugal. Apesar disto, a realidade económica e social está às avessas da natureza: em Portugal vive-se um escuro Outono e no Chile, desponta com todo o vigor a Primavera, pois é um país com um alto Produto Interno Bruto (PIB).

Aliás, são épocas que me fazem lembrar problemas políticos de sangue e areia. Sangue, porque na Primavera do Chile foi assassinado (em Setembro) o Presidente da República, Salvador Allende, enquanto em Portugal acabaram com o Primeiro-ministro. José Sócrates, quem, como Allende no Chile, tem feito o impossível para manter a Nação com uma alta produtividade e, paralelamente, com uma divida baixa. No entanto, estamos a viver uma situação, diria, muito particular: há, pelo menos, vinte anos que a história económica de Portugal, entrou em falência. O país entrou na Comunidade Europeia e, infelizmente, o dinheiro que recebeu não foi investido, foi gasto. Falta de poupança que se verifica muito antes da entrada nas aventuras da vida política do nosso actual Primeiro-ministro. No entanto, é sobre ele que recaí a acusação quanto aos projectos de Economia e Crescimento, ruinosos para o país, afirmam alguns. Mas como? Se a nossa nação já estava em falência. O que Sócrates tentou fazer sem sucesso, foi o que Allende fez, na tentativa de salvar o deficit ou valor a menos do PIB, que nos persegue nas últimas décadas. Allende no Chile confiscou e nacionalizou as riquezas nacionais que se encontravam em mãos estrangeiras. Decisão que lhe custou a vida. Era materialista histórico. Para as suas opções, usava imenso a frase de Lincoln:

A democracia é o governo do povo, pelo povo, para o povo.

Na entrevista realizada antigamente, por dois aprendizes de feiticeiros (quanto a entrevistas), tentaram encurralar o nosso antigo Primeiro-ministro, que nem tempo tinha para explicar o pretendido. A conversa fechou-se no Programa de Estabilidade e Crescimento, uma excelente ideia, em minha opinião, para salvar o país da falência, como aconteceu noutros países europeus, excepto na Alemanha, que parece ser, como diz Sócrates, o país proprietário dos outros países e das suas dívidas. Os conselhos germânicos, afinal nada adiantam para os outros países, pelo contrário: o encontro do nosso líder socialista com a Chanceler Alemã Ângela Merkel do Partido CDU ou União Democrata -Cristã, causou a desgraça do nosso PM. Bem sabemos que moramos e vivemos num país cristão, que sem Fátima não existiria. Crentes ou não, Fátima é o altar da pátria, mas com minúscula, porque quem comanda não é a denominada Nossa Senhora, é o Primeiro-Ministro, mas até um limite. Os Partidos que encurralaram a Sócrates e o levaram a demitir-se do seu cargo, excepto os de esquerda, são todos católicos cristãos. Os não cristãos, têm outra bulha com ele, motivada, penso eu, pelos acordos estabelecidos com Merkel, de crença luterana cristã, para desgosto da nossa esquerda.

Mas o que me causou um tremendo desgosto, foi a entrevista dada para o Canal 1 da RTP ou melhor, foi observar a cara de raiva dos entrevistadores, sobretudo a da rapariga (cujo nome oculto). Em menos de 30 minutos, Sócrates, nesses tempos, foi julgado na praça pública, sem tempo para ripostar: os jornalistas lutavam entre si para ver quem seria o melhor a julgar. É a moderna juventude, que nem respeito guarda pelas hierarquias, apenas quer lucrar, neste caso com a suposta melhor entrevista. O tiro saiu pela culatra. Foi a pior entrevista que tenho visto para o nosso PM. quem, no entanto, hoje é pensado como candidato a presidência da República

Allende era um respeitoso da crença dos outros e acompanhava o povo e o exército na comemoração da Padroeira Jurada do Chile, a Nossa Senhora do Carmo (del Carmen, em castelhano chileno.) Sócrates, acompanhava os Papas ao Santuário de Fátima. Passos Coelho, nunca tem tempo para nada nem o PR. Em Dezembro vamos ver com a canonização do Papa de Fátima, Karol Wojtila, ou João Paulo II, e o de Ângelo Roncaglio ou João XXIII. Cavaco Silva e Coelho dos Santos devem-se disponibilizar para o que vai ser o grande negócio de Portugal, a santificação de Karol Wojtila, esse Papa que fez do santuário, um ara internacional. Ângelo Roncaglio nunca cá esteve.

A entrevista referida causou-me, assim como os jornais diários, um imenso nojo que me faz pensar que estes ataques a um líder solidário, é como a segunda morte do meu querido Presidente, Salvador Allende. Ele foi assassinado. O que tenho visto na Assembleia e na televisão, é como a sua segunda morte na pessoa de um antigo PM, hoje comentador televisivo e candidato presuntivo à Presidência da República. A política tem razões que a razão não entende

Não esqueça o leitor que o texto é das minhas memórias e falo de Sócrates como PM, porque foi o começo do derrube da nossa economia tal e qual a vivemos hoje em dia. Não há continuidade ideológica, mas sim das finanças e da economia. Comparar Sócrates com Passos Coelho e Paulo Portas que vive de birras, fez-me lembrar o herói internacional, Salvador Allende que sabia o que era a democracia, como me parece que José Manuel Sócrates também sabe.

Tenho sido criticado por comparar Sócrates com Salvador Allende, mas, tendo vivido sob o poder dos dois, parece-me justo, especialmente porque o seu derrube causou uma falência económica que todos sofremos hoje em Portugal. Falência que começara já nos anos 70 do Século passado, com empréstimos solicitados por Ramalho Eanes. Para o cumprimento dos planos do 25 de Abril que o governo atual não respeita.

Raul Iturra

31 de outubro de 2013.

lautaro@netcabo.pt

 

 

 

 

 

 

Reformar o estado. A última trincheira

Primeiro foi a luta pela democracia, pelo estado de direito, por uma economia social de mercado. A seguir a aprovação de uma Constituição que assegurasse " o caminho para o socialismo". Depois a luta pela integração na União Europeia e a adesão ao Euro. A última trincheira é a luta para modernizar o país, torná-lo compatível com os outros países europeus mais ricos, mais modernos e mais justos.

Estamos agora perante um país que se governa por um modelo politico-social e económico que já nos levou por três vezes à intervenção externa. Caso único na Europa senão mesmo no Mundo. Os instrumentos necessários à integração plena do país na União Europeia e no Euro, são considerados inconstitucionais. A reforma do estado, já feita pela maioria dos países, é vista como "o desmantelamento do estado social". O que é prática corrente nos países mais ricos e mais justos é visto cá como reaccionário, senão mesmo fascista.

O PS só se juntará ao PSD e ao CDS por forma a perfazer os 2/3 na Assembleia da República necessários, após eleições. Antes disso é necessário fechar o memorando da TROiKA em Junho de 2014. A partir daí, para o país aceder aos mercados, beneficiando de um programa cautelar, as instituições financeiras vão baralhar e dar de novo.

Das eleições que daí resultarem, seja qual for o governo, a grande coligação vai enterrar de vez o Portugal conservador que morre lentamente na última trincheira.

Morrer e pagar o mais tarde possível

O estado paga tarde e a más horas mas paga, é este o principio. De modo que as empresas vão fornecendo até estarem afogadas, com a sua tesouraria a não aguentar mais. A seguir deixam elas próprias de pagar às suas fornecedoras e estas por sua vez a quem devem, numa bola de neve sem fim. Pelo caminho ficam empresas na falência e pessoas no desemprego.

Os empréstimos bancários custam dinheiro e agora nem os bancos o têm para emprestar pelo que o Estado tem que se chegar à frente. Está a ser criado o Banco de Fomento para dirigir meios para as PMEs já que a CGD não o faz. E o estado guardou uma parte do dinheiro que a UE emprestou para socorrer a banca. Podia ser usado para pagar às empresas.

“Se o Estado pagasse às empresas aquilo que lhes deve (…) era um balão de oxigénio para as tesourarias das nossas empresas e, provavelmente, evitaríamos muitas falências, coisa que até agora não conseguimos”.As empresas não resistem à falta de crédito e aos atrasos constantes de pagamento. “Esta má prática está a asfixiar e a matar as nossas empresas”.

E as empresas mais fortes no meio do "salve-se quem puder" seguem o exemplo do estado e pagam quando lhes apetece.

 

Portugal soma e segue na renovação empresarial

É a " destruição criativa". Fecham as más empresas e no seu lugar crescem novas mais saudáveis e inovadoras. Este movimento tem vindo a acentuar-se. Em praticamente todos os sectores de actividade e distritos do País verifica-se um saldo positivo entre as constituições e a soma das dissoluções e insolvências. Há apenas duas excepções e com um saldo próximo do zero: o sector do gás, electricidade e água, que representa apenas 0,4% do total de 492 mil empresas existentes em Portugal; e o distrito da Guarda, onde entre criações e falências registou uma perda de nove empresas.

De acordo com a Informa D&B, este saldo positivo "deve-se, maioritariamente, ao movimento de empreendedorismo aparecer com um enorme destaque" e à combinação de diversos factores. "A emergência de alguns sectores como, por exemplo, a agricultura, pecuária, pesca e caça, nos quais, nos últimos 12 meses, foram constituídas sete empresas por cada empresa que encerrou", destacou Teresa Menezes, directora-geral desta consultora especialista no tecido empresarial.

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