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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Segue-se a limpeza nos gabinetes ministeriais

A família socialista agita-se com as sondagens em perda continua. Segue-se a limpeza de primos e primas.

O ambiente no partido está muito pesado por causa desta sondagem”, confidenciava nesta quinta-feira ao PÚBLICO fonte socialista, adiantando que António Costa se prepara para fazer uma “limpeza nos gabinetes ministeriais, afastando primos, primas, tios, tias…depois das eleições europeias”, numa tentativa de arrumar a casa antes do combate das legislativas.

Entretanto o governo e os seus apoios têm pela frente a reposição exigida pelos professores. PS, BE e PCP têm o dever de encontrar uma solução sustentável financeira e politicamente. PSD e CDS só têm que deixar o assunto nas mãos da geringonça.

Não há 800 milhões para acumular na despesa para sempre e aí o governo tem razão. O PS com este assunto vai desgastar-se mais e vai chegar às legislativas em mau estado. Quem diria que seria o PS a desejar eleições no mais curto período. E vêem aí os incêndios.

O Outubro do descontentamento socialista .

A agora ministra "limpou" doentes das listas de espera - a ideologia mata

Expurgou, rectifica Marta Temido o que vale toda a diferença. E, assim, o SNS em vez de enviar os doentes que não pode tratar para os hospitais privados e sociais, apaga aqueles casos que escandalosamente esperam muito para além do período medicamente razoável.

Morreram cerca de 2 600 doentes em lista de espera diz o Bastonário dos médicos. Mas isto não comove ninguém, ora essa. O governo, o PCP e o BE já andam a negociar acabar com as taxas moderadoras e com as parcerias-público-privadas que, essas sim, deixam morrer os doentes.

Os peritos detectaram uma série de factores que “contribuem para o aumento dos tempos de espera” nas cirurgias programadas. Desde logo, os “sucessivos adiamentos e cancelamentos”, por “lapso do hospital”. Mas também a “não emissão” de vales-cirurgia e de notas de transferência para outras unidades de saúde – dois mecanismos usados para dar uma nova opção ao doente quando o tempo máximo de resposta se aproxima do fim.

Mas, é claro, esta opção incorre no pecado mortal de usar os privados. Digam lá se a ideologia não mata ?

Aterrorizar as populações

Fisco na sua infinita bondade enviou um aviso aos proprietários da floresta. Ou limpam a mata ou pagarão multas . Ora a maioria dos proprietários são gente de 70 e mesmo 80 anos, gente pobre que não têm dinheiro para pagar a quem faça o serviço nem condições físicas para o fazer eles próprios.

A não ser que se pretenda usar a força repressiva da Autoridade Tributária todos os anos para aterrorizar populações, esta estratégia não é viável por muito tempo. O mato cresce independentemente da vontade dos proprietários. E cresce muito depressa. Uma vez limpo, rapidamente será necessário limpá-lo novamente. É uma gestão permanente com custos que não desaparecem. Limpar um terreno não é como remodelar ou recuperar um prédio, que, uma vez feita a intervenção, só décadas depois necessita de outra. Uma solução para ser viável a longo prazo tem de ser economicamente vantajosa para os proprietários.

Tornar a floresta portuguesa rentável, ou, melhor dizendo, a sua gestão rentável, pode passar por facilitar a vida aos resineiros, por estimular o uso de lareiras e recuperadores de calor para aquecimento de casas, pela construção de centrais eléctricas de biomassa, etc. Há uns tempos, em conversa com Henrique Pereira dos Santos, lembrámo-nos de que as cantinas que dependem do Estado (cantinas escolares, prisões, hospitais, etc.) podiam incluir na sua ementa alimentos amigos da floresta, como queijo de cabra, frutos silvestres, cabrito, etc.

Mas dá trabalho...

O governo a atirar a culpa dos próximos incêndios para cima dos municípios

Os autarcas estão possessos. O governo quer que limpem as matas em dois meses e meio algo que o Estado não conseguiu em quarenta anos. 

António Costa sabe que não tem margem de credibilidade para aguentar uma época de novos incêndios depois do que aconteceu no verão passado . E, bem à sua maneira manhosa de proceder começa a preparar a fuga. É realmente preciso limpar as matas e é correcto o governo castigar quem o não faça mas é necessário primeiro falar com quem conhece o terreno e transferir os meios necessários e só após tomar medidas duras.

"Tanto o presidente da Associação Nacional de Autarcas Socialistas (ANA/PS), Rui Santos, como o dos Autarcas Social-Democratas (ASD), Álvaro Amaro, mostram-se indignados em declarações ao DN contra o que qualificam como ameaça e penalização dos municípios - dezenas de milhares de euros mensais em muitos deles - por parte de um poder central que, lamentam, desconhece o território e procura desresponsabilizar-se se este ano ocorrerem incêndios trágicos como os de 2017."

O governo numa tremideira quer tirar dinheiro à accão social de apoio às populações para as encaminhar para a limpeza das matas.

Álvaro Amaro critica o governo quanto a essa opção, porque "não teve a coragem de disponibilizar, com rigor e controlo, os dinheiros para desencadear" as ações de limpeza. "É um empréstimo e toda a gente sabe que, se quero fazer algo, ou pago ou a burocracia para pedir um empréstimo atrasa tudo", lamenta o autarca da Guarda.

Rui Santos alerta ainda que a retenção das verbas do FEF pela tutela vai penalizar as populações, pois essas verbas "servem para manter as ruas limpas, destinam-se às escolas, à ação social, à cultura, etc".

 

 

A gestão da floresta

Um dos meus amigos possui umas dezenas de propriedades florestais. O pai aceitava o pagamento de dívidas com a entrega de imóveis florestais. Conhece meia dúzia ali perto da aldeia os restantes não conhece onde estão situados. Os filhos não conhecem nenhum.

Outro amigo tem uns tantos e ainda vai fazendo despesa com a limpeza . Os filhos não conhecem a localização de nenhum deles. Mas vai dizendo que a despesa com a limpeza não tem resultado nenhum porque os vizinhos não fazem limpeza nenhuma. Ardem os dos vizinhos e ardem os dele.

É esta a questão. Uma floresta arde porque está carregada de material combustível, não é tratada .

Estes dois amigos que são da mesma região já tentaram reunir os restantes proprietários e lançarem uma unidade de biomassa. Não conseguiram reunir vontades. Juntar os proprietários é uma tarefa impossível. E a câmara esteve envolvida no processo.

Ora o que parece é que o estado se deve deixar de produzir legislação que ninguém cumpre e vá para o terreno em conjunto com o poder local e tome medidas concretas com ou sem a vontade dos proprietários relapsos, ou as tragédias vão  acontecer ciclicamente.

Deitar dinheiro para cima dos problemas é fácil e tentador. O SIRESP custa 500 milhões e mais 40 milhões/ ano, pois seja. Os aviões custam uns milhões o dinheiro aparece. E os muitos milhões de equipamento e de gastos com o pessoal é tudo fácil. Basta aumentar impostos . Agora trabalhar afincadamente anos seguidos no terreno isso faz doer as costas.

E não é politicamente correto falar nas vítimas nem nas calamidades não vá conhecerem-se os que ao longo dos anos foram os decisores que levaram à presente situação.