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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A prenda da CGTP

AutoEuropa sempre foi um mau exemplo para os trabalhadores. Produz com qualidade a preço competitivo, com paz social e pagando acima dos outros trabalhadores portugueses.

Pode lá ser.

Logo que António Chora saiu para a reforma a CGTP viu a oportunidade e lançou o ataque ao poder na fábrica de Palmela. Exige que a Administração negoceie com os sindicatos e não com a Comissão de Trabalhadores . Claro que a CGTP controla grande parte dos sindicatos.

E agora já exige que o governo português negoceie com a administração e o governo alemão a estratégia da empresa para, assim, assegurar os futuros investimentos na fábrica.

A existência de contratos verticais por setor - metalúrgicos, bancários, etc. - amarraria em cada setor de atividade os trabalhadores uns aos outros - e no topo da pirâmide estaria a CGTP, como central mais importante. 

Por isso, quando a troika chegou a Portugal, bateu-se por outro princípio: em vez da contratação coletiva, a negociação empresa a empresa.

Ora a AutoEuropa é o exemplo mais conseguido da negociação empresa a empresa. Há que a destruir ou que a controlar. Arménio Carlos jura que não haverá deslocalização da fábrica algo que ele não controla e o governo português também não.

Quem corre riscos são os trabalhadores . O investimento para o actual modelo está feito mas para as viaturas eléctricas do futuro o Grupo alemão escolherá os países onde se reunirem condições laborais e fiscais estáveis.

Quando os trabalhadores passarem de bem remunerados a desempregados a CGTP dirá que a culpa é do capitalismo internacional.

parque-autoeuropa.jpg

 

 

Atrair um grande projecto automóvel

A AutoEuropa fez agora 25 anos com sucesso sendo considerada uma das fábricas da marca mais eficazes. Deu um grande impulso ao desenvolvimento da região de Setúbal e aos fornecedores portugueses de peças para automóveis ( cerca de 70 fábricas). E é agora um bom argumento a nosso favor para conseguir trazer para o nosso país a nova fábrica de carros eléctricos e de baterias. (TESLA)

Mas temos mais argumentos se os partidos que apoiam o governo não iniciarem a campanha negativa do costume.

Depois do Governo ter adiantado que já tinha tido conversações com a Tesla, várias autarquias portuguesas disseram presente e declararam-se interessadas em seduzir a Tesla, como Palmela, casa da Autoeuropa, Mangualde, casa da PSA, ou Torres Vedras.
Entre as vantagens para a Tesla investir no país, encontra-se o facto de Portugal ter muitas horas anuais de radiação solar, ser um dos maiores produtores mundiais de lítio, ou ter vários portos de águas profundas capazes de escoar a produção da marca.

Foi possível há 25 anos atrair uma grande fábrica quando o país não tinha as condições favoráveis que hoje tem . E aqui está um projecto estratégico para o cluster nacional automóvel já existente.

O megaprojecto da indústria automóvel

Temos muito sol ( a fábrica a construir usa energia solar) e grandes fábricas de automóveis, como a AutoEuropa em Palmela e a SPA em Mangualde, bem como lítio (mineral com que se constroem as baterias) bons argumentos para a Tesla, construtora de automóveis eléctricos e baterias escolher Portugal. Temos muitos e bons argumentos mas faltam alguns que bem poderiam constar do menu :  

GabrielOrfaoGoncalves Há 12 horas

À atenção dos nossos autarcas:
A TESLA vai para Espanha, para Barcelona ou para Valência: perto de um porto de mercadorias e de linhas ferroviárias de bitola europeia de transporte de mercadorias. O engenheiro que não é engenheiro, o Sócrates, quis apostar tudo no TGV e nos passageiros. Pôs de parte o transporte de mercadorias e as ligações das linhas ferroviárias de transporte de mercadorias à Europa - para o que tinha de se investir em novas linhas de transporte de mercadorias (25 toneladas / eixo) em bitola europeia. O homem só queria era passageiros, passageiros, passageiros. Hoje não temos nem TGV nem linhas de mercadorias que nos liguem à Europa. E gastaram-se milhões em estudos! A TESLA vai para Espanha e queira Deus que a AutoEuropa não vá também um dia. A AutoEuropa já chegou a utilizar comboios da Alemanha para Portugal e vice-versa, mas chegou à conclusão que com camiões era mais barato. O que não quer dizer que não fique caro. Qualquer dia pisgam-se.