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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Noites brancas de Fiódor Dostoiévski

Quando li a primeira vez o livro ainda não tinha visitado Petersburgo, a cidade que se estende ao longo do rio Neva. A cidade foi construída de raiz pelo czar Pedro, o Grande.

Releio o livro agora depois de ter passeado à luz das suas famosas "noites brancas". Uma luz azulada que nos inunda às duas da madrugada. Também admirei as fachadas das suas casas, os seu edifícios monumentais . Mas as pessoas não andam nas ruas o que torna tudo mais misterioso. Uma cidade à luz do dia sem pessoas.

Encontrei-me com umas jovens a cavalo mas logo me apercebi que andavam à caça de turistas. No hall do hotel ( com 800 quartos) havia alemães e ingleses que beberricavam cerveja. E umas mulheres lindíssimas da noite.

Na verdade, as noites brancas são fantasmagóricas, prendem-nos, não nos deixam ir para a cama. O que leio no livro é uma forma invulgarmente bela de descrever as emoções que uma cidade maravilhosa desperta numa noite que devia ser fria e escura . A luz azulada encontrei-a, anos mais tarde, nos gelos do sul da Patagónia, antecipando o Estreito de Magalhães .

Como diz o grande escritor, o homem, não podendo encontrar o seu lugar no mundo torna-se sonhador.