O que era para correr mal está a correr mal o que era para correr bem também está a correr mal
Já vieram anunciar que vão usar 791,7 milhões de euros da garantia pública e do Fundo de Resolução. Se forem inteligentes, e são-no com certeza, vão continuar a ativar esta garantia este ano e nos próximo três anos até esgotar os 3,89 mil milhões de euros que serão pagos com dinheiro dos outros bancos e com empréstimos do Tesouro.
Esta era a parte que era suposto correr mal. Por isso é que norte-americanos exigiram a tal garantia que funciona como uma espécie de desfibrilhador nas contas do banco. Sempre que o banco contabiliza imparidades e prejuízos, a garantia injeta dinheiro para que a instituição continue a respirar.
A parte que era suposto correr bem era a parte operacional e de negócio do Novo Banco. Só que também esta está a correr mal. A economia está a crescer, os outros bancos já regressaram aos lucros, mas as contas do Novo Banco não respiram saúde. A demonstração de resultados é de uma palidez mórbida que nos leva a pensar que se calhar a Comissão Europeia e o BCP tinham razão quando disseram que a instituição não é viável.