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BandaLarga

as autoestradas da informação

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PCP exige mais 100 000 militantes na Administração Pública

Mais despesa, mais impostos sobre a já elevada carga fiscal, menos investimento público, menos investimento privado, produção de riqueza a estagnar. É isto o que o PCP quer tal como o BE embora este também queira jobs for de boys.

O Estado gordo que presta maus serviços na Justiça com atrasos de anos, no SNS com listas de espera da vergonha, na Educação com más escolas públicas e assim por diante.

Que uma parte significativa dos actuais funcionários se reformem e sejam substituídos por gente mais jovem com outras capacidades e, assim, iniciar-se a reforma da Administração Pública capaz de implementar transparência e acabar com a burocracia, todos compreendem, agora engordar o que já é um monstro só por razões partidárias e ideológicas é a continuação do empobrecimento.

Para já o governo fragiliza as instituições públicas que têm a obrigação de serem independentes e vigiar. Todos os que se opõem são varridos.

Os caminhos da economia digital também passam por aqui

Há que aliviar os custos de contexto que asfixiam a economia portuguesa.

O peso da administração pública nos circuitos empresariais permanece excessivo. E o Estado tarda a cumprir prazos de pagamento aos seus fornecedores, penalizando, porém, implacavelmente quem se atrasa em pagar-lhe o que quer que seja. E tudo isto se passa num país provido das mais avançadas tecnologias e que tem sido frequentemente elogiado em relatórios internacionais por ser um “early adopter”

Estamos tecnicamente muito evoluídos, mas enquadrados numa pesada estrutura estatal que suga recursos das empresas numa multiplicidade de impostos especiais, taxas, seguros de todo o género, certificações variadas, sistemas de controlo interno, tarifas de resíduos sólidos, contribuições audiovisuais, exigências de documentação diversa e mais uma infinidade de custos intermédios que legisladores de diversos matizes políticos se encarregaram de imaginar e pôr em prática ao longo das últimas quatro décadas.

Há que simplificar as regras e agilizar os procedimentos para reduzir custos: só assim conseguiremos atrair investimento de qualidade. O diagnóstico está feito e não é novo. Só falta pôr em prática a terapêutica adequada, e os caminhos da economia digital também passam por aqui.

A greve é um aproveitamento político miserável da fragilidade do governo

O governo está muito fragilizado com as mortes nos incêndios deste Verão. As florestas ainda fumegam e os mortos ainda não estão enterrados e já a Frente Comum sindical se prepara para uma greve nacional.

Os sindicatos não exigem que aqueles que perderam os seus familiares e que agora estão mais sós e pobres sejam auxiliados de imediato. Não, os sindicatos vão exigir mais dinheiro e mais direitos para os funcionários públicos . Sabemos todos que o que se dá à Administração Pública tem que se ir buscar a outro lado qualquer. E como está tragicamente à vista é ao interior, às vilas e aldeias do país pobre que se vão buscar os meios para os entregar a quem já os tem.

No interior do país não há empregos para toda a vida. As pessoas são pobres e idosas e não têm voz para fazer greves e manifestações.

Uma grandiosa greve de solidariedade dos que vivem bem para com os que vivem mal isso sim seria nobre. Mas mais do mesmo ainda com a dor a escaldar a alma do país é uma vergonha.

De um lado o silêncio de quem sofre do outro, a greve de quem se prepara para ter mais quase uma semana de férias. É só olhar para o calendário.

 

São os funcionários públicos os que mais precisam ?

A contabilidade e a mercearia da discussão sobre o orçamento é mais do mesmo. Discute-se a administração pública. Os privados do Douro, do Alentejo, dos têxteis, da hotelaria, não entram na equação.

O problema é que a razão pela qual há tantos trabalhadores portugueses mal pagos no sector privado e no Estado é a mesma: não há dinheiro – embora haja empresários com dinheiro mas sem consciência social da sua função. A economia que cresce 3%, na melhor das expectativas, não chega para tudo. Não chega para melhorar as funções essenciais do Estado em áreas críticas para o futuro como a Educação, a Justiça ou a Saúde e, ao mesmo tempo, para aumentar a massa salarial dos funcionários públicos ao nível das expectativas criadas pelo Governo, pelo Bloco ou pelo PCP. Não é uma questão de vontade, nem de desejo. É a triste realidade de um país que ainda não recuperou sequer a riqueza perdida nos anos da troika. Havendo uma pequena folga, é injusto e imoral que seja integralmente apropriada só pelos que se conseguem ouvir.

 

 

A bomba que se esconde na progressão automática nas carreiras

O governo quer acabar com a progressão automática das carreiras na função pública. E faz bem . É que não é só insustentável financeiramente como é injusto ao tratar todos por igual .Uns merecem progredir outros não. 

Para uma inflação de, digamos, 2% o aumento de salários deveria andar pelos 2,5/3% mas a massa salarial anda sempre pelos 4/5% . A progressão automática nas carreiras destrói qualquer equilíbrio orçamental . E todos os anos a este aumento acumulado muito superior ao aumento da economia soma-se mais uma parcela.

Se bem me lembro foi Cavaco Silva, o homem que nunca se engana nem tem dúvidas, que introduziu esta bomba atómica na massa salarial da administração pública. Pelos vistos vai chegar ao fim e ser substituída pela avaliação . Que dirão a isto os sindicatos o PCP e o BE com o seu particular populismo ? Também é verdade que a progressão automática nas carreiras está há vários anos congelada ( não haver dinheiro tem destas coisas obriga a olhar e reconhecer os problemas ) . 

As coisas são como são e o que tem que ser tem muita força. De vagar, devagarinho, o que é sensato vai ganhando terreno .