Governo não foi demitido por falta de alternativa
O desastre após Pedrógão foi de tal forma uma imagem fidedigna das políticas do actual governo que não foi demitido exclusimente por não haver oposição.
Desde Pedrógão até 15 de Outubro o governo andou a negociar os apoios com PCP e BE não andou a governar . Nas negociações com os partidos da extrema esquerda não cabe a governança do país mas o equilíbrio da geringonça. Garantir o equilíbrio entre os três partidos profundamente abalado com os resultados das autárquicas.
As diferenças entre PS, PCP e BE são tão profundas que a partir de um certo nível não são conciliáveis. E a economia patina, a dívida cresce e o défice ( estrutural) tarda a descer.
O silêncio do BE é demonstrativo da dificuldade que o partido tem em se apresentar ao povo de cara lavada. Não tem uma única contribuição para a reforma da floresta nem de qualquer outro sector. Exige dinheiro para os seus apoiantes. É isto governar ?
Por parte do PCP o entusiasmo não é nenhum já quis foi saber de onde vem o dinheiro não vá a origem ser dos seus avanços.
“É aí que, acho, impende uma espada a António Costa que necessariamente o vai levar a actuar", indica o jurista Nuno Botelho para quem “se quebrou a relação de confiança entre o estado e os cidadãos. Se pensarmos bem os actos terroristas, este ano, na Europa fizeram menos mortos que Pedrogão e o último domingo juntos”, alerta Nuno Botelho.