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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Em 2011 os taxistas cercaram o aeroporto na Grécia

A razão foi a mesma. Proteger um monopólio, uma associação de interesses e impedir a inovação do sector :

"Durante muito tempo, o Estado permitiu que um número limitado de indivíduos e de empresas explorasse, em regime de exclusivo, o transporte público individualizado nas grandes cidades. Os preços eram tabelados, os profissionais vigiavam-se mutuamente, e ninguém inovava. Como os seus porta-vozes lembraram, os taxistas prestavam um “serviço público”. Eram, de facto, concessionários de um monopólio estatal. Para entrar no meio, era preciso investir na autorização legal e depois integrar-se nos costumes e rituais da corporação. Como em todos os “serviços públicos”, o próprio prestador, o seu posto de trabalho e o seu conforto tornaram-se a principal razão de ser do serviço. O utilizador passou a ser frequentemente tratado como um incómodo, segundo o costume das repartições públicas. Daí essa figura característica do “taxista”, de que toda a gente tem histórias. Daí, também, o seu “espírito de classe” e a sua cultura peculiar, que só existe porque o Estado, ao reprimir a concorrência, dispensou as empresas e os seus empregados de mimarem os utentes e até às vezes de os servirem bem, deixando-os à vontade para manifestarem todas as suas idiossincrasias. É significativa, a esse respeito, a enumeração dos objectivos da actual campanha por um dos líderes do sector: “defender postos de trabalho” e o “símbolo histórico e cultural do táxi”.