Aceitar o direito de escolha na saúde e negá-lo na educação
No mesmo governo, o ministro da educação nega o direito de escolha da escola às famílias e o ministro da saúde faz do direito de escolha do doente a grande reforma do SNS.
“A arma [para os serviços de saúde cativarem os utentes] é a qualidade, é o desempenho e a transparência. Temos de ter um Serviço Nacional de Saúde (SNS) exigente consigo próprio e que gosta de ser avaliado”. O contrário do que pensa o ministro e a secretária de estado da educação que não se importam de ser avaliados por quem quer a educação centralizada e em circuito fechado.
Na saúde trabalha-se para uma maior autonomia de quem está no terreno, na educação entregam-se as escolas a quem não sai dos gabinetes do ministério e da sede da Fenprof.
De acordo com o ministro, estão ainda a ser feitos “os estudos necessários”, mas as primeiras medidas serão ensaiadas a partir de abril, quando forem assinados os primeiros contratos-programa com os hospitais.
Esta livre escolha deverá estar a funcionar em pleno daqui a dois, três anos. Mas não se julgue que há aqui uma trapalhada porque não há . O BE já começou a dizer que é preciso destruir a oferta privada na saúde. O argumento é o mesmo. Quem quer bons serviços paga-os.