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BandaLarga

as autoestradas da informação

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PCP e BE não querem participar na reconstrução do interior

A grande preocupação do PCP e do BE é de onde vem o dinheiro que vai ser encaminhado para o interior do país. Das suas clientelas políticas é que não pode ser . Talvez deixando crescer o défice, ou fazer mais cativações ou mesmo desorçamentar a Saúde.

O impacto da devastação florestal deste ano não só terá um efeito mortífero na economia de subsistência das regiões do interior, como também nas pequenas indústrias de derivados da madeira que se perderam nos incêndios.

A solidariedade nacional obriga a que nem sequer se questione se existem verbas no Orçamento de Estado para acorrer a tamanha tragédia. As únicas excepções são infelizmente algumas forças políticas que, não tendo representatividade política nas regiões afectadas pela catástrofe, estão muito preocupados em saber de onde vem o dinheiro, pois não estão dispostos a contribuir para o esforço de reconstrução nacional exigido a todos. E não apenas a quem mais paga impostos.

Há tanta gente a mudar o discurso sobre Costa

Nicolau Santos há uns meses atrás entoava loas a António Costa e ao governo. Era o crescimento da economia, era o crescimento da Zona Euro, o desemprego que descia e os juros que baixavam. De um momento para o outro começou a duvidar do primeiro ministro.

Agora diz que o futuro é cheio de dificuldades para António Costa, 2017 e 2018 não vão continuar os bons resultados de 2016 e que, entalado entre Marcelo e as cada vez maiores exigências de PCP e BE, vai precisar de " nervos de aço".

O que Nicolau Santos começou a ver é que o crescimento da economia é o resultado das circunstâncias, não é estrutural, já está a reduzir. Que a dívida não desce e a redução do défice já está a ser criticado pelos seus apoios à esquerda.

A discussão da moção de censura mostrou isso mesmo. PCP e BE não se coibiram de criticar duramente o governo pela inabilidade, fragilizando-o para iniciar uma escalada de exigências com impacto no aumento da despesa e tornando mais dificil o orçamento para 2018.

Estamos naquela triste fase da parábola do leão moribundo até os burros lhe dão coices.

Leia aqui o que Nicolau dizia há bem pouco tempo

A dívida vai continuar a subir em 2018

Se é em relação ao PIB vai descer mas se a relação é entre valores absolutos então vai subir. E como a média europeia da dívida anda à volta dos 80% e a nossa anda nos 132% então não há dúvida nenhuma que a nossa é mesma alta e vão ser precisos 20 anos para chegar a um valor razoável. O resto é retórica a que o actual governo nos habituou.

“Se há coisa que não vai diminuir em 2018 é a dívida, vai subir. Vamos ter um défice de 1% do PIB, são 1700 milhões de euros que vai ser preciso ir buscar ao mercado. Há operações que o governo pode ter de fazer, não sei se fará alguma na CGD, que aumentará a dívida (…). O peso da dívida no PIB vai diminuir, mas lá está: o ministro das Finanças talvez pudesse ser mais rigoroso quando fala destas coisas (…). Dívida é uma coisa, o peso no PIB é outra. É bom que desça o peso no PIB, do meu ponto de vista era bom que a dívida não subisse. Mas vai subir”.

Contudo, tendo apenas por base as projeções do Governo, e tomando-as como certas, a única conclusão a que se chega é que a dívida pública em valor absoluto vai aumentar este ano, em relação a 2016, e vai também aumentar no próximo ano, em relação a 2017.

António Costa tem medo do presidente da associação dos bombeiros ?

Vi na televisão senão não acreditava. O primeiro ministro ouviu ameaças gritadas do Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros. E nem mexeu os olhinhos .

Não brinque connosco, olhe que nós não temos medo, pomos tudo em pratos limpos, paramos tudo...e, neste tom do alto do Congresso Nacional dos Bombeiros, paralisou António Costa.

Qualquer outro teria, no mínimo, abandonado a sessão mas, Costa, ouviu sem pestanejar até ao fim e depois lá fez o discurso habitual que agora é que é, não vai faltar dinheiro, nem os aviões da força aérea. E por falar de aviões depois de sabermos que a Força Aérea tem aviões equipados com equipamento que detecta os fogos ainda no início de dia ou de noite, então é que o país devia obrigar a que o Primeiro Ministro explique bem explicadinho porque face à previsão medonha não deu ordem aos militares para porem os aviões no ar.

António Costa está a viver um pesadelo, melhor do que ninguém sabe que perdeu a confiança dos portugueses, nada será como antes e, por isso, anda tolhido pelo medo. O sorriso prepotente desapareceu e deu lugar ao desassossego.

Um Primeiro Ministro ouvir o que ouviu Costa sem se indignar e colocar o adversário no seu sítio, deixa muitas dúvidas. A primeira de todas é se o PM tem medo da poderosa associação dos bombeiros e porquê.

Forças Armadas europeias a caminho

A terceira maior reforma global europeia está a caminho - as forças armadas europeias. Portugal participa na preparação e organização mas PCP e BE estão contra como seria de esperar.

E como também estão contra a NATO ficamos sozinhos ou acompanhamos a China ou a Rússia.

É mais uma profunda divergência entre os partidos que compõem a geringonça e que não se vê como pode a habilidade de Costa anular.

Para uns, é a maior reforma europeia desde a criação do mercado único e da moeda única. Para outros, é uma antecâmara para um exército europeu. Consensual é que não é. Nem na direita, nem na esquerda

O PCP diz que se trata de transferir uma parte da independência do país para a esfera europeia e o BE diz que prefere que o dinheiro seja gasto na floresta. Ambos esquecem que Portugal fora ficará também fora do desenvolvimento e investigação quer na área civil quer na militar.

Os partidos da extrema esquerda que o PS levou para o governo estarão sempre contra a União Europeia e a Zona Euro e o PS vai ter que desatar o nó. Mais tarde ou mais cedo.

 

Dividir a Espanha para dividir a União Europeia

O PCP já tomou posição. É a favor da independência dos povos e devem ser estes a escolher em liberdade o seu caminho. Todos somos se forem estas as razões mas, o que vimos, é que há muitos povos há muito tempo a lutar pela independência ou até por um território mas o PCP não está ao seu lado.

As "condições objectivas" no típico linguarejar dos comunistas e na sua convicta luta de classes, quer dizer que nuns casos estão a favor noutros casos estão contra.

Na Catalunha estão a favor da independência porque desmembrar a Espanha é o inicio do desmembramento da União Europeia . Dividir para reinar . Velho como o mundo. E essa é a razão que leva os comunistas a estar sempre ao lado dos povos europeus que lutam por mais autonomia ou por mais independência.

A independência do povo catalão seria abrir as comportas do dique e submergir a União Europeia .É esse o objectivo e não o nobre objectivo da liberdade.

Espanha encontrará uma forma - Estado Federal? - em que a sede de mais autonomia será apaziguada - de catalães, de bascos, de galegos...

Catalunha : adeus Madrid olá Bruxelas

A força centrípetra de Bruxelas e a integração no espaço Europeu faz revigorar os anseios independentistas de alguma nações. Em Espanha, na Itália, na Bélgica, no Reino Unido, não esquecendo o punhado de nações que estavam integradas na União Soviética pela força dos tanques e que se declararam independentes logo que puderam.

A nação é um conjunto de pessoas que comungam uma mesma língua, a mesma cultura e o mesmo território . Um país é uma nação juridicamente e politicamente organizada.

Então, perguntavam-me os velhos patriotas catalães que vendiam recordações ( em catalão ou em inglês em espanhol não temos) nas ruas de Barcelona : se podemos falar directamente com Bruxelas a que título é que Madrid fala por nós ? É por entregarmos 90% do que produzimos a Madrid e que no todo representa 20% do PIB espanhol ? E depois Madrid recebe os subsídios europeus e distribui-os segundo critérios políticos que nos prejudicam sempre ?

E, sim, Portugal deve-lhes a independência, porque Leão e Castela, atribuindo maior valor estratégico à Catalunha enviou para lá o escol das suas tropas e, para Portugal, enviou o que restava, um exército reduzido e mal equipado. Na Catalunha o exército espanhol ganhou e subjugou a rebelião mas em Portugal perdeu.

Numa das minhas visitas de trabalho a Barcelona fui acompanhado por um madrileno . Pois bem, tive que me meter entre os dois (entre o madrileno e o catalão) para evitar que chegassem a vias de facto. E, no último dia, recebido pelo ministro da saúde da Catalunha ouvi-o dizer pausadamente enquanto me oferecia uns livros : em catalão e em inglês, em espanhol não temos.

Mas o ministro era muito mais novo que os velhos patriotas que encontrava nas ruas.

Para quem está de fora é difícil com honestidade tomar partido. Quanto a mim, convicto europeísta, sinto-me mais seguro com uma Grande Espanha.

 

O PCP deseja um governo PS/BE

É cada vez maior o incómodo do PCP em pertencer "à solução conjunta" e o resultado das autárquicas intensificou as exigências. Entre críticas ao governo por causa dos incêndios e as greves o PCP já está a preparar o retorno à sua natureza de partido de protesto.

Sobre a possibilidade de o partido vir a integrar um futuro Governo do PS, o líder do PCP considera que existem "problemas objetivos", como as posições do PS sobre a União Europeia e o euro, que "a não serem alterados, removidos" impedem esse cenário e chama a atenção que, "tanto os setores da direita política como da direita económica", parecem preferir quadros ou de maioria absoluta do PS ou de uma aliança entre socialistas e bloquistas, sem o PCP.

E quem é que ousa considerar que o PS alguma vez coloque em cima da mesa as suas posições sobre a União Europeia e o euro ? O PCP sabe-o melhor  que ninguém e por isso já navega águas que sabe não serem suas. Deixar o barco é agora a sua maior ambição mas não quer saltar fora sem antes obter o maior benefício possível para as suas exigências. 

As eleições sejam ou não antecipadas dar-lhe-ão o pretexto razoável para não ser responsabilizado pelo abandono.

Não foi Marcelo que abalou o governo foi a realidade

Marcelo apenas fez o resumo e tirou as conclusões. O governo está a bater de frente com a realidade . Fácil, mas errado, é em tempos positivos fazer mais despesa em vez de poupar para enfrentar a crise que mais tarde ou mais cedo chega aí. Descongelar as carreiras na Administração Pública é armar uma bomba ao retardador. A massa salarial vai inchar sempre acima da inflação e da produtividade até rebentar . Não é uma opinião é um facto.

O governo tem a imagem de que está tudo muito melhor mas é na conjuntura é à superfície . Quem governa para o presente com o único intuito de dar boas notícias está sempre sujeito a que as coisas corram mal ( o governo já está no poder há dois anos). Quem governa para o futuro encontra soluções estruturais e está preparado para o que corra mal.

O PCP e o BE esqueceram quase tudo o que diziam enquanto oposição e engoliram os sapos que tinham que engolir. O mesmo com o PS . Uns e outros para segurarem a ténue coesão que os mantêm ligados à máquina

 E o défice já é a última prioridade, até agora as pessoas isoladas e pobres do interior é que eram a última prioridade.

Meu Deus tanta hipocrisia.

Ganhar no PSD e perder no país

Não parece boa ideia e serve de pouco ganhar no partido e perder no país. Como lembra e bem Rui Rio, Santana Lopes foi o indicado depois de Luis Montenegro e Rui Rangel .

Santana Lopes é a quinta vez que se candidata a presidente do partido e tem no seu curriculo a única vitória por maioria absoluta em legislativas do PS com Sócrates.

Com estes pergaminhos, o candidato deve cotejar a sua aceitação junto da população portuguesa . Só assim servirá o PSD e o país.

Há uns meses esteve indisponível para se candidatar à Câmara de Lisboa, as sondagens disseram-lhe que perdia. Não avançou. Agora está a olhar para dentro do PSD e mudou de opinião. Mas está avisado, ganhar o partido e perder o país não serve de nada.

Não faltarão sondagens que revelarão esse equilíbrio de forças, para já, as duas sondagens conhecidas dão Rui Rio à frente entre os portugueses. Uma com uma pequena vantagem mas outra com uma grande vantagem. Vamos ver o que nos trarão as próximas e com esses resultados os "laranjas" saberão bem ao que vão.

Não haverá desculpas nem refúgio .

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