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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Uma mão cheia de nada

A Autoeuropa durante mais de vinta anos foi um oásis de paz laboral, bom desempenho competitivo, boa produtividade, trabalhadores a usufruirem de condições remuneratórias  e complementares muito acima dos outros trabalhadores portugueses.

Face a este cenário o que tem o PCP/CGTP para oferecer aos trabalhadores ?

Precariedade, insatisfação laboral, greves, falta de trabalho, deslocalização da produção e, por último, deslocalização da própria fábrica e consequente desemprego. Alguém tem dúvidas ?

Cabe na cabeça de alguém que uma multinacional com o impacto que tem na economia, seja de que país for, vai agachar-se perante os estalinistas portugueses ? O que é que estes estalinistas têm para oferecer de bom aos trabalhadores, à fábrica, ao país ? ZERO!

Sendo isto claro, do que se trata então ? Trata-se de uma guerra política. Na fábrica com o BE. No orçamento com o governo. Fazer prova de vida depois de andar dois anos a engolir sapos atrás de sapos.

Trabalhar um sábado - rotativamente e compensado com um dia semanal - é injusto, nunca visto ? Que dirão a isto os médicos e enfermeiros nos hospitais só para dar este exemplo ? E são trabalhadores mais e melhor instruídos, com uma pressão laboral muito superior e ganham menos - embora os comunistas achem que não, mas há uma grande diferença entre tratar seres humanos e montar automóveis.

Os sindicalistas estalinistas da CGTP não têm nada para oferecer aos trabalhadores da Autoeuropa . De uma participação de 75% dos trabalhadores desceu-se num ápice para 41% de adesão dos mesmos trabalhadores . Parou-se a produção ? Grande coisa, basta faltar um operário numa linha de montagem para a parar. Tal como num Bloco operatório basta faltar a enfermeira instrumentista ou outro elemento da equipa para que a operação não se faça.

O que me deixa entre o divertido e o preocupado é que, estes comunistas, que amam o comunismo acima de todas as coisas, incluindo os trabalhadores, considerem que uma mão cheia de nada engane durante o tempo todo os tais 41% que aderiram.

Os trabalhadores deviam ter o direito de chamar à responsabilidade, incluindo criminal, todos aqueles que por razões ideológicas os empurram para aventuras trágicas. É que lá para o fim, daqui a uns anos - poucos- torna-se verdade o que um deles dizia na televisão. Não sou trabalhador sou dirigente sindical.

 

Votar de braço no ar como no PREC

Sem voto secreto dá nisto . 75% votam a favor mas depois só aderem 41% . Temos o PREC e as suas boas práticas de volta.

Esta diferença é a dimensão do medo . Uma votação controlada pelos sindicatos populistas e que cumprem uma missão política e uma participação individual segundo o querer livre de cada um.

Os sindicalistas exultaram com a marcação da reunião para 7 de Setembro julgando que participariam nas negociações. Nada mais errado . A empresa já fez saber que não larga mão do trabalho ao sábado e que só negoceia com a Comissão de Trabalhadores .

Os sindicatos pressionam para que as negociações sejam marcadas para já, assim tentando marcar a agenda mas a administração só o fará depois de 3 de Outubro já com nova Comissão de Trabalhadores eleita.

Este bloqueio no setor automóvel “vem colocar na ordem do dia a necessidade de rever a lei da greve quanto às condições que devem legitimar a sua convocação e quanto à necessidade das decisões serem tomadas por voto secreto”.

Entretanto, o governo tão lesto a atacar a ALTICE/PT desapareceu em combate. Faço ideia do que se passará entre governo e a administração da empresa e entre o PS, BE e PCP no plano orçamental.

António Costa perdeu o pio não pode nem deve desagradar à mais importante empresa do país mas também não pode desagradar aos seus parceiros na geringonça.

A geringonça foi desenhada para corresponder a uma situação de curto prazo, sem uma estratégia de médio e longo prazo. O PS quer cumprir os ditames da União Europeia, PCP e BE querem exactamente o contrário . E, com a economia a crescer em todo o espaço europeu, não há como não cumprir o Tratado Orçamental inimigo de estimação dos dois partidos da extrema esquerda.

Para além de tudo isso, há uma guerra particular entre PCP e BE com vista ao controlo dos operários que nos últimos 20 anos tem sido reserva do BE e que permitiu paz laboral, elevada produtividade e uma significativa importância na economia nacional.

Mas para o PCP/CGTP nada disso é importante

António Costa a chamar o diabo

Foram os incêndios, o roubo de Tancos, as cativações, o défice externo, a dívida e agora a PT e a Autoeuropa. E o discurso de verão.

Concebida para resistir o tempo possível, a actual solução de Governo está presa à sua transitoriedade original e dificilmente poderá projectar o país para tempo algum a não ser o do quotidiano. Nem o “optimismo crónico e às vezes ligeiramente irritante” de António Costa chega para apagar a imagem de que é um primeiro-ministro limitado pela sua minoria no Parlamento e pela necessidade de negociar com partidos que, na economia pelo menos, falam uma língua diferente. O modelo poupa-nos à instabilidade política, o que é uma dádiva, mas não dá para muito mais. O equilíbrio entre as pressões de Bruxelas e as exigências dos seus parceiros obriga a que o imediatismo tenha prioridade sobre a visão a prazo. Com greves como a da Autoeuropa, com palavras como investimento, risco, exportação, competitividade ou produtividade cada vez mais distantes do quotidiano, vai-se vivendo um dia de cada vez. O diabo, é certo, não está ao virar da esquina, mas foi num manto de lassidão assim que o défice, a dívida e a troika encontraram o ecossistema ideal para prosperar.

Conflito na Autoeuropa é mais um reflexo da geringonça

Maria Luís Albuquerque :

Invocando a reversão das concessões a privados no setor dos transportes, a deputada do PSD diz que só “alguém desatento ou otimista acharia que o PCP ficaria por aqui”. Defendendo que o combate à iniciativa privada “faz parte da cartilha dos partidos de extrema esquerda”, Maria Luís diz que era uma questão de tempo até surgirem mais sinais dessa estratégia. Para a ex-ministra, o conflito laboral na fábrica de Palmela, é “mais um reflexo da geringonça e do preço que António Costa impõe ao País para ser primeiro-ministro sem ter sido eleito”.

Maria Luís denuncia o “silêncio e a cumplicidade” do PCP e do Bloco de Esquerda face à queda do investimento público e do “estrangulamento de serviços públicos”. Argumenta que é a troco da aprovação dos orçamentos do Estado, permitindo à “CGTP que se instale onde até hoje não tinha conseguido entrar”. Quanto ao PS, vai continuar a reclamar os méritos ...

Na Autoeuropa menos de metade dos trabalhadores aderiram à greve

Uma adesão histórica segundo os sindicalistas não chega a metade dos trabalhadores ( 41%). E, ao contrário do que os sindicalistas quiseram fazer crer a administração tornou a sublinhar que não negoceia com sindicatos.

 

A fábrica liderada por Miguel Sanches garante que não recua no trabalho ao sábado e que não negoceia com sindicatos, só com a comissão de trabalhadores.

A fábrica liderada por Miguel Sanches garante que só vai voltar à mesa de negociações com a nova comissão de trabalhadores, que vai ser eleita a 3 de Outubro.

Mas como a fábrica quer continuar a ouvir todas as partes envolvidas vai ouvir os sindicatos a 7 de Setembro mas não negociar. O objectivo da administração é assegurar o cumprimento de todas as encomendas dos seus clientes nos prazos acordados.

A verdade a que temos direito.

A Catarina faz bem em estar preocupada

"A greve na Auto-Europa não é nenhum conflito laboral, muito menos um acto heróico de defesa dos direitos dos trabalhadores. É tão-só o PCP a mostrar a António Costa (e ao BE) o seu (do PCP) imenso poder. A fábrica e os seus trabalhadores são meros peões na estratégia política do PCP e moeda de troca no seio da geringonça. E deve ser levado a sério. Em tempos, que muitos ainda recordarão, o PCP não hesitou em destruir o rico tecido industrial da península de Setúbal, provocando desemprego e miséria em massa, para mostrar quem manda naquela região."
Paulo Milheiro da Costa

A vitória de Pirro da CGTP na Autoeuropa

Torres Couto sublinha o que é evidente. A CGTP tomou as rédeas do poder na Autoeuropa e o intuito é ganhar espaço negocial em relação ao PS e ao BE .

Alguém acredita que a CGTP vai conseguir impor a sua vontade a uma empresa alemã que representa 1% do PIB nacional e que dá emprego a mais de 3 000 trabalhadores, não contando com as mais de 70 fábricas fornecedoras ?

Pouco se falou disso mas os trabalhadores das empresas fornecedoras já manifestaram a sua discordância com a greve.

Perante a hipótese de a empresa deslocalizar parte da produção para outro país, o sindicalista embatucou e ficou-se por um "... se a administração não quiser negociar..." .É esta a segurança que os sindicatos comunistas oferecem aos trabalhadores. A decisão de a empresa sair de Portugal está agora totalmente na mão da administração.

Num estado de direito, os sindicalistas deviam ser responsabilizados criminalmente pelas consequências do seu populismo e de usarem as empresas para servirem a política do PCP. Ante uma empresa que garante trabalho bem remunerado o que é que os sindicalistas oferecem ?

Torres Couto considera que se trata de uma "jogada política clássica" a que assistiu enquanto líder da União Geral de Trabalhadores, mas alerta que na sequência destas "jogadas" houve sempre um perdedor: "Os trabalhadores destas empresas que acabaram por ir para o desemprego e essas empresas perderem a sua importância e estratégia".

António Costa paga preço na Autoeuropa

O que se está a passar na Autoeuropa com o assalto da CGTP à co-gestão, é o inicio do pagamento que Costa vai ter que suportar. E não por acaso é agora enquanto se discute o orçamento para 2018.

A administração da empresa alemã não aceita negociar com os sindicatos. A Comissão de Trabalhadores é a fidedigna representante dos trabalhadores. Sempre foi assim na Autoeuropa, os trabalhadores mais do que ninguém sabem-no. Não podem apresentar desconhecimento dos argumentos que a administração apresentou na casa-mãe alemã para conseguir trazer para Palmela a produção da nova viatura.

António Chora, o histórico presidente da Comissão de trabalhadores agora na reforma, manifesta toda a sua estupefacção. Ele melhor do que ninguém sabe o que foi preciso negociar para conseguir ganhar a produção do novo carro depois de nos últimos dois anos a actividade da empresa ter caído acentuadamente. E diz, precisamente, o que é evidente para todos. Trata-se do assalto ao castelo por parte da CGTP .

.  A posição dos sindicatos afectos à CGTP mostra bem que não é possível estar no governo apoiado pelo PCP e, ao mesmo tempo, ter uma governação pró-União Europeia . O PCP e o seu braço sindical são convictamente adversários da União Europeia e nisso não transigem, embora tenham que engolir pequenos sapos no percurso. Mas no esssencial o PCP será o que sempre foi.

Como sempre foi dito, o apoio do PCP e do BE, não passou de um passe de mágica para transformar uma derrota eleitoral numa vitória . Passado o foguetório ambos os partidos da extrema esquerda representam a maior limitação à governação do actual governo .

Só não vê quem não quer .

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Os funcionários do ministério da verdade

Ricardo Araújo Pereira já ridiculizou o processo das menin@s e dos menin@s

Não são os primeiros - nem serão os últimos - a querer impor-nos um pensamento único e politicamente correto e a subserviência ao sacrossanto Estado, que tudo controla e tributa e sobre todos dispõe, em nome de todas as "boas razões". Um Estado cada vez mais de causas, lesto a reagir de cada vez que o "manual de boas práticas" é alegadamente violado, mas que falha de forma grosseira na hora de proteger as pessoas, seja ao nível da prevenção, seja quando ocorrem catástrofes.

 Dia após dia, o pensamento único e politicamente correto é-nos servido como a nova verdade absoluta, saída de um laboratório sociologicamente certificado e produzida por mentes devidamente formatadas pela leitura dos mesmos escritos e superiormente orientadas pelos mesmos mestres.

 

 

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