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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Novo hospital de Lisboa substitui seis antigos hospitais

Já aí anda o projecto de concepção/construção do novo hospital Oriental de Lisboa. Mais uma PPP na saúde, desta vez com a parte privada ligada à infraestrutura e a gestão a instituições estatais. O contrário da primeira experiência com o Hospital Amadora/Sintra. Propriedade do Estado e gestão privada. 

De acordo com as linhas gerais do projecto, apresentadas na passada terça-feira, o lançamento do concurso público internacional para a PPP terá lugar no "início do segundo semestre" deste ano (ou seja, a partir do corrente mês de Julho), estando previsto que as obras estejam em curso no início de 2020, com a abertura a ser apontada para 2023, ou seja, dentro de seis anos.

"O risco privado está essencialmente associado à construção da infra-estrutura hospitalar e à sua manutenção, de forma a assegurar a sua disponibilidade para a prestação os serviços clínicos integrados no SNS, que ficará a cargo de entidades públicas", acrescentam os técnicos.

O hospital Oriental de Lisboa vai substituir os actuais hospitais dos Capuchos, São José, Santa Marta, Curry Cabral, Dona Estefânia e ainda a Maternidade Alfredo da Costa. Em entrevista à Lusa, no final de Junho, o ministro da Saúde adiantava que "uma parte do São José ficará como hospital de proximidade, para servir aquela população mais idosa e que beneficiará muito de estar nos bairros antigos à volta" deste hospital.

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Os grandes negócios do estado : recebe agora e paga depois

Rudolfo Rebelo

6 h ·
 

Então o "negócio" de Costa, acertado com meia dúzia de empresas (EDP...), sob a capa da "reavaliação de activos", é assim: o Fisco recebe 312 milhões de euros entre 2016 e 2018 e, depois, perde 679 milhões de euros entre 2019 e 2026.
Quer isto dizer... o Estado perde, brutos, 367 milhões de euros em 10 anos. Se isto fosse um empréstimo, significaria que o Fisco paga 15,5% em juros... quando o Estado paga 3,2% nos "famigerados" mercados.
Um "esquema" consciente. As próprias contas de Centeno (!!) confessam que o Estado perde dinheiro...
Tudo para ajudar a safar o défice até 2018. A EDP, cobra ao Estado juro de 15,5% e, limpinho, leva metade deste lucro.
Aqui está uma "renda excessiva", superior (muito mais) às PPPs, com as assinaturas documentais da Mortágua (O MP talvez pudesse ver o que se passa com apoios da Fundação EDP a família de teatros...) e PCP.
P.S. Claro, quem quiser ler isto (fonte UTAO) não é no jornal do Paulo Baldaia.

Bébés e turistas cativados

Filas de espera que chegam a três horas para os passageiros que chegam ao aeroporto . Blocos de partos fechados em vários hospitais como na Maternidade Alfredo da Costa e no Hospital de S. João no Porto.

Razões ? Falta de pessoal. No Serviço de Fronteiras faltam 200 agentes já solicitados mas que o governo cativou . Nos hospitais faltam enfermeiros e os que há reivindicam melhores condições e pagamento das horas extra.( cativados)

De repente as cativações saltaram para cima da mesa. Razão ? A corrente discussão do orçamento para 2018, não se pode perder a oportunidade, há que fugir às cativações que foram caladas até agora. Aumentos de salários e pensões dos funcionários públicos não chegam, PCP e BE têm que recuperar a credibilidade.

Não sabiam das cativações como se o dinheiro caísse da árvore das patacas.

 

Com a austeridade nos serviços públicos me enganas

O aumento dos salários da função pública e das pensões foi feito à custa da austeridade degradando os serviços públicos . Mil milhões de cativações foram o instrumento.

Não é crível que PCP e BE não tenham visto . Menos ainda os sindicatos da função pública. E os fornecedores que viram os pagamentos atrazarem-se e sentiram a devolução frequente de facturas. Todos sabiam mas nenhum se atreveu a dizer que o rei ia nu. As razões são simples de entender.

O Banco de Portugal e a Comissão das Finanças Públicas avisaram mas foram sempre cercados pela propaganda governamental . Não é por acaso que Carlos Costa ( o do banco de Portugal ) e Teodora Cardoso ( a presidente da Comissão de Finanças) foram e são os inimigos de estimação. E as Agências de Notação que não vão na cantiga e mantêm a dívida no "lixo" ( a tal que não cessa de crescer)

O governo prefere o curto prazo, os votos dos funcionários públicos, ao longo prazo, os bons serviços públicos . E o investimento ( a falta dele) também só se sente no longo prazo.

Entretanto, espera-se que a economia cresça à boleia da recuperação da Zona Euro e do Turismo. No final logo se vê, é esta a estratégia do primeiro ministro ( quem vem atraz que apague a luz)

"A Conta Geral do Estado de 2016 revelou que tinha razão quem alertou para a impossibilidade de aumentar os salários da função pública e, ao mesmo tempo, reduzir o défice orçamental na fase da recuperação em que estávamos. Todos estavam a olhar para a despesa que o Governo dizia que ia fazer, inscrita no Orçamento do Estado aprovado na Assembleia da República. Como sempre se fez. As análises e comentários foram sempre realizados tendo como referência esse documento. Nunca passou pela cabeça de ninguém que as cativações se transformassem em cortes efectivos daquela dimensão, o valor histórico de 942,7 milhões de euros."

Este governo vive da propaganda

Portugal saiu do Procedimento dos Défices Excessivos o que foi tomado como uma grande vitória só possível pelo génio de António Costa.

" Moscovici sublinhou que, “em 2011, 24 Estados-membros [da EU] estavam sob PDE”, e, “após a saída da Grécia, restarão três países da UE em défice excessivo: o Reino Unido, que não é da zona euro e é mesmo candidato à saída da UE, França e Espanha, cujos défices deverão ficar abaixo dos 3% este ano ou no próximo, o mais tardar”.

Por outro lado, prosseguiu, “olhando globalmente para os números, o défice médio da zona euro era de 6% em 2010 e de 1,4% previsto para este ano”.

Como é fácil de ver o foguetório da saída nada ou pouco tem a ver com as políticas do actual governo. A não ser que os tais 21 países que saíram do Procedimento de Défices Excessivos devam tal feito à geringonça. 

 

António Costa vai ser julgado pelo que fez e não pelo que diz que fez

Os parceiros do PS todos os dias acordam com um pesadelo. As sondagens que os remetem para o fundo da tabela. As cativações que deixam os serviços do estado numa calamidade.  A prossecução dos objectivos europeus que tanto abominam .

E até as boas notícias resultam de a Zona Euro estar a viver um bom momento. O BCE mantém o país fora do "lixo" . A economia cresce à boleia das exportações ( essa treta)  e do Turismo ( essa praga ) . E o desemprego desce mas continua nos 9% .

A dívida que só depende de nós é que não desce e os juros que dependem da capacidade de pagar a dívida são dos mais elevados. Isto apesar da cobertura do BCE. E o investimento está metido na gaveta . Isto tudo depois de a meio do ano o governo ter abandonado o seu programa ( consumo interno).

Será Costa capaz de manter esta aura de estadista por muito mais tempo ? No último mês o que se viu foi um governo sem liderança, um primeiro ministro de férias e uma ópera-bufa de cativações e de contradições.

E o BE e o PCP abandonaram de vez as suas tentações separatistas da UE e da Zona Euro ? É que apoiar este governo e estas políticas significa que perderam politicamente em toda a linha .

Eu não me queixo bem pelo contrário só tenho pena que seja tão poucochinho .

 

Nas boas escolas públicas não entram alunos pobres

Os moradores do Arco Cego onde está a boa escola pública Filipa de Lencastre, queixam-se que os seu filhos ficam de fora por falta de vagas.

Toda a gente sabe qual é o truque. Quem pode comprar uma morada ali no bairro compra. Quem tem um amigo morador no bairro pede-lhe a morada por empréstimo . Quem não tem dinheiro nem amigos endinheirados que morem ali no bairro chique, não entra.

E é assim por esta Lisboa como será em todo o país. Numa boa escola pública não entra filho de pobre. E, é claro, que as boas escolas privadas estão cheias de alunos ricos e remediados. Mas há solução. Fechem-se as más escolas e apoiem-se as boas. Públicas ou privadas.

Se o discurso oficial colasse à realidade - escola pública dá oportunidades iguais para todos - só existiriam boas escolas mas, como se vê na notícia do Público, a realidade é bem diferente . A escola pública em Portugal ajuda a eternizar as desigualdades, não é um factor de justiça social e muito menos um ascensor social .

Na Educação, há muito prisioneira dos sindicatos comunistas, a ideologia prevalece e não tem em conta o interesse dos alunos.

Moro aqui neste recanto de Lisboa há 40 anos e sempre foi assim. Os alunos que vivem nas barracas ou nos bairros sociais frequentam as más escolas existentes .

Os restantes frequentam as boas escolas públicas aqui ao redor ou pagam os bons colégios privados.

É assim não é de outra maneira. A secretária de Estado que andou a fechar as boas escolas em associação tem as duas filhas no caro colégio alemão.

 

O material de guerra roubado não vale nada e as vítimas do fogo já estavam mortas antes de arderem

AFINAL | ROUBAR material, mesmo se 'usado' ou para abate futuro, dos paióis de uma das mais importantes áreas militares do País não tem qualquer importância. Terem conseguido lá entrar assim tão facilmente não é relevante. O relevante é terem roubado material irrelevante - segundo o nosso PM - de apenas 34 mil euros de valor. Da próxima vez, mande o magnífico e 'vertebrado' CEME colocar etiquetas com o preço de cada arma ou arminha nas mesmas. com as mais baratas por cima, para menorizar o acto de penetrar assim fácil em instalações militares e para enganar os ladrões. Ajuda, depois, nas conferencias de imprensa. Até podem mesmo mandar também de férias a malta que faz (ou deveria fazer) as rondas.Que é isso de 34 mil euros? apenas a ida ao Europeu de vários Secretários de Estado. Peanuts... ou pentelhos politicos, como dizia o outro. "

Batemos no fundo . Para quem tinha dúvidas...

Portugal ainda não resolveu o problema do financiamento da economia

E sem o financiamento adequado da economia como é que o PIB cresce sustentadamente ? Não cresce.

As PMEs não têm acesso ao crédito e quando têm é mais caro que o das suas congéneres dos outros países europeus. Então como é que relançamos as empresas ? Não relançamos.

"

"Portugal ainda não resolveu o desafio de financiamento da sua economia. O seu sistema bancário é frágil, com um rácio de malparado de 19,5% e com a distribuição de crédito ainda a contrair. Apesar de terem sido dados passos de emergência, o custo do crédito para as PME continua acima dos pares europeus", pode ler-se na avaliação da accionista da COSEC.

Estas dificuldades de financiamento estão também na base do número elevado de falências que, depois de terem caído 23,3% em 2016, deverão continuar a recuar em 2017 e 2018. No entanto, mesmo com descidas em dois anos consecutivos, a Euler Hermes estima que as falências continuem 42% acima do nível de 2007."

Claro que a situação tem melhorado desde a bancarrota( e vai continuar a melhorar) mas os pontos fortes já cá estavam e as fraquezas é que são novas:

Forças

  • Melhorias da competitividade, graças a reformas estruturais
  • Rede moderna de infraestruturas
  • Grandes empresas com presença internacional
  • Bom desempenho de alguns sectores industriais e inovadores
  • Potencial de turismo
  • Sistema eficiente de I&D e mão-de-obra relativamente qualificada

 

Fraquezas

 

  • Dívida pública elevada, apesar de esforços de consolidação
  • Dívida privada elevada
  • Sector bancário frágil, travando o financiamento da economia
  • Taxa de desemprego alta, embora a cair
 

A farsa orçamental - o BE não sabia e o PCP ?

BE não sabia depois de andar ( como anda agora) a negociar o orçamento com o governo. E foi logo pela voz da economista da BE a quem são atribuídas as competências para negociar na área orçamental .

É claro que sabia das cativações, afinal para se aumentarem os salários e as pensões ( individualmente muito poucochinho ) havia que encontrar a contrapartida dos milhões . E ainda havia a redução para as 35 horas e a baixa do IVA na restauração. Claro que sabia que era preciso cortar na despesa virtuosa na Saúde, na Educação, na Administração Interna.

Se o crescimento do PIB é poucochinho, não há mais receita, só o fazer de conta orçamental. Cortar nos salários e pensões é visível, mas cortar nos serviços e no investimento é uma questão de fé. Não vai acontecer nada.

Infelizmente aconteceu e agora percebemos porque as instituições financeiras, cá de dentro e lá de fora, repetem os avisos, não melhoram as notações, continuamos a depender do fio ténue que nos mantém ligados à máquina da DBRS . A agência mais pequena de todas já avisou que se fosse só pelos números Portugal já estaria no "lixo", sem acesso ao "quantative easing", as taxas de juro a trepar e a dívida a crescer. Enfim, com novo resgate à vista.

Não, o Bloco de Esquerda não foi enganado, surpreendido. O Bloco de Esquerda foi cúmplice, ator principal de uma farsa fácil de contar: apresentar um Orçamento bonito, para toda a gente aplaudir, e no silêncio, para ver se ninguém nota até porque há reposição de rendimentos, cortar nos serviços públicos, deixar o investimento público no mais baixo nível desde que há registos, austeridade.

É que o Orçamento do Estado que o Bloco de Esquerda aprovou previa, no seu articulado, num artigo que o Bloco também votou a favor, o maior volume de cativações previstas desde 2004. E o que é que pode esperar-se de um Orçamento com tão expressivo volume de cativações? Pode esperar-se, claro, aquilo que veio a suceder, e que era evidente: o maior volume de cativações efetivas de sempre, cortes, de quase mil milhões de euros.