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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Na economia as coisas não correm como queremos fazer crer

Professor Daniel Bessa :

Cinco desafios para 2017

O estudo publicado pela IMD elenca vários desafios estratégicos para a competitividade da economia portuguesa, que serão o tema de um debate agendado para 9 de Março nas instalações da Porto Business School, em Matosinhos.

- Reduzir estruturalmente o défice público, de forma a alcançar excedentes permanentes e permitir a redução da dívida pública;

- Dar estabilidade e sustentabilidade ao sistema bancário; e com novas opções nos mercados de "equity" públicos e privados;

- Fomentar a inovação e o empreendedorismo, e atrair e reter investimento sobretudo no sector dos bens transaccionáveis para facilitar as exportações;

- Implementar reformas no mercado de trabalho (por exemplo, ao nível da flexibilidade funcional e da mobilidade geográfica) dentro de um ambiente construtivo de diálogo social, melhorando a atractividade para a mão-de-obra jovem e qualificada; 

- Desmantelar a burocracia nos serviços públicos e melhorar a eficiência do sistema judicial, em particular na área do contencioso fiscal.

Portugal desceu para 77.º no Índice de Liberdade Económica de 2017

Emissão de dívida comum em euros

Não são "Eurobonds" nem "Euro-obrigações" mas ficam a meio caminho. Dívida emitida em euros centralmente .

Bruxelas avança ainda com a ideia de criar um instrumento "de emissão de dívida comum, que reforçaria a integração e a estabilidade financeira", emitido em euros, e com "importância suficiente que se tornasse a referência dos mercados financeiros europeus", favorecendo "a diversificação de ativos detidos pelos bancos, melhorando a liquidez".

Ativo Europeu sem Risco – ou ESA, a sigla em inglês para European Safe Asset. É uma forma de embrulhar a dívida dos países do euro mas que deixa em aberto a parte da divisão do risco e de uma possível mutualização. "Indo de um emissão comum total, a uma emissão comum parcial, fundada sobre a mutualização ou sem compromissos conjuntos", diz o documento de reflexão.

Para os próximos dois anos, a Comissão propõe que se pense na criação de títulos garantidos por obrigações soberanas para a zona euro, destinada sobretudo ao sector bancário. Mas aqui a questão da mutualização da dívida pura e simplesmente não se coloca.

Faltam ainda oito anos para 2025, mas Bruxelas avança já com um roteiro para completar a União Económica e Monetária (UEM). O documento de reflexão apresentado hoje não tem força de proposta legislativa mas pode dar o ponta pé de saída para uma discussão difícil, que tem merecido impulsos da parte de França, Espanha, Portugal e em certa medida também da Alemanha.

A União Europeia, tal como Merkel já anunciou publicamente, cercada externamente, reforça a coesão. Sempre foi assim e sempre será assim .

Na Zona Euro há menos 1,5 milhões de desempregados

A economia cresce na Zona Euro o que é uma bênção para Portugal . Há menos 1,5 milhões de desempregados e como esses países são o destino principal das nossas exportações (principalmente turismo), é sopa no mel . E apesar do Brexit o Algarve está cheio de ingleses e no verão continuará cheio de ingleses. Razões que explicam a queda do desemprego por cá.

Portugal está a beneficiar ( melhor : continua a beneficiar) por pertencer à Zona Euro . Além dos turistas estão a caminho os subsídios para o investimento . Mas como o investimento na base dos subsídios europeus exige uma comparticipação de 20/25% nacional, vai continuar a ser cortado ou sujeito a chico-espertices. Nada pior para uma economia que corre para os níveis de 2004.

Apesar destas boas notícias e do PCP e do BE se terem convertido no que diz respeito à disciplina orçamental europeia, as agências de rating não se deixam convencer . E a pergunta é : o que se passa em Portugal é sustentável ? As dúvidas são muitas. 

Com o fortalecimento da economia da Zona Euro abre-se uma nova oportunidade para Portugal deixar para trás de vez a situação de patinho feio . E da Alemanha, pela voz de Merkel, chegam-nos fortes indícios que é com os países europeus que conta como parceiros na cena mundial. E já percebeu que se abrir os cordões à bolsa ( aumentar o poder de compra dos alemães) todos os países europeus beneficiarão, o seu excedente comercial externo é mais que suficiente.

Assim Portugal esteja à altura das imensas oportunidades que se formam no horizonte.

A liderança tem que estar nas mãos dos europeus

Merkel revelou-se a estadista que conhecemos. Os europeus têm que tomar nas próprias mãos o seu destino.

A questão da defesa da Europa é primordial. Há dois dias o jornal sueco de grande tiragem Aftonbladet (A Folha da Tarde), tradicionalmente ligado aos sociais democratas, publicou uma grande reportagem sobre o poder bélico conjunto dos países nórdicos: todos somados têm o mesmo número de aviões que o Reino Unido; mais carros de combate que a França; e três vezes mais artilharia que qualquer outro país da União Europeia. O jornal concluía que vários especialistas são de opinião que uma aliança nórdica não só é viável do ponto de vista do poder bélico como é necessária. Porquê? Para suster uma invasão da Rússia. Já se contam espingardas.

Como disse Merkel – que de novo revelou ser a grande estadista europeia, e não está certamente apenas a fazer campanha junto de um eleitorado há muito desconfiado dos americanos –, o destino está nas mãos dos europeus. Somos 600 milhões, a maior zona de comércio livre do mundo, com uma moeda forte, as economias mais avançadas do planeta. A liderança das democracias liberais, constituídas sobre o Estado de direito, social e internacionalista deve ser assumida pela Europa – Reino Unido incluído. É preciso garantir a liderança europeia, Merkel e Macron (infelizmente Theresa May é um desastre), e construir um pacto europeu credível e eficaz de segurança militar, just in case a NATO não cumpra o Artigo 5º do Tratado. Este deve ser o ponto de partida da política europeia para renovar a UE e a união dos europeus.

A propaganda tem limites - é quase impossível sair este ano do "lixo"

Há vários políticos a pressionarem as agências de notação para elevarem a classificação da dívida pública . Mas ainda em Fevereiro a Presidente do IGDP dizia que não contassem com uma melhoria em 2017.

O défice foi reduzido com medidas extraordinárias que não se repetem e com cativações que reduzem a qualidade dos serviços públicos e que não são passíveis de manter durante muito mais tempo.

A dívida pública não desce, pelo contrário cresce, e isso para as agências de rating é fatal ...

As Agências têm insistido sobretudo na sustentabilidade da dívida pública, acima de 130% do Produto Interno Bruto (PIB), e na capacidade do Governo de manter o défice sob controlo como fatores de longo prazo que estão a prender o rating ao lixo.

A melhoria orçamental nos próximos dois anos depende fortemente em receitas de one-offs [não recorrentes] e no congelamento dos gastos em bens e serviços, o que provavelmente será difícil de sustentar a longo prazo”, considerou a Moody’s na reação

Vamos lá ver se em 2018 temos boas notícias .

 

 

A propaganda tem limites

O estado pede autorização ao Estado e fica com os subsídios europeus . Os privados são um imenso deserto.

A estratégia é magnífica: o Estado pergunta ao Estado se pode concorrer a apoios estatais, e o Estado permite ao Estado engordar um pouco mais. É uma chico-espertice que dura há décadas, e que subverte totalmente o espírito dos fundos comunitários. Enquanto Pedro Marques e António Costa anunciam debaixo dos holofotes que desta vez é que os fundos vão ser espectacularmente aplicados no desenvolvimento do país, no escurinho dos corredores lá está outra vez o Ministério da Educação a bater à porta do Ministério do Planeamento a pedir umas centenas de milhões para bolsas, que não precisam sequer de constar do seu orçamento. Desta forma, o Governo aproveita o maná europeu para pagar os apoios sociais e desorçamentar despesa, ao mesmo tempo que se pode gabar das magníficas taxas de execução do programa. Todos ganham. Todos, claro, menos o sector privado.

Escreve o Expresso: no Portugal 2020, “19 dos 20 maiores projectos são para pagar despesa do Estado”. Não, não é gralha. No top 20 dos projectos mais subsidiados há um único privado, e num distante 13º lugar – o apoio a um novo complexo industrial no distrito de Aveiro da empresa de papel The Navigator Company. Tudo o resto é dinheiro para o Terreiro do Paço distribuir em gastos correntes. A DGES recebe 77 milhões de euros para estudantes do ensino superior, mais 90 milhões para alunos carenciados. O IEFP recebe quase 100 milhões para estágios “Emprego Jovem”, quase 90 milhões para estágios para jovens (que não “Emprego Jovem”), mais 37 milhões para a contratação de adultos. E por aí fora. Antigamente, os agricultores estouravam os fundos da Europa a comprar jipes. Actualmente, o Estado estoura os fundos da Europa a pagar a sua própria despesa.

 

Imposto sobre a demência

O estado pode estar satisfeito mas não saciado . Agora no Reino Unido inventou-se o "imposto sobre a demência" . Por cá já inventaram o imposto sobre as vistas e sobre o sol. Longe vai o tempo em que a brincar dizíamos que só falta um imposto sobre o ar que respiramos. A bem da verdade já o pagamos e de diversas formas.

Esta ganância é igual à daqueles que têm como desporto na vida acumular muito para além do necessário . Cá em Portugal temos um que deu cabo do maior banco comercial para alimentar as quatrocentas e tal empresas que possuía para poder estar em todos os negócios.

Na verdade esta vontade do estado " ir buscar o dinheiro onde ele está" mostra bem que a sociedade civil tem pela frente um monstro com duas cabeças. Uma come cada vez mais a outra gasta como se não houvesse amanhã. Como se percebe é a melhor forma de caminharmos rapidamente para a bancarrota . Exemplos recentes não faltam.

Por hoje, dizemos que não há melhor forma de assaltar um banco do que entrar na administração . Desenganem-se, não é só nos bancos. É assim em todos os lugares onde se junta muito dinheiro e a irresponsabilidade . No estado, o assalto "é político" e, como tal , ninguém é responsável.

Está aberto o caminho para o desastre .

"Contudo, a descida de May reflecte sobretudo uma das medidas que propôs implementar caso vença as eleições. O Partido Conservador quer que os idosos suportem os encargos com os seus cuidados para não sobrecarregar os contribuintes. Uma proposta que os partidos já apelidaram de "imposto sobre a demência".

Há petróleo branco em Portugal

O lítio que existe por cá tem a pureza necessária para o fabrico de baterias e para a indústria da cerâmica. Esperemos que não apareçam por aí umas petições contra a exploração do lítio .

A Europa está a avançar com as gigafábricas de produção das baterias para os carros eléctricos assim fazendo concorrência à americana Tesla. A Alemanha já deu o tiro de partida .

De acordo com um comunicado divulgado pela empresa nesta segunda-feira, 29 de Maio, os testes mostram que pode ser possível produzir carbonato de lítio - um dos elementos usados na produção das baterias eléctricas com aplicação em automóveis - com um grau de pureza de 99,97% a partir da petalite extraída naquela prospecção em Trás-os-Montes.

Este facto "reduz o risco de desenvolvimento" do projecto daquela empresa em Portugal, que pretende tornar-se num fornecedor sustentável de lítio da Europa.
 
"Com a confirmação de que pode ser produzido carbonato de lítio a partir da petalite de Sepeda, tal como esperado, este é outro passo importante para o objectivo estratégico de nos tornarmos num fornecedor sustentável de produtos de lítio para o florescente mercado europeu," afirma o CEO da Dakota, David Frances, no comunicado.
 
Agora esperemos que o estado dê corda aos sapatos, facilitando .
 

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A esquerda está rendida aos conservadores orçamentais

O governo prometeu uma coisa mas a realidade obrigou-o a outra. A esquerda está rendida aos conservadores orçamentais .

Ainda bem que do lado do governo parece haver uma linha que aproxima daquilo que muitos têm defendido: uma gestão prudente da dívida pública, em que se privilegia a segurança no acesso aos mercados e uma forte liquidez, ao invés de meras poupanças de curto prazo, que a longo prazo se pagam caro.

Torna-se visível que cada vez mais a linha de pensamento converge para uma responsabilidade orçamental a que não estávamos habituados, conforme referiu o Paulo Ferreira e eu próprio, quando disse que a esquerda estava “rendida aos conservadores orçamentais”. Falta saber se estamos apenas perante um comportamento oportunista, aproveitando uma melhor conjuntura económica, para apenas reduzir o défice nominal, ou se pelo contrário, haverá um esforço de correção estrutural.

Veremos se nos próximos meses a atuação estará em concordância com estas palavras, pondo o relatório da dívida pública da esquerda e extrema-esquerda definitivamente na gaveta, ou se pelo contrário, voltaremos a um caminho de facilitismo orçamental e financeiro.

Não desperdiçar água

No outro dia em conversa com um motorista da Carris este dizia-me que enche um balde de água enquanto a água aquece para o banho. Em vez de por a água a correr para o esgoto. Por mim disse-lhe que nunca tinha pensado nisso mas que a minha forma de poupar água é encher (parcialmente) o autoclismo com uma garrafa de 1,5 litros cheia de água. Por cada descarga poupo essa quantidade de água.

De uma forma ou outra cada um de nós olha para o problema da água como um problema de escassez que se acentuará no futuro.

Em termos globais há que reciclar a água e torná-la a usar . Na União Europeia este problema está a merecer a preocupação dos países até porque as políticas de poupança exigem a coordenação dos vários países com rios comuns.

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