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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Portugal não está fora de perigo de outra crise

Juros da dívida agravam com as decisões do BCE e com o aproximar do limite de compra de dívida a Portugal.

Em Outubro as exportações portaram-se mal nas mercadorias e nos bens, há que esperar pelo turismo para uma informação mais completa.

Em duas notas divulgadas entre ontem e hoje, o Commerzbank diz que as alterações anunciadas pelo BCE após a reunião de governadores dos bancos centrais europeus desta quinta-feira são “más notícias” para Portugal, sendo a dívida pública nacional uma das principais “vítimas”. “Está a tornar-se óbvio que o programa [de compra de ativos] irá atingir o seu limite em 2018. Isto são más notícias para Portugal, onde o limite do emitente [33% de aquisições] está próximo de ser atingido”, diz o banco alemão.

Os juros nacionais têm oscilado esta manhã entre subidas e quedas ligeiras. Depois de ter tocado um máximo de 3,849%, a ‘yield’ na maturidade a dez anos sobe 1,7 pontos base, para os 3,763%.

Recorde-se que o Commerzbank, esta quarta-feira, reconheceu os progressos feitos por Portugal, mas não descarta a hipótese de uma crise. O Commerzbank não acredita que a economia já esteja fora de perigo e relembra os problemas por resolver na banca.

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Como evitar que o Estado seja um accionista -zombi ?

O programa desenhado para a CAIXA é pouco inspirador. " Os desenvolvimentos lamentáveis dos últimos meses são mais um ponto no gráfico. Há aqui um padrão. No caso do actual governo ainda não se percebeu como pensa ser melhor guardião dos activos de todos. E vai sendo tempo de o explicitar. Essa tem de ser uma agenda para 2017. Ou seja, tem de explicar o seguinte: Afinal para que serve o Sector Público Empresarial? Como deve o valor público destas actividades produtivas ser medido e avaliado? Como devem ser as suas lideranças ser encontradas, motivadas e monitorizadas? O plano que se vai ouvindo falar para a CGD não parece ser muito inspirador. É uma diminuição do papel da CGD. É austeridade aplicada à organização e aos seus “stakeholders”: redundâncias de pessoal, contração de gastos com remunerações (excepto para a Administração, claro), compressão das margens dos fornecedores, cortes nas remunerações de depósitos, aumentos de comissões, etc. Até que ponto isto torna competitiva a CGD nas suas várias frentes? A nova Administração fará bem em explicar-se, em tempo oportuno. Terá de o fazer.

Rever em alta o PIB é rever para 1,3% ?

E está tudo dito quando rever em alta é rever o PIB para 1,3%, abaixo dos 1,5% de 2015 e menos de metade do que o país precisa ( pelo menos 3%) para pagar a dívida e gerar investimento. E esta revisão é para 2016 e 2017 .

O simples facto do BCE reduzir a compra de dívida portuguesa já atirou a taxa de juro a dez anos para 3,76% perto dos fatídicos 4% .

Nestas miseráveis condições o PCP e o BE querem renegociar a dívida e sair do Euro com o que pressionam ainda mais os mercados. Com amigos destes...

Mas o que se lê por aí é que há boas notícias mesmo quando o défice pode ser pior do que o indicado pelo governo e o investimento afunda em cortes generalizados para conter a despesa.

Não sou eu que o digo são as instituições financeiras nacionais e internacionais que o dizem. Devemos nós, com umas mentirolas para Tuga ver, fazer de conta que não se passa nada ?

Quando se revê o PIB para 1,3% e, se considera esse desastre uma revisão em alta, não devemos nós ficar preocupados ? Não devemos ser patriotas ? Ou para ser patriota em Portugal é preciso ser de esquerda ?

Há bem pouco tempo o PS era de direita para o PCP e o BE...