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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Assis antecipa fim rápido do governo

Como aqui tenho várias vezes escrito António Costa procurará ser dele a iniciativa de derrubar o governo. É impossível que seja de outra forma tal a pressão a que se sujeita no actual modelo. Não pode contar com os seus "apoiantes" e depende do sentido de estado de Passos Coelho. É estar ligado à máquina .

Assis defende que a solução que Costa encontrou à esquerda o obriga a “governar em permanente estado de tensão procurando uma relação direta com o país, dramatizando deliberadamente os problemas que facilmente poderá antecipar”.

Com essa estratégia, acredita Francisco Assis, Costa coloca-se “numa dimensão quase suprapartidária” e ganha margem para ser ele próprio o criador de uma crise política que sirva o propósito de o libertar das negociações permanente à esquerda e de clarificar a situação política.

Dito de outro modo, será António Costa o mais interessado em encontrar um pretexto para ir para eleições antecipadas.

PCP e BE governam a partir do Parlamento

Eis o resultado da opção de António Costa. Temos dois governos. Um no Parlamento que governa pela via legislativa. O governo, governa o que pode pelas vias normais. Como já se viu vamos ter tempos animados em 2016.

António Costa chegou ao governo com o apoio do PCP e do BE mas governa com a abstenção do PSD  . Quando  chegarem os momentos mesmo importantes vamos ver como Passos Coelho sai da armadilha sem ser acusado de antipatriota. Na altura que António Costa tiver sondagens favoráveis vai aproveitar um momento de firmeza do PSD para fazer cair o governo e avançar para eleições antecipadas procurando a maioria absoluta.

O mais irónico de tudo é que a grande bandeira do alargamento do "arco de governação" ao PCP e ao BE ficará para sempre nas mãos do "decepado" António Costa. Pelo menos para o PCP ( e é esse o seu desejo ) não mais voltará a sair do seu conforto de partido de protesto. Talvez o PS se veja na necessidade de puxar para o governo o BE - o seu adversário natural em termos eleitorais.

A "grande golpada" de António Costa ainda vai fazer correr muita água debaixo das pontes. Dentro do PS há quem tenha perfeita noção do risco mas, por enquanto, "a burro que está a comer não se lhe pode mexer na barriga"

Está Dito

"Só querem o bife do lombo e deixam ao PS o osso"

António Galamba

Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do PS, acusando BE e PCP de reclamarem as boas notícias, deixando o odioso para o Governo. Jornal i, 31/12/2015

 

No S. José houve falta de ética e de profissionalismo

Foi possível chegar a acordo com as outras equipas de cirurgia mas não com a de S. José. Acharam pouco e levaram o processo até às últimas consequências. Morrer doentes.

Claro que logo vieram em sua defesa os arautos das corporações envolvidas. Foram os cortes. É nisto o que dá termos entregue o SNS a uma horda de selvagens para quem o preço da vida não vale mais que umas horas extras a 50%. Vimos e ouvimos aqueles representantes das corporações, desde o Bastonário dos médicos até aos sindicalistas e percebemos que o grito de aviso de António Arnault ( ai, se perdemos a confiança no SNS ) está cada vez mais próximo de acontecer.

Tratam o SNS como se de uma qualquer empresa de transportes se tratasse. O direito à greve, como se não houvesse o direito à vida. Na ideologia e na luta partidária para estes camaradas não cabe a ética e o valor da vida. Há que derrubar a democracia com os instrumentos que a sua generosidade lhes concede.

Depois do crime fogem como ratos. Não se responsabilizam, não estavam, não viram, não tinham que chamar os colegas. A única solução era a morte do doente. Assim, os "inimigos de classe" ficam a saber quem manda.

Cunha Ribeiro, em entrevista esta semana à revista Sábado, afirmou que “nada desculpabiliza que o doente não tenha sido tratado”. “Se as pessoas que autorizaram não eram capazes de tratar tinham de ter contactado outras instituições, outros colegas capazes de o fazer”, reitera.

“Se o que li na imprensa é verdade, houve do ponto de vista ético da relação médico-doente, uma falha que como cidadão não aceito e que como médico repudio”, rematou o responsável que apresentou o pedido de demissão no dia 22, quando se soube da morte de David Duarte.

Esta gente tem que ser exemplarmente castigada. Não têm estofo moral e ético para servirem o SNS e os seus doentes.

A democracia alternativa que nos propõem

A Venezuela está nas mãos de uma ditadura embora com eleições. O que serve para pouco  segundo Maduro . 

A oposição conquistou a maioria de dois terços na Assembleia Nacional ficando assim com poderes alargados nunca antes vistos desde a implementação do chavismo na Venezuela. No entanto, a nova composição do parlamento entrará em vigor apenas no dia 5 de janeiro. Ou seja, para colocar em prática os seus novos poderes a MUD teria que esperar até essa data.

Por isso, e no rescaldo das eleições, o Governo liderado por Maduro, aproveitando o facto de ainda possuir os mesmo poderes até janeiro, decidiu nomear os 13 magistrados principais que compõem o Supremo Tribunal de Justiça e os outros 21 suplentes.

E o golpe está em marcha com a destituição de oito deputados eleitos pela oposição e assim retirar a maioria de dois terços na Assembleia Nacional. Que não se tenham dúvidas. Por cá a alternativa democrática que nos propõem é esta. 

Do lado de cá do muro

No PS há quem queira o partido do lado de cá do muro . Para Sérgio Sousa Pinto, a própria história do partido deixa claro que os que agora servem de apoio parlamentar ao Governo de António Costa não são necessariamente os seus aliados naturais. “Nunca foi esta a cultura do PS, forjada na oposição à ditadura e, depois, ao projeto de assalto ao poder do PCP”, sublinha, defendendo que o fim do “muro” que separava as esquerdas – como lhe chamou Costa – não é forçosamente uma coisa boa para os socialistas, que se devem manter ao centro para não perderem o seu espaço político histórico.

Falar por cima do muro que permanece onde sempre esteve facilitando uma solução de governo é uma coisa outra, não desejável e bem diferente, é o PS deixar que outros se apropriem  em seu benefício, do radicalismo e da demagogia dos que se imaginam ‘mais de esquerda’, apropriando-se com estridência das grandes realizações sociais dos governos do Partido Socialista”, avisa o deputado.

Permanecer no poder sem olhar para o país

É este o objectivo do governo de António Costa. Dirá e fará o que for preciso.  O programa de António Costa é conservador, quase reacionário: trata-se de voltar a 2008 e restabelecer benefícios que os grupos sociais gozavam antes da crise. Como essas regalias fizeram explodir a dívida e cair no colapso, agora o dinheiro não chegará para todos. O governo presidirá ao combate das corporações, onde ganharão as de maior influência. A reversão das privatizações e concessões nos transportes, por exemplo, não interessa ao país, ao público, nem sequer aos utentes. Está na ordem do dia só por bafientas imposições ideológicas e influências sindicais.

Por outro lado, o narcisismo do executivo é evidente. Com os olhos no umbigo, o propósito actual do PS é só permanecer no poder, quase sem olhar para o país. Dirá tudo o que precisa de dizer para ficar onde está. Obrigado pela derrota eleitoral a negociar à esquerda, aceita as agendas mais abstrusas como preço do posto, que depois o obriga ao oposto

No Novo Banco e no Banif o tamanho conta ?

No Novo Banco salvam-se os contribuintes, pagam os investidores. Problema ? Os investidores não gostam e a imagem do país no exterior sai mal na fotografia.

No Banif pagam os contribuintes. Não está mal para quem diz ( o governo) que quer aumentar o rendimentos dos cidadãos. Dá-lhes com uma mão - salários e pensões - e tira-lhes com a outra. Pagam o buraco no Banif. 

O Banco de Portugal decidiu, na terça-feira, que o Novo Banco (NB) vai ser capitalizado com quase dois mil milhões de euros provenientes de títulos de dívida, suportados por grandes obrigacionistas, nomeadamente investidores qualificados como bancos ou fundos de investimento.

Por causa do Banif o país já não sai do Procedimento dos défices excessivos. O país agradece primeiro grande objectivo de Centeno.

Antecipa-se turbulência política e economia frágil em 2016

Infelizmente, o que se antecipa para 2016 em Portugal, é turbulência política e uma economia frágil. O caminho seguido pelo governo minoritário do PS não convence ninguém lá fora. E alguém acredita que são os optimistas cá de dentro que têm razão ?

A Lei de Murphy vai fazer o seu caminho. Há muita coisa que pode correr mal em Portugal.

Os especialistas veem poucas razões para um grande otimismo em relação à economia e às empresas portuguesas – nem mesmo as exportadoras. “Receamos que o crescimento recente, suportado pela exportação e pelo consumo interno, poderá não ter muita margem para acelerar”, diz o Royal Bank of Scotland, mostrando-se pouco confiante em relação ao “impacto das medidas propostas [pelo governo do PS] no crescimento potencial”.

“A devolução dos cortes salariais no setor público coloca em risco a realocação eficaz dos recursos, ao mesmo tempo que a subida do salário mínimo deverá prejudicar as exportadoras, já que se especializam sobretudo em produtos de baixo valor acrescentado”, diz o Royal Bank of Scotland. Além disso, “as medidas com o objetivo de impulsionar o consumo podem deprimir ainda mais a poupança e o investimento, arriscando causar um aumento brusco do défice da conta corrente”, acrescenta o banco de investimento.

E a juntar a tudo isto temos um governo que terá muitas dificuldades em cumprir as determinações de Bruxelas com as exigências do PCP e do BE.

Em S. José podem estar em causa homícidio por negligência, omissão de auxílio e exposição ao abandono

Mas os enfermeiros dizem agora que o doente podia ter sido operado no Bloco Central onde havia enfermeiros com capacidade para formarem equipa . A verdade vem ao de cima como o azeite. Afinal a morte do doente não se deveu aos cortes financeiros, deveu-se à descoordenação, senão mesmo à má vontade. Era fim de semana. Quem é que trabalha ao fim de semana?

Fonte médica diz que o neurocirurgião e a anestesista estavam no hospital na noite de sexta-feira, 11 de dezembro, quando o jovem chegou de Santarém. A intervenção cirúrgica não terá sido feita nessa noite porque não havia enfermeiros no bloco de neurocirurgia que garantissem uma equipa.

No final da semana passada, Rogério Alves, antigo bastonário da Ordem dos Advogados, admitia, em tese, que pudessem estar em causa três crimes: homicídio por negligência, omissão de auxílio e exposição ao abandono.

O interesse das corporações que abocanham o estado não param perante nada

O bastonário da Ordem dos médicos envergonha a classe

hospital de Santa Maria recusa a afirmação de que teria sido contactado para receber o doente que morreu ontem em Coimbra. Que são os cortes diz o bastonário confirmando a ideia que temos dele. É um líder de claque, sempre pronto a esconder a verdade em defesa das corporações que abocanham o SNS.

Tendo S. José recusado o doente a lógica seria então contactar uma segunda unidade mais próxima, neste caso Santa Maria que também tem o serviço de neurorradiologia, o que não aconteceu. "Não houve nenhum pedido do Hospital de Faro ou do CODU para receber este doente. Temos sempre equipa disponível para estes casos, nem que seja através da chamada de médicos", disse ao DN fonte do hospital de Santa Maria.

São estes os cortes. Na noção da responsabilidade e do profissionalismo. Na falta de informação partilhada e na recusa de médicos e enfermeiros trabalharem ao fim de semana. O Sr. Bastonário devia ter senso bastante para defender as boas práticas na gestão do SNS.

O país estava habituado a que o Bastonário fosse uma personalidade nacional credível, interessado em colaborar na procura de soluções globais para o sistema. Mas não, agora temos um sindicalista a defender "os profissionais" que falham vergonhosamente.

 

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