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BandaLarga

as autoestradas da informação

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O socialismo democrático deixou-se abafar pelo estado

O que se passa em toda a Europa e também em Portugal é que um dos pilares da democracia e do estado social está a soçobrar ao peso do estado. A liberdade individual de iniciativa, a única que cria riquesa e postos de trabalho, que inova e avança, deixou de conseguir manter a despesa pública.

É, hoje, praticamente unânime que ao nível dos meios financeiros, técnicos e humanos que o estado consome, não é possível a economia crescer acima dos 4% . O estado social e o estado administrativo retiram à economia quase 48% do que produzimos. E das duas uma, ou o estado se coloca ao serviço da iniciativa privada, melhorando e facilitando, como há muito perceberam os estados mais avançados do Norte da Europa ou continua a olhar para a iniciativa privada como um inimigo a abater . O lucro, " o ninho da serpente ".

A Democracia está a encontrar saídas, chamando para a solução as forças de protesto que, ora avante, vão deixar de prometer soluções milagrosas. Os partidos comunistas que chegaram ao poder em democracia desapareceram todos. E até mesmo os partidos social-democráticos e socialistas estão a perder representatividade.

Será o estado democrático, liberal, assente no escrutínio e na participação da sociedade civil que responderá aos desafios do futuro. Para já é o estado social inventado pelos Europeus que carece de soluções. Não se confunda com as empresas e administração públicas onde se aninham os interesses das classes dependentes do orçamento do estado.

Sem o "lucro " tão odiado não há investimento nem postos de trabalho. Em paralelo há despesa pública que já nos empurrou e nos continuará a empurrar para o empobrecimento. 

O PCP e a CGTP pedem pouco ao PS. Só querem a reversão das leis laborais e o regresso ao seu seio das empresas de transportes. Com tão pouco param o país sempre que quiserem.

 

O salário mínimo de 600 euros já era

BE e PCP já deixaram cair os 600 euros de salário mínimo. Tendo em vista as condições sociais e económicas objectivas que ainda há um mês não contavam para nada. Agora, como quem não quer a coisa, vão dizendo que o PS ( sempre o PS) só aceita chegar a 600 euros lá para o fim de 2016.

Assim se explica também o atraso no acordo de esquerda. Só trará más notícias quanto mais tarde melhor. Mas claro que também haverá boas notícias como sejam o casamento gay e a eliminação da taxa hospitalar do aborto.

Depois virá a segundo fase. A situação do país é muito pior. O deficit é 4% e não abaixo de 3%. A economia que o Prof Centeno acreditava poder crescer entre 3% e 4% afinal só cresce o que todas as instituições financeiras dizem há muito. Não cresce acima dos 2%. Como não há dinheiro ( por culpa do governo anterior ) não há palhaço. Mete-se a viola no saco e mandam-se os sindicatos para a rua protestar. Exigir. O PCP apoia as manifestações da CGTP e ao mesmo tempo o governo PS na Assembleia. O BE entalado entre os sindicatos do PCP e a falta de dinheiro do governo ensaia a saída.

Tudo por culpa do Tratado Orçamental .

 

 

O BE deverá agradecer a Costa ou a Assis ?

Tal como aconteceu a outros partidos socialistas democráticos na Europa, a ganância do poder  está a corroer o PS. Ontem o PCP deu a  primeira dentada. Lá mais para a frente quando forem precisas medidas duras, BE ou PCP ( basta um deles) negam-se ao castigo. Nas inevitáveis eleições antecipadas o PS terá os actuais parceiros a crismarem-no de " direita " .

Na verdade o que Costa está a fazer ao PS é para a vida. Quanto mais demorar o acordo mais o PCP espreme o PS de Costa.

António Costa terá de reunir uma mistura improvável de sorte e habilidade política para impedir que o País se volte a confrontar com a falta de dinheiro. O Bloco de Esquerda e o PCP só têm a ganhar. Vão ditar as suas regras, impor as suas condições, garantir o seu espaço partidário. O PS tem muito a perder, como o País.

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O cheiro do poder já cala jornais

Calar vozes .Silenciar jornais e outros órgãos de informação. Mover acções judiciais . É tudo mentira. Manipulação . Devassa . Infâmia. Calúnia . Aí está o menino de ouro.

Com a jogada de Costa, com a aproximação ao poder , o estadista ganha novo ânimo. Já respira melhor, já está em terreno conhecido . Em causa estão várias manchetes relacionadas com a investigação da Operação Marquês, que os advogados do ex-primeiro-ministro dizem reproduzir opiniões de magistrados e investigadores e que "ofendem de forma grave a honra e consideração" de Sócrates, referindo-se a factos "da sua vida privada e familiar".

A verdadeira questão é a seguinte. Alguém em seu juízo acredita na narrativa que os advogados defendem ? Tudo o resto são jogos de poder e muito dinheiro.

Ausência envergonhada

A Democracia tem regras e as de boa vizinhança não são as menos importantes. Bem pelo contrário, abrem caminho a consensos e à optimização da governação . A oposição tem um papel fundamental na governação do país, propondo, vetando, melhorando as medidas que o governo se propõe executar.

Muito se perde quando se quebram essas regras não escritas. Hoje na tomada de posse do governo foi notada a ausência envergonhada de António Costa. Afinal ele continua a ser o líder da oposição. Será que tem problemas de consciência ? O acordo com PCP e BE não é o que esperava ? Já percebeu que lá para Junho tem que se confrontar com os mesmos eleitores que agora enganou ?

 

Governo de Costa ferido de ilegitimidade politica

As mãos atadas em Belém estão a ser aproveitadas por Costa para chegar a primeiro ministro . A circunstancia de o actual presidente estar impedido de dissolver a Assembleia bem como o próximo nos primeiros seis meses do mandato, está a ser aproveitada pelos partidos derrotados para formar governo .

Ferreira Leite não tem dúvidas que o futuro governo está ferido de ilegitimidade politica e que será apeado logo que as circunstancias mudarem em Belém. Os partidos que apoiam o próximo governo não ganharam as eleições e as suas doutrinas são inconciliáveis. A sua queda é uma questão de tempo e curto .

"Há um ponto que é muito importante para a ‘ilegitimidade política’ do António Costa ser primeiro-ministro. É que ele nunca teria tomado esta decisão se não se estivesse a aproveitar de uma situação política absolutamente excepcional. (…) Foi nisso que ele jogou", referiu a ex-ministra das Finanças no programa "Política Mesmo", emitido pela TVI24.

Governo mínimo

Com o apoio do PCP e do BE o governo só conseguirá fazer passar medidas mínimas que não pisem as linhas vermelhas de quem é contra a UE, o Euro e o Tratado Orçamental. Ora com medidas mínimas, na presente conjuntura interna e externa, o país não vai a lado nenhum .

As medidas duras inevitáveis,, como seja encontrar as receitas para cobrir o aumento de despesa que PC e BE exigem, não terão o apoio destes partidos sob pena de perderem a sua identidade. E os parceiros sociais atingidos por essas medidas irão reagir.

O governo de António Costa, nessa altura, vai virar-se para o PSD confiante que a sua proximidade política pode levar a consensos. Se assim for, e não se vê como possa ser de outra forma, o PSD encurralará o governo . Quando estiverem ultrapassados os maiores obstáculos em 2016 .

Esse será o momento do novo presidente da república dissolver a Assembleia e marcar novas eleições de onde sairá uma maioria absoluta legítima . Com a coligação de direita e a coligação de esquerda a disputar os votos.

Quem ganhar iniciará um ciclo politico de dez anos. Só os distraídos é que ainda não perceberam a relutância com que o PCP participa nas reuniões e porque o acordo não dá sinais de vida.

Jerónimo não vê, não fala e não ouve

Numa entrevista a todos os títulos surpreendente na SIC, Jerónimo coloca em causa a execução do acordo orçamental que os três partidos juram cumprir para formar governo.

Nenhum economista ainda conseguiu explicar a Jerónimo porque o deficit tem que ser 3% e não 4% ou mais. E a dívida vai ter que ser renegociada mesmo que não seja por pressão do PCP. Nada sabe sobre o que os outros partidos andam a negociar e o seu partido faz como o macaco " que não vê, não fala e não ouve". Isto é, o PCP estará no acordo com a estratégia Marxista-Leninista que é a sua matriz ideológica e tudo fará,  dentro do governo ou apoiando-o, para implodir o que jurará cumprir. Os seus objectivos são os mesmos de sempre. Implodir com a União Europeia, o Euro e com o Tratado Orçamental.

Quando António Costa jurar cumprir a Constituição como Primeiro Ministro, sabe que estará a meter a raposa no galinheiro . O seu governo já devia pouco à legitimidade e à ética republicana, agora sabemos que também não deve nada à verdade.

O caminho das pedras

Ir para o governo, para Costa, é fácil de perceber. Interessante é perceber as motivações do PCP e do BE. A que parece óbvia é impedir a continuação do governo da Coligação. E esta para já não dói nada. O problema é o caminho das pedras.

Ter que cumprir as exigências do Tratado Orçamental, não conseguir satisfazer as promessas , deixar o seu papel de protesto. A partir de agora tudo muda para BE e PCP e o calvário vai-se abater sobre o PS. Não foram longe por culpa do PS.  

Costa terá um governo ainda mais minoritário que a PàF teria. Só o “acordo” inicial custará 2.000 milhões. Depois, nenhuma medida de compensação passará e a cada passo o duo pedirá mais. Porque das duas uma: ou colaboram e desaparecem, como meras muletas do PS, ou terão de fazer exigências crescentes, aumentando cada vez mais a factura.

Lá para meados de 2016, com Marcelo na presidência, e com a situação europeia a exigir rigor, teremos eleições antecipadas.

 

Catorze deputados do PS não votaram em Carlos César

O governo de Passos Coelho não está disponível para se manter em gestão. O PS+PC+BE devem ser chamados e assumir as suas responsabilidades.

Há já evidentes diferenças entre os partidos e os sindicatos. O que era para ser devolvido em dois anos pelo PS passou  a ser devolvido totalmente em 2016 pela mão do BE e a CGTP já fala num aumento de salário mínimo de 600 euros. Os patrões agitam-se com semelhante hipótese chamando-lhe "utopias ".

Recordando que houve 14 deputados do PS que não votaram pela eleição de Carlos César como líder parlamentar do PS, afirma que "se o acordo à esquerda tiver uma amplitude de tal modo perigosa para o país, quero pensar que esses deputados pensem duas vezes antes de votar a queda do governo" afirma Fernando Negrão.

E as medidas que exigem tratamento legal autónomo do orçamento separa socialistas e bloquistas. Pode ser a primeira guerra.  Do PCP não se ouve falar na altura própria apresenta a factura e a CGTP vai abrindo caminho.

Vamos pagar tudo isto com um segundo resgate.

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