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BandaLarga

as autoestradas da informação

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A grande conquista dos títulos de dívida portuguesa

Não falam nem deixam falar sobre as grandes conquistas que o país vem realizando. Desde a descida das taxas de juro ( de 10% para cerca de 2% ) até ao crescimento da economia e ao crescimento do emprego.

Mas é no balanço do ano que surge a grande conquista. Os títulos de dívida portuguesa a 10 anos valorizaram quase 34%, liderando os ganhos a nível mundial. Uma tendência também registada no somatório das maturidades acima de um ano, com Portugal a registar um ganho superior a 22%, ultrapassando os que eram vistos como vencedores antecipados: EUA e Reino Unido.

Em 2006 o aeroporto já estava esgotado

Mário (Jamais) Lino dizia, em 2006, que o aeroporto de Lisboa já estava esgotado com dez milhões de passageiros e que só com pesados investimentos em infraestruturas seria possível aumentar a capacidade. Daí o concurso para o novo aeroporto da OTA ( de otário) em 2006.

Hoje festejou-se o passageiro dezoito milhões . A Portela é agora o terceiro aeroporto com maior crescimento na Europa.  "A diferença agora (2006) é que, neste momento, a capacidade da Portela está esgotada e só mediante pesados investimento é que irá conseguir dar resposta por mais 10 anos. Quanto à questão de construir um segundo aeroporto para complementar a oferta da Portela, não só não seria sustentável (devido à duplicação de funcões) como também não resolvia “a natureza do problema”, já que existem questões ambientais incontornáveis, diz o ministro dos Transportes. “Com o aeroporto dentro da cidade, temos dois problemas: o da segurança – que é um problema bem real – e o do ruído”, sublinha o ministro. "

O projecto "Portela+1" está a avançar pela mão da ANA e com o seu (dela) dinheiro.

Olha se fosse nos hospitais privados

Há por aí uns quantos hospitais públicos com as urgências a abarrotar. Sempre será assim nos "picos" de inverno ou por outras razões. Apesar do Protocolo de Manchester que, à chegada, classifica o doente segundo a urgência da doença que apresenta. Mas, é óbvio, que há uma componente  do foro psicológico que dificilmente é controlável. A ansiedade de quem está doente leva-o sempre a pensar que o seu assunto é mesmo muito urgente, o mais urgente de todos. É também essa ansiedade que explica que 60% das urgências sejam "falsas urgências".

O que fica por explicar é porque razão, havendo hospitais com capacidade disponível, esta não seja aproveitada. Bastaria que o doente tivesse o direito de escolha, não estando sujeito ao hospital da sua área de residência. Essa capacidade disponível devia ser colocada ao serviço prestado pelo SNS, fosse o respectivo hospital público ou privado.

Claro que aos amigos dos pobrezinhos e do monopólio do estado na saúde o doente não interessa nada. Pode lá ser o estado pagar a privados para curar gente doente? Quem quer hospitais privados que os pague. Se não tiver dinheiro que espere 24 horas nas urgências de um qualquer hospital público.

É razoável, não é ?

Quem é esta gente Mário Soares ?

Cumplicidades ? Nenhumas. Favores ? Nem pensar .  Depois da Câmara de Lisboa sabemos agora que um dos grandes mecenas da Fundação de Mário Soares foi Ricardo Salgado.

É cada vez mais claro que ninguém sabia nada até há três anos atrás. Um circuito fechado, que unia o poder político com o económico e com a cumplicidade actica da comunicação social impedia que se soubesse o que corria mesmo à frente do nariz de nós todos.

As escutas destruídas, os processos arquivados, as empresas públicas destroçadas são apenas a ponta que se vê dum regime abocanhado por corporações de interesses instaladas. Os que montaram e desenvolveram este estado paralelo dão-se agora como donzelas desiludidas.

Bastaram três anos para que uma Troika odiada, mas independente da rede, furasse o cerco e mostrasse o lamaçal.

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Maria Luís Albuquerque - o pesadelo de Costa

Esta está bem apanhada. Depois de quatro anos de austeridade, personificados em Pedro e Paulo, aparecer como candidato a Primeiro Ministro uma mulher, é um pesadelo para qualquer um. E, para António Costa, ministro de Sócrates, ainda mais.

Maria Luís impôs-se a Paulo Portas depois de escolhida por Pedro Passos Coelho. Segurou o barco com mão de ferro mas sem o desgaste de Gaspar. O aumento brutal de impostos já estava feito. Tem uma forma feminina de estar na política que os eleitores tendem a olhar com particular simpatia. E não tem toda uma vida na política onde, para quase todos, "são todos iguais". Maria Luís não é igual e isso conta muito. Até Passos Coelho já o disse com todas as letras.

Os dois, Pedro e Paulo, se fossem menos humanos, concluiriam que a sua hora chegara, que era tempo para encontrar uma nova alternativa de poder à direita. Eis a única opção que, no limite, impediria uma esmagadora derrota eleitoral. E a curiosidade é que as melhores alternativas são Maria Luís Albuquerque e Assunção Cristas, duas mulheres. Com elas as contas de Costa poderiam complicar-se.

Companhia das Lezírias - no caso ter lucro é um pormenor

Companhia das Lezírias não será privatizada porque dá lucro, diz a ministra. Fraca razão face a tantas e importantes funções que a Companhia Real cumpre.

Desde logo aquelas terras são as mais ricas do ponto de vista da agricultura. E para produtos para a exportação têm um aeroporto pertíssimo. E são a barreira natural ao betão para norte de Lisboa.

Nas mãos de privados aquelas terras serão rapidamente convertidas em campos de golfe ( há terra e água em abundância) e em hotéis. Não se esqueça o caso "sobreiros" ( foram arrasados milhares de sobreiros para construir um campo de golfe).

Alguns dos gestores que por lá passaram tudo fizeram para manter a companhia a cumprir o seu objectivo essencial. Produzir, vinho, fruta, tomate, milho...

Para tal assinaram contratos de concessão de terra a dezenas de famílias de agricultores a vinte e a trinta anos, por forma a impedir que a agricultura seja substituída por betão e campos de golfe.

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O BE representa entre nós o PODEMOS e o Syrisa ?

Não parece ser o caso, Catarina. Desde logo, porque "cá de baixo" se percebe que o PODEMOS e o Syrisa não querem sair da União Europeia e do Euro. Depois, porque enquanto o BE vai desaparecendo numa deriva autofágica irremediável, o PODEMOS e o Syrisa crescem nas sondagens. Há aqui matéria para nos tirar o sono, Catarina.

Por outro lado o BE jura que é, verdadeiramente de esquerda, enquanto o PODEMOS diz que é "cá de baixo" em alternativa aos "lá de cima". Ora isto levanta outro problema. De esquerda e de direita, há gente em todos os estratos sociais, enquanto "cá de baixo", somos todos, com excepção de uns quantos que passam pelas administrações dos bancos depois de terem passado pelos governos de esquerda. Que os ex governantes de direita façam o mesmo a gente percebe agora aquela malta snob de esquerda...

E que dizer do afrontamento injustificável ao partido verdadeiramente de esquerda que é o PCP? É que este não perdoa, Catarina, em menos de nada, o BE  é rejeitado nas manifestações de rua, nas "grândoladas" e nas Aulas Magnas. E o BE, não representando nada nem ninguém desaparece . Ora não tendo votos, não tendo câmaras e não conseguindo juntar-se às manifestações do PCP resta o quê ao BE ?

E que dizer a todos aqueles que saíram do BE exactamente por quererem ter a mesma posição política do PODEMOS e os "bicéfalos" não deixaram?  Isso não vai nada bem, Catarina.

Com Costa emprego para os mais vulneráveis vai ser mais dificil

António Costa quer aumentar o salário mínimo para 522 Euros. Mas com isso vai dificultar a transição para o emprego dos mais vulneráveis.Os desempregados. A Comissão Europeia critica a subida do salário mínimo, alertando para eventuais impactos negativos a prazo no emprego, na pobreza e na competitividade da economia. E os empresários estão contra ou defendem que esse assunto seja entregue às empresas por forma a decidirem conforme as possibilidades. Quem pode aumenta o salário mínimo quem não pode não estraga.

Ora a questão é que Costa quer um "aumento significativo" do salário mínimo. Não se arrisca a dizer quanto, isso fica para mais perto das eleições, mas arrisca-se a desagradar a muita gente a começar por Bruxelas a quem, recorde-se, Costa vai recorrer para pedir a reestruturação da dívida.

Era, (é) inevitável.

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