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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Ao PCP não lhe chega o exemplo do BPN

O PCP propõe a nacionalização do BES. Não lhe chega o exemplo do BPN, com a agravante de o BES ser muitíssimo maior. Seria um rombo nas contas e no ajustamento que obrigaria a um segundo resgate. O que na óptica do PCP é música, quanto pior, melhor, interessa lá o país e as pessoas se ideologicamente cai que nem ginjas?

Agora que o governo não deve deixar arrastar o assunto, que deve avançar para a nomeação da administração sem dar cobertura às jogadas "eu saio mas continuo a mandar" isso é evidente. Deve exigir uma solução rápida e transparente mas não deve meter as mãos num poço sem fundo que é privado.Já vimos imensas vezes no que dão as intervenções do Estado. Já vimos e pagamos!

A PERDA DE UM FILHO Prof Raul Iturra

Não é da morte que falamos, Schubert já o tinha feito música no seu texto musical de 1817 Der Tod und das Mäiden, en luso português: A morte e a donzela. A pessoa que amava, vai-se embora para não retornar e fica só. Isso é morte, a solidão voluntaria do abandono, o entendimento que não somos queridos porque a pessoa amada vai-se embora porque quer. Schubert, doente, fica só sem amigos que o acompanhem nem animais que façam barulho. Em breve, aos seus trita e três anos, ele desaparece levado por uma doença que no seu tempo não tinha cura, sem ser o formol, que mumifica a quem o usa. Um morto vivo.

A história de Franz Schubert (1797-1828) era de imensa música, escrita em apenas os 31 anos que viveu, da qual nos temos apropriado por ser fermosa, alegre y divertida. O seu desaparecimento foi uma perda para amigos y parentes. Não foi morte, a sua vida continua na sua obra e nos amores que ficaram pendurados da solidão de Schubert, da sua ausência, da obra de amar e ser amado.

As mas línguas atribuem a sua perca a atividades que ele nunca realizou. Mas, essa são mas línguas. Ele amava, ele era amado, ele acarinhava, ele era acarinhado. Um acidente de percurso, leva primeiro a Maria Teresa e a comemora em A morte e a donzela, esse quarteto de cordas que está sempre connosco. No amor à família de sua mulher e no desaparecimento quase voluntário dor do seu corpo. Como Beethoven, cheio de amor a sua música e a namorada que teve, que casou com outro e ele a imortaliza na sua 9ª Sinfonia, que começa com o poema de Schiller no seu 4º movimento: Amigos, mudemos o tono, sejamos felizes dentro das misérias da vida, obra de quatro horas de duração que parecem um pestanejar pela felicidade que causa em nós. Essa estreia foi vista e ouvida pela mulher que amou e tornou a ama-lo após ouvir a obra. Essa Amada Imortal para ele que, só de ouvir a música, soube perdoa-lo da ter deixado só e confessa-lhe que o filho que tinha, esse sobrinho, era de facto o filho dele, perto do tempo em que ele fora-se embora para sempre. Mas morre feliz porque sabe que é pai.

Há a perca e o ganho de um filho, há a perca e a lembrança da mulher que amamos. Choramos, sofremos, ficamos em desespero, mas dentro desta mesma vida, recebe-se a recompensa de se saber pai e a perca é mais leve. Não nos primeiros dias em que faltam lágrimas para chorar até as gastar todas. O luto é luto até a eternidade, leva tempo em passar porque em meio minuto a vida muda violentamente. Nem Schubert nem Beethoven tiveram tempo de luto. A alegria de ter amado, entontece os sentimentos, a alegria de termos sido amados, ainda que abandonados, faz da nossa vida uma eternidade que seixa de ser um pestanejar.

Também dois filhos foram-se-me embora. Consolar a mãe, não me deixara tempo para pensar na minha . Passaram anos para o meu monólogo se Segismundo, esse  que A vida é sono, que o poeta estremenho Pedro Calderón de la Barca escrevera em 1653 y que começa com un indevido lamento: Ai mísero de mim, ai infelice. Apurar céus, pretendo, porquê ma tratades assim. Ainda que si nasci já entendo, porque toda a vida e sono, e os sonos, sonos o são. (Castelhano antigo) En desespero, Segismundo, aprisionado para não ser rei, encontra remedio para o seu dissabor amando-se a si próprio e lembrando todos os seus vinte anos que amou e foi amado e abençoado. O lutos da perca de um filho, a descoberta de uma paternidade, a música para Teresa, o amor para o ego, são o remédio para o luto.

O problema é que amamos tanto, que esquecemos do nosso ego e se um filho é perdido, apenas sabemos de nós quando a nossa profissão nos absorve outra vez, e vamos lentamente encerrando o muro das lamentações, assunto que leva meses, anos, em desparecer, mas pode-se encurtar se choramos, gememos, não nos encerramos e corremos para os nossos deveres sem aceitar nenhuma palavra de apresentação quando tornamos, antes que despois, para os nosso deveres e sumimos o nosso pensar em resolver o irresoluto: o governo de um país.

De certeza a mãe que perde um filho, deve dizer antes de começar a sua semanal grande entrevista: oiça, o que é meu, é só para mim, como a música é dos músicos, os poemas dos escritores, un vestido bem abigarrado que não delate o que só tem valor no nosso coração. Uma volta ao mundo primeiro, ou uma crítica dura para o desgoverno, são o milagre que ajuda a suportar a perca do filho. Como fiz eu, apesar dos quarenta anos passados, de um matrimónio desfeito, o silêncio da casa, essa Ana Karenina que por amor, torna para a vida anterior, guardando na alma essa imensa dor.

Quem sou eu para dizer o que digo? Um admirador de uma mãe que tem o filho a morar dentro dela até a sua eternidade. Sim. A psicanálise ajuda, mas o gemer ajuda mais, e gemer só. Portugal é um país de saudades, façamos dele um país de calma e serenidade, para não perder nunca o arguto pensamento que nos leva a orientar a Grande Entrevista.

Raul Iturra

30 de Junho de 2014.

lautaro@netcabo.pt

O ouro das famílias e a refinaria de Sines

António Pires de Lima sublinhou a recuperação económica do país por via de um aumento de 30% das exportações nos últimos quatro anos, reforçada por um decréscimo de 2% das importações no mesmo período. No primeiro trimestre do ano, o aumento das exportações em sectores como o vestuário (+13%), calçado (+11%), turismo (+11%), viagens (+9%), agro-industrial (+9%), entre outros, foram fundamentais para equilibrar os efeitos produzidos pela queda das exportações de combustíveis (-38%). O ouro das famílias não tem fim e a refinaria de Sines não pára.

Acumular ou não acumular eis a questão para António Costa

António Costa diz que acumulará as funções de Presidente da Câmara de Lisboa com as de Secretário Geral do PS até às eleições legislativas. Para além de  as exigências da função obrigar a sua prática a tempo inteiro, Costa entra em contradição com o que disse no passado. E Seguro não vai deixar de explorar essa contradição. "O PS precisa de um secretário-geral a tempo inteiro e o município de Lisboa com um presidente com dedicação exclusiva”. “Honrar a confiança que em mim depositam os lisboetas, cumprir o compromisso que assumi com a cidade que me elegeu e exercer com total paixão as funções públicas que me estão confiadas é não só meu dever como melhor contributo que posso dar a credibilizar a política e credibilizar o PS”, acrescentou em 2011 quando foi sua intenção de se candidatar a secretário geral do PS.

Os políticos ( não é só Costa ) são o melhor exemplo daquela tirada do ex.presidente do Vitória de Guimarães Pimenta Machado. "O que é hoje verdade amanhã é mentira".

Quem semeia "grândoladas"...

Perseguem ministros e outros governantes impedindo-os de se expressarem em público. Ainda há bem pouco tempo o "alucinado" Nogueira fez isso no dia de Portugal afrontando o Presidente da República e as Forças Armadas. Meia dúzia de "lutadores da liberdade" andam pelo país a manifestarem-se espontâneamente. Mas das autoridades não se ouviu nada. Estava tudo bem. Agora aconteceu com António Costa . Foi insultado e houve agressões entre militantes socialistas. Pois não querem saber que a PGR já abriu inquérito para investigar o assunto? Então e os outros, senhora Procuradora Geral da República?

Secretário-Geral da UGT entre Ricardo Salgado, Costa e Seguro

Apareceu há dias, publicamente, com uma arrebatadora defesa de Ricardo Salgado e da família Espírito Santo. Segundo Carlos Silva, o BES deveria ter o mesmo tratamento do BCP, BPP, BNP, isto é, em "banho-maria" para que ninguém saia queimado. Agora envolve-se na luta interna do PS, juntando-se a Seguro. O argumento é forte. Há um assalto ao poder no interior do PS. Como é que Carlos Silva, ganhando Costa o PS, sobrevive? Não percebe o secretário - Geral que está transferir a luta para dentro da UGT ?  

No Alentejo já há papoilas

Uma famacêutica escocesa veio para o Alentejo plantar papoilas e construir uma fábrica para produzir morfina. Negociou com duas dezenas de agricultores locais e trouxe a tecnologia. A água do Alqueva, o sol e os férteis solos fizeram o resto. Já está aí a primeira colheita com bons resultados. O projecto vai passar à segunda fase com mais área cultivada e mais agricultores envolvidos. Para já a papoila é exportada em bruto mas com a fábrica em pleno será a morfina em estado final que será exportada.

O Alentejo dos latifundiários a viverem em Cascais e os alentejanos a viverem na miséria ficou definitivamente para trás. Quem hoje visita o Alentejo fica maravilhado com os campos tratados e o verde a estender-se até se perder de vista. O homem sonha e a obra aparece.

25 fundadores do PS estão com Costa

Porque segundo eles Costa está em melhores condições para ganhar as eleições. Acredito, embora não haja evidência nenhuma. As sondagens ? Mas Costa ainda nem sequer teve que resolver problema nenhum. O programa, onde diz que é preciso crescer? Mas isso todos dizem. A questão é saber como. Com investimento, sem dúvida, mas para investir é preciso dinheiro.

Vital Moreira, coloca bem a questão :  Dizer que a solução dos males do País -- desemprego, quebra de rendimentos, austeridade orçamental, etc. -- está no crescimento económico é ao mesmo tempo uma evidência e um sofisma.
Evidência, por que é óbvio que sem crescimento robusto não há criação de emprego, nem aumento da receita fiscal, nem maior poder de compra. Sofisma, porque o problema está justamente em como alcançar o crescimento económico. O problema não pode ser apresentado como solução."  Não ter compreendido isto ao fim de três anos é que dá que pensar.

É o poder político que explica Jardim Gonçalves e Ricardo Salgado

É o poder político que explica Jardim Gonçalves com Guterres e Ricardo Salgado com Sócrates e não o contrário. Mandaram a seu belo prazer, fizeram e desfizeram negócios em cumplicidade com o poder político. Não haja equívocos: Jardim e Salgado dominaram mesmo. Geriram enormes activos. Fizeram e desfizeram carreiras e negócios. Mas nunca teriam ascendido a esses cumes imperiais sem a sua notória promiscuidade com a elite partidária. Numa sociedade onde o Estado pesa como em Portugal e está confundido com tantos interesses comerciais e corporativos, só quem dispõe de canais privilegiados com governos e partidos pode “tornar-se dominante”. E convém não esquecer que Jardim Gonçalves veio do sector público e Ricardo Salgado do sector privado . O que é comum é haver bancos ou empresas "dominantes". Sejam públicas ou privadas.

A UE é o maior produtor mundial de produtos agrícolas e alimentares

A União Europeia ultrapassou os USA na exportação de produtos agrícolas e alimentares. A balança agrícola teve um excedente em 2013 de 18,5 mil milhões de Euros. E quem os compra são os países que de tão pobres não conseguem sequer matar a fome aos seus povos. Os produtos mais elementares, os que ricos e pobres não podem deixar de consumir. O mundo, sem esta capacidade de produção de alimentos que a UE tem seria muito mais pobre e faminto. E seriam os pobres os que sentiriam a fome. Claro que nada disto interessa para quem quer destruir a UE, vendo nela, exclusivamente, uma obra do capitalismo. Os pobres e famintos não interessam perante valores mais altos.

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