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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Uma prova de confiança Europeia e Alemã

A AICEP e a AutoEuropa assinaram um acordo com vista a um investimento na fábrica de Palmela de 677 milhões de euros. Criará 500 postos de trabalho passando dos actuais 3 600 para 4 100. Por cada um destes postos de trabalho directos serão criados três indirectos. E o impacto na exportação mais do que duplica. Para além disso quando uma empresa que é um colosso mundial e é alemã aposta no nosso país que melhor sinal de confiança para os mercados podíamos ter? Numa altura em que tanto se fala de saída limpa ou com programa mínimo cautelar esta prova de confiança é uma garantia bem mais poderosa do que qualquer outra de que a Europa está com Portugal.

Em que mãos deve estar a escolha da escola ?

Nas do estado ou nas das famílias ? É esta a verdadeira questão. O cheque ensino dá liberdade de escolha às famílias para escolher a escola mais apropriada para os seus filhos. Não há  aqui outra questão a não ser essa. Tudo o mais são ideologias que remetem para segundo plano o interesse dos alunos.  o Cheque-Ensino é um instrumento realmente capaz de aumentar a qualidade do nosso sistema de ensino e de potenciar a tão importante liberdade de escolha e igualdade de oportunidades no âmbito escolar.

Contudo, esta reflexão acerca da liberdade no sistema de ensino só estaria terminada promovendo a efetiva liberdade de escolha do currículo e de métodos pedagógicos em todas as escolas, mas isso seria já outra discussão. Para já, a aprovação do Cheque-Ensino seria um importante primeiro passo.

Poupança de 1,1 mil milhões de euros de juros da dívida

Com as actuais taxas praticadas pelos mercados Portugal pode poupar 1,1 mil milhões de Euros se antecipar o pagamento dos empréstimos que obteve junto do FMI. Uma amortização antecipada de parte dos empréstimos do FMI permitiria obter poupanças com juros, caso se mantivessem as taxas actuais. Mas, mais que isso, criaria a oportunidade ao Estado de alongar a maturidade da dívida, diminuindo as pressões de refinanciamento até 2020, período em que Portugal terá de abater uma média de 13 mil milhões de euros por ano. Uma parte significativa desta montanha de dívida a amortizar diz respeito aos empréstimos do FMI.

Na prática é mais difícil porque a pressa de ver pelas costas o FMI poderia ser interpretado pelos mercados como o aliviar de medidas que ainda são necessárias para consolidar as contas públicas.

A relação de subserviência das pessoas ao Estado

Sem o estado nada é possível. Apoia, subsidia, faz. É a ditadura da ideologia.  No século xx, Portugal assistiu a três revoluções. Nenhuma resolveu os problemas de fundo do país. Se a Revolução de 74 trouxe a democracia e o fim da guerra, não mudou a relação de dependência, e de subsequente subserviência, das pessoas relativamente ao poder político. 

Esta realidade, porque vivemos numa economia aberta a um mundo global, não é mais possível. Como é que vamos mudar o regime sem que este impluda, é a questão, tendo em conta a experiência passada que nos conta uma história diferente, uma questão que devemos levantar todos os dias.

Autoestrada demasiado cara e boa para o país que a construiu

No caso o jornal refere-se à A22 no Algarve . Sem carros ( os condutores não têm dinheiro para pagar ) o país voltou aos anos 70 utilizando a velha estrada nacional, hoje pejada de carros em filas intermináveis. De outra maneira: de como Portugal se encolhe, retrocede e como de repente carece dos meios suficientes", entre outras coisas, para manter os seus investimentos, "para que funcione o seu próprio motor". Do lado de cá da fronteira o turismo ressente-se perdendo cerca de 30 milhões de euros enquanto do outro lado da fronteira perde 20 milhões. O investimento que devia ser impulsionador da actividade económica é uma barreira. O pior é que há disto um pouco por todo o país.

Dois estados única solução realista

O que sempre esteve ao alcance da compreensão de todos. Nem os Israelitas podem ser encaminhados para os fornos ainda quentes do holocausto nem os palestinianos podem ser deitados ao mar. Dois estados resultantes de cedências mútuas e a viver em boa vizinhança afinal o que mais vezes aconteceu em todo o mundo. A paciência dos americanos está a esgotar-se e são cada vez mais as vozes a favor da solução "dois estados". A não ser assim, Israel pode tornar-se um estado com um sistema "apartheid", com cidadãos de primeira e de segunda.

A criação de dois Estados é a única solução realista. Porque um Estado unitário vai acabar por ser ou um Estado de apartheid, com cidadãos de segunda classe, ou um Estado que vai destruir a capacidade de Israel de ser um Estado judeu", declarou Kerry, segundo o Daily Beast.

O termo 'apartheid' refere-se ao sistema social segregacionista que vigorou na África do Sul, entre 1948 e 1994. "Com este cenário no espírito (...) deve-se compreender o quão imperativo é chegar a uma solução de dois Estados" . Mais uma vez vai ser a concórdia e o bem senso a ganhar sobre os extremismos de um lado e outro.

 

A liberdade é de todos o 25 de Abril é dos capitães

Há por aí um coro sobre a propriedade do 25 de Abril. Se é o golpe efectuado no dia 25 de Abril de 1974 então não há dúvida que é dos capitães de Abril. Se é o seu espírito, a revolução popular a que deu corpo então é de todos. Como faço desde sempre desci a avenida integrado na manifestação mas não gostei de ver os capitães de Abril "cercados" por políticos. Nos anos anteriores dava-se de caras com um ou outro político do PCP mas não mais do que isso, desta vez era um cerco. Por causa do momento histórico e significativo do Largo do Carmo?

Os partidos já perceberam que ou tomam nas suas mãos as mudanças políticas que o sistema vigente teima em impedir ou alguém o fará. A abertura à sociedade civil, com participação dos cidadãos nos diversos níveis da vida partidária é a chave . É agora necessário que os capitães mantenham no essencial as devidas distâncias para com os partidos. Porque não se duvide, da direita à esquerda, os verdadeiros adversários  do "espirito de Abril" renascido no Largo do Carmo, são os partidos. E não hesitarão em se juntarem esquecendo diferenças ideológicas.

 

 

 

 

A CANONIZAÇÃO DE JOÃO XXIII E JOÃO PAULO II ESQUECE PIO XII - Prof Raul Iturra

 

 

 

 

Bem sabemos que a Igreja Católica de Roma tem por costume declarar santos os homens que parecem estar já ao pé de Deus antes do denominado Juízo Final, do qual falam os textos sagrado dessa confissão, especialmente o Evangelista João no seu texto Apocalipses, datado no I Século da nossa era. São João Evangelista ou Apóstolo João, foi um dos doze apóstolos de Jesus e além do Evangelho segundo João, também escreveu as três epístolas de João (1, 2, e 3) e o livro do Apocalipse. Há que se destacar aqui a existência de uma controvérsia sobre o verdadeiro autor do Apocalipse, mas uma tradição representada por São Justino e amplamente difundida no século II Ireneu de Lyon, Clemente de Alexandria, Tertuliano, o Cânone Muratori), identifica o autor como sendo o apóstolo João, o autor do quarto evangelho. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Jo%C3%A3o_Evangelista ou o livro BAC Dominicano, Madrid 1953, ou em http://pt.wikipedia.org/wiki/Apocalipse.

 

Mas há os que acreditam que muitos santos varões e mulheres, gozam já da visão da eternidade ao pé de Deus, como o caso dos declarados santos no dia de ontem, 27 de Abril de 2014.

 

Sabemos a sua história, levaram uma vida pública por todos conhecida. Giusepe Roncalli foi Papa eleito nos finais dos anos 50 do Século passado, reinou 4 anos e medio e morreu aos 81 anos. O interessante é que ele foi o 9º filho de uma família rural pobre e estudou para sacerdote como única saída para sua manutenção. A história é conhecida e não vou reiterar. A sua vida pode ser lida em http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Jo%C3%A3o_XXIII . O que não se sabe dele é que foi nomeado Embaixador do Vaticano na Bulgária, pelo Papa Pio XI em 1925. Ângelo Roncalli tornou-se também amigo de vários judeus importantes e da Rainha Joanna da Bulgária , mulher de Boris III e filha do Rei Vítor Emanuel III da Itália .[]  No dia 30 de Novembro  de 1934 , Roncalli passou a ser Arcebispo-titular  de Mesêmbria. Em 1935 , Roncalli foi nomeado administrador apostólico  do Vicariato Apostólico  de Istambul , constituído por uma comunidade estimada em 35 mil católicos de rito romano  e oriental .  Foi também nomeado delegado apostólico  na Turquia  e na Grécia , onde trabalhou intensamente ao serviço dos católicos e estabeleceu um exemplar diálogo respeitoso com os ortodoxos  e os muçulmanos .[1]  Apesar de não ter nenhum status diplomático, desenvolveu relações cordiais com vários funcionários públicos e diplomatas sediados na Turquia, nomeadamente o embaixador alemão Franz von Papen .  Durante a Segunda Guerra Mundial , Roncalli, sediado na Turquia neutra, conseguiu salvar muitos judeus. Em 1944 , num dos seus sermões proferidos em Istanbul , revelou já o seu desejo em convocar um concílio ecuménico , que iria ser no futuro o Concílio Vaticano II  (1962-1965) E é esto o que me interessa: a sua defessa do povo hebreu perseguido pelos nazis.

 

Durante a Segunda Guerra Mundial  (1939-1945), Roncalli, sediado na Turquia neutra, conseguiu salvar muitos judeus  com a distribuição gratuita de permissões de trânsito fornecidas pela Delegação Apostólica, de certificados de batismo  temporários e de certificados de imigração para a Palestina  arranjados por organizações judaicas.[18]  Ele teve pela primeira vez um vago conhecimento do sofrimento dos judeus em Setembro de 1940, quando contatou e ajudou refugiados judeus vindos da Polónia a alcançarem a Palestina, naquela altura um território sob mandato britânico .  Desde então, fez inúmeras tentativas, umas infrutíferas e outras bem-sucedidas, para ajudar e salvar judeus de diversos países e regiões, tais como a Hungria , a Roménia , a Transnistria , a Itália, a França, a Alemanha, a Eslováquia , a Croácia , a Grécia  e a Bulgária, onde intercedeu a favor dos judeus junto do Rei Bóris III da Bulgária . Além disso, continuou também a ajudar corajosamente os refugiados judeus que conseguiram chegar à Turquia a alcançarem a Palestina. Para tal, cooperou com diversas pessoas de boa vontade, nomeadamente Chaim Barlas, representante da Agência Judaica  em Istambul , Rabino Chefe  Yitzhak HaLevi Herzog (ou Isaac Herzog) e Ira Hirschmann, delegado norte-americano do "War Refugee Board" em Istanbul.

 

Muito mais do que notificar a dramática situação e transmitir pedidos de Barlas e outros ao Vaticano, uma das suas ações humanitárias mais importantes foi coordenar o envio, através de agentes judaicos da Palestina e dos correios e representantes diplomáticos da Santa Sé, de milhares de vistos turcos, certificados de imigração e certificados de batismo temporários para vários clérigos e religiosos católicos residentes na Hungria, tais como as irmãs da Congregação de Nossa Senhora do Sião e o Arcebispo Angelo Rotta, núncio apostólico  em Budapeste  e colaborador do diplomata sueco Raoul Wallenberg.  Em seguida, eles distribuíam estes documentos para os judeus húngaros, com o objetivo de lhes permitirem fugir para a Palestina através da Turquia ou simplesmente sobreviverem na Hungria, ocupada pelos alemães em 1944, visto que os nazis  geralmente não prendiam os judeus batizados ou protegidos pela Igreja Católica, por respeito pela neutralidade da Santa Sé . A distribuição gratuita e massiva de certificados de batismo, muitos deles falsos e independentemente se os seus beneficiários receberam ou não o batismo, foi idealizada por Roncalli e apoiada por Ira Hirschmann. Ele inspirou-se em alegados casos de algumas freiras da Congregação de Nossa Senhora do Sião que já distribuíam secretamente estes certificados aos judeus húngaros. Os clérigos húngaros também emitiram os seus próprios certificados de batismo e Angelo Rotta, além de emitir também mais de quinze mil permissões de trânsito e salvos-condutos , protegeu pessoalmente várias casas seguras em Budapeste que alojavam judeus. Por causa deste enorme esforço conjugado, em Fevereiro de 1945, quando Budapeste foi ocupada pelos soviéticos, cerca de 100 mil judeus conseguiram sobreviver à ocupação alemã, ou seja, cerca de metade da população judia da Hungria. No final da Guerra, estimou-se também que se salvaram entre 24 mil a 80 mil judeus só com os certificados de batismo. 

 

Roncalli até conseguiu a ajuda do embaixador alemão Franz von Papen  na sua missão de salvar judeus: segundo o seu testemunho escrito ao Tribunal de Nuremberga , Roncalli afirmou que von Papen deu-lhe a possibilidade de salvar a vida de 24 mil judeus. Por isso, em reconhecimento deste trabalho humanitário, a Fundação Internacional Raoul Wallenberg defende, desde o ano 2000, a atribuição do prémio Justo entre as nações  a Roncalli, cujas ações humanitárias estão a ser investigadas e estudadas com mais pormenor por esta fundação. As minhas fontes são as mesmas que levaram a wikipédia a reconstruir a vida de Roncalli. Por outras palavras, pesquisei entre os documentos que fizeram dele Santo e este foi o mais interessante. O memorial Yad Vashem não existia nos tempos em que Roncalli salvou hebreus do holocausto, e 25 Bispos Católicos de 32, que debateu com Charles de Gaulle por ser colaboracionistas, durante a ocupação nazi de Paris, do governo de Vichi que trabalhava com Hitler. Sete foram fuzilados. Esta história tinha-se guardado em segredo para não ferir hebreus salvos e porque o que interessou sobre Roncalli mais tarde, foi o Concilio Ecuménico que convocou como Papa João XXIII. Bem como os milagres de curar doentes que se diz ele fizera en vida, que é o que interessa a Cúria Romana da Causa dos Santos. No meu ver, esta era a parte mais importante para essa inscrição feita ontem pelo Papa Francisco. Em breve receberá o título de Justo entre as Nações, que é o que mais me interessa.

 

E Wojtila? Era natural para ele defender os judeus da Polónia, por ser filho de uma hebreia que faleceu quando ele era pequeno. Aliás, era Bispo, Arcebispo e Cardeal Primado de Cracóvia e todos acudiam a ele. Era um homem forte, valente, derrotou nazis com as suas palavras, salvou judeus com a sua homilia permanente e a organização da resistência, bem como libertou os poloneses do jugo estalinista, passando a Polónia a ser um país católica livre, sem uma União Soviética já derrubada, a hostilizar a classe operária. Era natural que João Paulo II luta-se em prol dos judeus.

 

Mas, e Pio XII? Porque os Papas filhos de hebreias como Ratzinger, Wojtila, Montini o Paulo VI naturalmente defendiam israelitas? Era natural em eles pela sua ascendência, especialmente a seguir a declaração de João Paulo II que nas suas visitas a Israel declarava que os judeus eram os irmãos maiores de todo um povo eleito por Deus como seu e orava nas sinagogas e no Muro das Lamentações como mais outro judeu. Juntou as formas de acreditar, respeitando, orientado pelo Talmude, como Freud, as formas diferentes de louvar Deus. Mas, insisto, e Pio XII, filho, neto, bisneto da aristocracia vaticana, porque não tem sido declarado Justo entre as Nações, após ter salvado milhares de judeus de perseguição de Mussolini, de Hitler? Porque era discreto. Foi Núncio Apostólico na Alemanha e falava alemão a perfeição e escreveu em alemão a carta em que condena os antissemitas.

 

O texto de John Akin redime o que no se sabia, e pode ser lido em http://www.quadrante.com.br/#inicio , texto que redime a Pio XII, acusado de colaborar com os alemães, mas por pessoas ressentidas com ele. Pio XII. A 28 de abril de 1935, quatro anos antes do início da Guerra, Pacelli fez um discurso que atraiu a atenção da imprensa mundial. Falando para um público de 250.000 peregrinos em Lourdes, França, o futuro Papa afirmou que os nazistas “são, na verdade, apenas uns plagiários que cobriram velhos erros com um manto novo. Não faz qualquer diferença se os homens se arrebanham sob cartazes que pregam a revolução social, se guiam por um falso conceito da vida e do mundo ou estão possuídos pela superstição do culto ao sangue e à raça ” (3). Foram palavras como essas, somadas às observações privadas e às inúmeras notas de protesto que o Cardeal secretário de Estado enviou a Berlim, que lhe angariaram a merecida reputação de inimigo do partido nazista.O Dr. Joseph Licthen, um judeu polonês que foi diplomata e mais tarde representante da Liga Judaica Antidifamação B’nai B’rith, escreve: “Pacelli obviamente já havia definido claramente a sua posição, pois os governos fascistas, tanto na Itália como na Alemanha, falaram duramente contra a possibilidade da sua eleição como sucessor de Pio XI em março de 1939, apesar de o Cardeal Secretário de Estado ter sido núncio papal na Alemanha entre 1917 e 1929 <...>. No dia seguinte à sua eleição, o Berliner Morgenpost alardeava: «A eleição do Cardeal Pacelli não é benéfica para a Alemanha, pois ele sempre se opôs ao nazismo e praticamente determinava a política do Vaticano sob o seu predecessor» “ (4).

O ex-diplomata israelense e atual rabino ortodoxo Pinchas Lapide afirma também que Pio XI “tinha boas razões para fazer de Pacelli o arquiteto da sua política antinazista. Dos quarenta e quatro discursos feitos pelo núncio Pacelli em solo alemão entre 1917 e 1929, ao menos quarenta continham ataques ao nazismo ou condenações da doutrina de Hitler. <...> Pacelli, que nunca se encontrou com o Führer, designava o nazismo como um «neopaganismo.

 

Já Papa, escondeu judeus nos seus aposentos e fora da Cidade-Estado. Enquanto os EUA, o Reino Unido e outros países negavam a entrada de refugiados judeus durante a Guerra, o Vaticano emitia dezenas de milhares de documentos falsos para permitir que judeus se passassem por cristãos, escapando assim dos nazistas. E ainda há mais. A ajuda financeira de Pio XII aos judeus foi bem substancial. Lichten, Lapide e outros cronistas judeus da época mencionam milhões de dólares, e vale lembrar que o dólar valia bem mais do que hoje.

 

Quem queira saber mais, deve ler o documento, citado antes.

 

No entanto, não consigo deixar de invocar estes parágrafos, que fazem de Pio XII um Justo entre as nações:

 

Pio XII já se vinha empenhando muito para conseguir que os judeus emigrassem da Itália antes da invasão nazista; depois, teve de dirigir os seus esforços no sentido de encontrar locais onde escondê-los. “O Papa – escreve Lichten – deu ordem para que os prédios religiosos fossem usados para abrigar judeus, mesmo à custa de grande sacrifício por parte dos ocupantes, e liberou os mosteiros e conventos da clausura (regra que permite apenas o acesso de algumas pessoas às casas religiosas), para que assim pudessem ser usados como esconderijos. Milhares de judeus – fala-se de quatro a sete mil – foram escondidos, alimentados, agasalhados e alocados em 180 refúgios na Cidade do Vaticano, nas igrejas, nas basílicas, nos prédios administrativos da Igreja e nas casas paroquiais. Um número desconhecido de judeus foi acolhido em Castelgandolfo, a residência papal de verão, além de casas particulares, hospitais e orfanatos; e o Papa assumiu pessoalmente o cuidado pelos filhos dos judeus deportados da Itália” (14).

O rabino Lapide registra que “em Roma vimos uma lista de 155 conventos e mosteiros italianos, franceses, espanhóis ingleses, americanos e também alemães – na sua maioria, propriedades extraterritoriais do Vaticano –, <...> que abrigaram cerca de cinco mil judeus durante a ocupação alemã. Nada menos do que três mil encontraram asilo na residência de verão papal em Castelgandolfo; sessenta viveram por nove meses na Universidade Gregoriana Jesuíta e meia dúzia dormiam no porão do Pontifício Instituto Bíblico” (15).

 

Mais nada se acrescenta. Os novos santos estão nos seus altares de forma natural. Pio XII arriscou a sua vida para salvar milhares, como Roncalli tinha feito.

 

 

 

Hoje e dia de festa para vários, salvo seja para pessoas como eu que não tolera erros tão duros, como acusar um defensor do holocausto de milhares de perseguidos, apenas pela adoides de ver un Pacelli no trono de Pedro. Que dirão Francisco I e Ratzinger?

 

Gostava eu de saber. Pacelli foi um Justo entre as Nações. A sua discrição não o tornou público, mas o Memorial de Yad Vashem fará justiça.

 

Falta uma imagem entre os Papas Santos: Eugénio Pacelli.

 

Repare-se bem que o Papa não estava simplesmente permitindo que os judeus se escondessem em diversos edifícios da Igreja em Roma. Escondia-os no próprio Vaticano e na sua residência de verão. O seu sucesso em proteger os judeus italianos dos nazistas é notável. Lichten registra que, depois do fim da Guerra, se pôde verificar que apenas oito mil judeus foram levados da Itália pelos nazistas (16) – bem menos do que em outros países europeus. Em junho de 1944, Pio XII enviou um telegrama ao General Miklos Horthy, governante da Hungria, e conseguiu evitar a planejada deportação de 800.000 (!) judeus daquele país.

Os esforços do Papa não ficaram despercebidos pelas autoridades judaicas, mesmo durante a Guerra. O rabino-chefe de Jerusalém, Isaac Herzog, enviou pessoalmente uma mensagem de agradecimento a Pio XII em 28 de fevereiro de 1944, na qual diz: “O povo de Israel nunca esquecerá o que Sua Santidade e seus ilustres representantes, inspirados pelos eternos princípios da religião que formam as próprias fundações da civilização verdadeira, estão fazendo pelos nossos desafortunados irmãos e irmãs no momento mais trágico da nossa história, o que é a prova viva de que a Providência Divina age no mundo”

 

 

 

Nós compartilhamos do grande pesar que atinge o mundo por causa da morte de Sua Santidade Pio XII <...>. Durante os dez anos do terror nazista, quando o nosso povo passou pelos horrores do martírio, o Papa levantou a sua voz para condenar os perseguidores e condoer-se das vítimas” (Golda Meir, representante de Israel na ONU e futura primeira-ministra israelense).

“Com especial gratidão, nós recordamos tudo o que ele fez pelos judeus perseguidos durante um dos períodos mais negros de toda a sua história” (Nahum Goldmann, presidente do Congresso Judaico Mundial).

“Mais do que qualquer outro, nós tivemos a oportunidade de apreciar a grande generosidade, cheia de compaixão e magnanimidade, que o Papa demonstrou durante os terríveis anos de perseguição e terror” (Elio Toaff, Rabino-chefe de Roma após a conversão de Zolli).

Enfim, podemos concluir com uma declaração citada por Lapide, que não foi dada por ocasião da morte de Pio XII, mas depois do fim da Guerra pela figura judaica mais conhecida do século XX, Albert Einstein: “Apenas a Igreja Católica protestou contra a violação da liberdade por Hitler. Até então, eu nunca me havia interessado pela igreja, mas hoje sinto uma grande admiração por ela, que teve a coragem de combater sozinha pela verdade espiritual e pela liberdade moral”

 

 

 

Raul Iturra

 

28 de Abril de 2014.

 

lautaro@netcabo.pt

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A ANA privatizada já dá uso ao aeroporto de Beja

A ANA privatizada já começou a usar o aeroporto de Beja. Centenas de turistas franceses aterraram hoje neste aeroporto com destino aos hotéis de Tróia e do Alentejo. Esta primeira remessa faz parte de um "pacote" turístico que vendeu cerca de 40 000 dormidas. "

Esta a primeira de 20 operações entre os dois países a cargo da "GPS Tour", um operador turístico luso líder no mercado francês para Portugal. A Associação de Promoção Turista do Alentejo (APTA) acredita que com estas rotações possam "ser vendidas" 40 mil camas em diversas unidades hoteleiras da região. Grande parte dos turistas que aterraram em Beja visitam pela primeira vez o Portugal, mas o primeiro contacto com a região foi descrito como "fantástico", pelo sol, o céu azul e a beleza das paisagens vistas do ar.

Vitor Silva, presidente da APTA referiu que o Alentejo "é um mercado muito conhecido neste sector de turismo" revelando que além das férias de sol e mar em Tróia, "muitos vão para o interior", virados para a vertente de património e cultura.

Por seu turno Pedro Beja Neves, diretor da ANA, no aeroporto de Beja, justificou que estes voos significam "o caminho certo para a aposta que a empresa faz nesta infraestrutura", considerando que "é necessário" que todas as instituições "façam o seu trabalho" em prol do desenvolvimento da região.

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