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BandaLarga

as autoestradas da informação

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Palavra? Uma nova relação de confiança ?

Para quem está na oposição num momento tão difícil, a leitura dos votos a nível nacional não pode ser mais fraquinha. Diz Seguro que "há uma nova relação de confiança entre os eleitores e o PS". Em termos autárquicos não há dúvida nenhuma que o PS nos próximos doze anos vai dominar a política local, mas em termos nacionais está muito longe disso.

PSD + CDS estão praticamente empatados em número de votos com o PS. E o PS não tem com quem coligar-se. Talvez com o provável novo partido que os independentes venham a criar. Seria uma boa solução para o afunilamento que a vida partidária está a cavar com as suas próprias mãos.

O que vai influenciar decididamente, as eleições legislativas em 2015, vai ser o resultado das políticas que este governo está a aplicar. Se lá chegarmos com o país a crescer, o desemprego a descer e os juros da dívida a permitirem pagar aos credores, o PS estará muito longe da vitória.

E se essa situação é boa para o país também é boa para mim. É por isso que desejo que este governo tenha êxito!

Direitos adquiridos dos que pagam impostos

É preciso tratar de idosos, limpar as ruas e a floresta. Pois bem, os desempregados que recebem subsídios dos estado devem fazer esses e outros trabalhos. Se quiserem continuar a receber subsídio de desemprego, os desempregados terão de cumprir 30 horas semanais de trabalho comunitário. É esta a proposta que no Reino Unido está em cima da mesa. Os desempregados farão trabalhos socialmente relevantes, vão sentir-se úteis e o estado não precisará de pagar horas extras aos trabalhadores com emprego. Claro que os desempregados serão chamados a executar funções para as quais estão preparados. E as funções a que serão chamados devem ser adequadas à experiência académica e profissional dos desempregados.

À volta deste tema há grande margem para se criarem situações produtivas, evitando-se o desperdício e a preguiça .

Estes votos vão Rio acima ?

Ali do Blasfémias :

Face às eleições autárquicas de 2009, ontem e relativamente a votos:

 

O PSD e o CDS perderam 7% de votos;

 

O PS perde 1% de votantes;

 

A CDU sobe 1,5%

 

Os ind. sobem 2,8%

 

e o BE desce 0,5%

 

Os votos em branco sobem de 94.627 para 192.832

 

e os votos nulos de 68.907 para 146.836

 

A abstenção cresceu em 538.334 eleitores não-votantes.

Novo partido "independente" pode fracturar o "centrão" definitivamente

Quem são os independentes? É que com as percentagens do PS e do PSD eles, os independentes, têm a chave da governação do país. Rui Rio avança com um novo partido? É, que, olha-se em volta e não se vê nada melhor para o país. O PC tem 11% dos votos ninguém está disposto a ceder em nada a um partido do século XlX. O BE foi à vida. Com o CDS corre-se sempre o risco de não se chegar à outra margem.

A regeneração da vida partidária pode ter começado com estas eleições! Não esquecer que os independentes são, na sua maioria, gente dos partidos do "centrão". E, os seus votantes são, na sua maioria, gente dos grandes centros urbanos que só mudam de opinião por convicção. Se Rui Rio e os independentes avançarem com um novo partido que possa fracturar definitivamente o "centrão dos negócios", Portugal pode ter nova oportunidade. Só a democracia baralha e dá de novo!

 

 

AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

 

 

Escrevi ontem um texto, publicado na madrugada de 29 a 30, sobre A mentira da abstenção e dos votos em branco, que pode ser lido no blogue Banda Larga em:

http://bandalargablogue.blogs.sapo.pt/584334.html

Parecia-me um assunto importante para a gestão das nossas vidas quotidianas. Tinha antes escrito outro sobre como as eleições municipaIS que derrubam autoridades constitucionais ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS QUE DERRUBAM AUTORIDADES CONSTITUCIONAIS - BandaLarga.mht em https://www.google.pt/#q=Raul+Iturra+ELEI%C3%87%C3%95ES+AUT%C3%81RQUICAS+QUE+DERRUBAM+AUTORIDADES+CONSTITUCIONAIS+-+BandaLarga.mht+

O meu interesse era demonstrar ao leitor o perigo das eleições que são de facto, eleições de municipalidades e vereadores de vários partidos que com correm em vários Concelhos do País. Vi até Ao fecho final e reparei que para a televisão ou as noticias em geral, Portugal fica reduzido a três dimensões: Lisboa, Porto e os partidos que concorrem.

É verdade que muitos populares foram entrevistados, mas apenas por atropelos à dignidade da eleição e o interesse, nunca satisfeito, do jornalista que acaba sempre por perguntar: e por quem vota, qual é o seu partido ou a sua preferência, questão que nunca deve ser colocada por ser o sufrágio um ato de soberania que apenas se comenta com a nossa consciência e a nossa família o dentro do partido político a que se possa pertencer, caso for militante político, que agem, como debatia ontem, como um disciplinado exército.

Todos sabemos os resultados, todos sabemos quem ganhou e quem perdeu. Antes de escrever estas poucas linhas, li os jornais, vi as notícias, ouvi os comentários, li os números de concelhos ganhos, concelhos perdidos, sítios de vereadores trocados e outras ideias.

Mas ninguém falou do meu fatal prognóstico, não por ser meu, eu sou um estranho no Paraiso de Portugal, apesar de ser português. Quem ganhou foi esse 42% de abstenções, votos em branco, queixas contra os governantes, elogios para o Presidente de Câmara do Porto, elogios que partilho profundamente, para o da Câmara de Lisboa.

Sabe-se bem que o grande perdedor foi o poder executivo. Não era em vão escrever os textos que menciono antes: era uma advertência.

O que farão ganhadores e perdedores com o endividamento lusitano? O Executivo, nem por vergonha, demitir-se-á. Os das altas maiorias deveram assaltar a banca, submeter â fome os cidadãos para vender bens como mercadoria e entrar no mercado, já fechado para os produtores portuguese. Produtores mais interessados com a guerra da Síria para vender armamentos, barcos de guerra, aviões se for preciso ou as tropelias da Quénia Somos um país de perdedores e exportamos pastorinhos, santos, imagem da dita Nossa Senhora e a sua água benta que cura cancros. Como me é solicitado a mim pelos amigos e parentes que não têm a felicidade de morar num país abençoado, como a nossa República.

Mais um prognóstico: a Assembleia tornará a ser um campo de luta entre as maiorias opositoras e as minorias que os governam. Dir-me-ão que a maioria continua no executivo, mas a consciência da inconsistência dos governantes já falou antes: o resultado das autárcicas no atropela a maioria parlamentar. Sabem que si. A lei foi criada para o povo governar desde a base da sua soberania. Ainda os que perderam vereadores da sua ideologia, continua aferrado ao poder no arquipélago, só e acompanhado apenas pelo hábito de mandar e ser obedecido sem réplica.

É sabido que não sou homem de fé, mas sou cristão que cumpre a lei e os ditados da minha consciência. Essa consciência que me diz que o povo ganhou a sua soberania e, por um mínimo de honestidades, estas eleições ganhas por abstenção, votos em branco e um elevado número de votos dos opositores ao executivo, esses factos far-me-iam dissolver o Parlamento e convocar novas eleições, porque vê-se logo que o Executivo perdeu e uma mínima honestidade levar-me-ia a o sufrágio universal a correr para não padecer como Alfonso XIII Borbom que se demitiu de imediato por reparar na voz da soberania. Ou Allende, que preferiu falecer na luta pelo seu alto mando, consolidado os dois casos pela voz do povo exprimida nas urnas: um 41% em brancos ou não votantes, um 36% a contrariar a voz de um executivo que não tem sabido perder. Acha Deus para que isto milagre, o quarto seria de Fátima, acontecer. O povo já falou, oiçamos essa vos de autoridade.

Raul Iturra

30 de Setembro de 2013.

lautaro@netcabo.pt

 

 

 

Vitória de Pirro

Para que serve esta vitória? Aqui está um comentário apanhado no Blasfémias :

Alexandre Carvalho da Silveira hiperligação permanente
30 Setembro, 2013 12:42

Para além das câmaras municipais conquistadas e perdidas, e em 2017 haverá eleições autárquicas outra vez, o que fica são os votos que cada um recebeu. E aqui é que a “porca torce o rabo”: o PS não chegou aos 37%, e os partidos do governo PSD+CDS, estão com 35%. Os independentes estão com 6,7%, e se considerarmos que 80% dos independentes são da área do governo, isto é, ovelhas tresmalhadas que mais tarde ou mais cedo vão voltar ao rebanho, não quero ser demasiado optimista, mas o PS e o PSD+CDS devem andar perto do empate em intenções de voto, e isto depois de dois anos de politicas de austeridade, e dos erros de palmatória que o PSD cometeu na gestão destas eleições. Por isso, só o pateta Alegre, ontem pediu eleições antecipadas. Para que é que serviriam eleições legislativas numa altura destas?
Maior vencedor destas eleições: PCP, que conseguiu trinta ou mais câmaras com apenas 11% dos votos. Os maiores derrotados, são o Semedo e a Catarina que conseguiram a proeza de reduzir o BE à soma histórica dos votos PSR+UDP, ou seja, pouco mais de 2%.

Um futuro negro

O PC e a CGTP vão elevar o tom da contestação nas ruas. O PS não sabe o que fazer com esta vitória. O Presidente vai afastar-se como sempre faz quando vê a seara a arder. Só a coligação governamental pode assegurar a estabilidade se se mantiver unida. O que é muito difícil.

Ao primeiro pretexto Portas bate com a porta. E não vão faltar pretextos. Em cima da mesa está o maior de todos . O Orçamento para 2014.

O 2º resgate está mais perto e, curiosamente, veio pela mão de Passos Coelho. Aliás, o actual primeiro Ministro, tem iniciativas que são pura e simplesmente incompreensíveis. Achou por bem ir para o terreno nas autárquicas assim colando o governo aos resultados que já se adivinhavam maus. E, não satisfeito, em vez de separar as questões governamentais das autárquicas, atirou para cima da mesa o "joker" 2º resgate.

Para meter medo? Mas medo de quê se esta classe política está há muito a praticar "o quanto pior, melhor" ? Num país decente dariam as mãos para salvar o país. Pelo menos é isso que se exige ao PS, PSD e CDS...

Entretanto, a crise na Itália (outros cromos) afasta Portugal do centro das atenções. Mas no final da semana temos o resultado da avaliação da 8ª e 9ª avaliação da Troika. E tudo recomeça...

É para isto que querem eleições antecipadas?

E o PS faz o quê ? Junta-se ao CDS de Portas? O país ganha o quê com isso? Junta-se ao PC que continua a ser o partido de Cunhal? Liga-se ao BE que está em vias de desaparecer? Ou o superior interesse do país já não conta? É que se quisermos tirar conclusões nacionais destas autárquicas, o PS alcançou 36,3% dos votos, muito longe, portanto, da maioria absoluta .

 

 


 

Congresso Democrático das Alternativas

Na ponta final da campanha eleitoral autárquica as afirmações do Governo tornam cada vez mais claro que o ‘regresso aos mercados’ nunca passou de uma ilusão. A continuação da política deste governo e da troika está a agravar os bloqueios que a economia portuguesa enfrenta. Mas existem alternativas - e são urgentes.

 

O governo tem vindo a afirmar que as decisões do Tribunal Constitucional (TC) estão a tornar cada vez mais provável a necessidade de um segundo resgate. Ao insistir nesta ideia, o governo tem três objectivos: 1) desresponsabilizar-se pela crise económica e social que atravessa o país, 2) justificar as privatizações e os cortes nos serviços públicos e nas prestações sociais que se prepara para anunciar com a proposta de Orçamento de Estado (OE) para o próximo ano e 3) ir instalando na sociedade portuguesa a ideia de inevitabilidade da continuação da actual estratégia de governação para lá de 2014.

Face a isto, é fundamental compreender e afirmar com clareza que:

 

1º) O Estado português não conseguirá, tão cedo, financiar-se nos mercados internacionais - mas isto não decorre das decisões do TC
Portugal tem uma dívida pública superior a 130% do PIB, um endividamento externo historicamente elevado, uma estrutura económica débil e um sector financeiro enfraquecido. O país não dispõe de instrumentos de política económica para lidar com estes problemas e quem deles dispõe – ou seja, as instituições europeias - recusa-se a pô-los em prática, preferindo usar o seu poder de chantagem para impor aos países periféricos e, por arrasto, ao conjunto da UE um modelo de sociedade que não foi sufragado nas urnas.

 

Nestas condições, a dívida portuguesa é impagável e é isso que explica a persistência das elevadas taxas de juro dos títulos da dívida portuguesa. É por essa razão que o 'regresso aos mercados' nunca passou de uma ilusão, usada pelo governo para justificar os sacrifícios até aqui impostos ao país e aos portugueses. 

 

 

2º) A estratégia do governo e da troika não resolve – antes agrava – os bloqueios que economia portuguesa enfrenta

Segundo o governo, a destruição dos serviços públicos e a desregulação das relações de trabalho são o caminho para sair da crise. No entanto, após três anos de austeridade tornou-se ainda mais claro que esta estratégia não resolve, antes agrava, os bloqueios que a economia portuguesa enfrenta – desde logo, um endividamento insustentável e uma estrutura produtiva débil. Se esta trajectória não for interrompida, Portugal terá uma sociedade ainda mais desigual e entregue às lógicas de mercado. Esse será o único 'sucesso' do 'programa de ajustamento' do governo e da troika.

 

3º) As alternativas existem e são urgentes

O caminho da devastação social e económica não se inverterá enquanto não se impuser uma renegociação da dívida pública portuguesa que seja consentânea com uma política de relançamento do emprego, de valorização do trabalho e de restabelecimento dos direitos que asseguram uma sociedade decente. Os portugueses e portuguesas que não se revêem no actual rumo têm de continuar a reunir forças para resistir à estratégia de retrocesso social e para construir as condições para uma alternativa de governação que faça frente à chantagem e devolva ao país um sentido de esperança no futuro.

 

O Congresso Democrático das Alternativas apela, assim, à mobilização de todas e todos para as iniciativas de protesto que terão lugar no mês de Outubro (nomeadamente, as manifestações convocadas pela CGTP, dia 19, e pelo Que Se Lixe a Troika!, dia 26), bem como para o esforço de clarificação dos propósitos e das implicações da estratégia do governo e da troika.

 

Ao longo das próximas semanas, o Congresso Democrático das Alternativas irá realizar iniciativas de debate e esclarecimento sobre “A Crise, a Troika e as Alternativas Urgentes” e sobre a proposta de OE para 2014, culminando numa grande iniciativa pública que terá lugar no dia 31 de Outubro, em Lisboa.

 

Contamos com a sua participação!

 

 

Saudações democráticas,

 

A Comissão Organizadora do Congresso Democrático das Alternativas

http://www.congressoalternativas.org/


Perderam os partidos. Ganhou o país

Nas condições em que se disputaram estas eleições milagre seria não haver mudanças significativas. Mas há mudanças importantes para o país. Na Madeira acabou a tenebrosa ditadura de Jardim. Os independentes vieram para ficar, principalmente com a vitória de Rui Moreira no Porto ( é sempre no Porto que se iniciam os volte faces políticos, honra lhe seja). O BE desapareceu e se continuar na penosa viagem que iniciou com dois medíocres como são Semedo e Catarina, vai desaparecer completamente nas próximas europeias.

O PS nem de longe nem de perto conseguiu atrair o voto dos descontentes de um governo no meio de um vendaval. As contas atiram para um número de votos praticamente igual a 2009. O CDS ganhou cinco câmaras e o PC recuperou a influencia autárquica que merece. O PSD perde nuns sítios  mas ganha noutros.

Seguro, Passos Coelho e Costa ainda não falaram vai longa a noite o que mostra que nenhum deles tem coisas agradáveis para dizer. O povo tem sempre razão!

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