Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BandaLarga

as autoestradas da informação

BandaLarga

as autoestradas da informação

Zangam-se as comadres...

Zangam-se as comadres sabem-se as verdades! Juiz do Tribunal de Contas acusa magistrado do Ministério Público. A PGR manda abrir inquérito.

Isto está a mudar. Já há gente sem medo de escrever o que pensa sobre os governantes. Bem longe do tempo em que se tesouravam processos e se inutilizavam escutas.

No seu despacho, o juiz conselheiro João Aveiro Pereira afirma que o Ministério Público se coibiu “de acusar os governantes regionais indiciados pelas infracções financeiras que lhe são imputadas, não porque não haja factos e provas em abundância, que tornam os indícios fortes, indeléveis e não escamoteáveis, mas porque optou por uma linha de raciocínio divergente da realidade plasmada na auditoria e no respectivo relatório, eivado de conjecturas e ficções desarmónicas com o dever de objectividade e de legalidade por que se deve pautar a conduta processual do agente do MP.

O governo de todas as batotas

Vitor Gaspar diz coisas gravíssimas mas que a mim não me admiram nada : "Verificou-se que muitos dos contratos permitiram às empresas públicas apresentar resultados positivos no curto prazo”, disse o ministro das Finanças numa audição no Parlamento, acrescentando que essa estratégia “reflecte um padrão de comportamento do Governo anterior”.

Vítor Gaspar aproveitou, aliás, para dar alguns exemplos, como “o crescimento da dívida do Sector Empresarial do Estado, que duplicou durante os seis anos de [Governo] PS”, frisando que se trata de “práticas reiteradas de desorçamentação que resultam agora em reclassificações” das empresas, incluindo no perímetro de consolidação das contas públicas."

Foi um tempo de fartar !

Eles, sim, são tóxicos e não é pouco!

Saíram dois secretários de estado porque as SWAPS que negociaram foram indicados como tóxicos pela auditoria. O mesmo não se passa com as operações idênticas da autoria de Maria Luís Albuquerque enquanto directora financeira da REFER. É difícil de perceber?

O PC e o BE como é habitual e da sua natureza misturam tudo na tentativa de atacarem quem, pelos dados que temos, fez operações financeiras absolutamente legais e tecnicamente adequadas.

Um dia destes os governantes têm que sair directamente de um convento, como donzelas sem mácula e sem vida anterior. É assim que cada vez mais vemos gente a chegar ao governo sem qualquer curriculum. Quem alguma vez ocupou funções que exigem responsabilidade e risco tem sempre um qualquer funcionário partidário a ladrar-lhe às canelas. Eles sim, são tóxicos e não é pouco!

Chumbado o alargamento da Liga para 18 clubes

Quando metade, senão mais de metade dos clubes estão falidos, com vencimentos em atrazo, querer alargar a Liga com mais dois clubes não cabe na cabeça de ninguém. Claro, que esta era a forma estúpida de meter o Boavista, por decisão dos tribunais, mas nem isso ficaria assegurado. 

Se aquela ideia da Inspecção do trabalho de dar prisão às entidades patronais que tenham vencimentos em atrazo, ganha adeptos, ainda vamos ver os Presidentes dos clubes assistirem aos jogos não do camarote presidencial mas aos quadradinhos.

 

RTP - contagem decrescente para o colapso

A RTP 2 vai em 2% do share e a RTP1 para lá caminha. A RTP tem donos, não sabemos bem quem, mas tem donos. Há muito que está "privatizada" por interesses de quem lá vai buscar muito dinheiro e nunca lá injectou nenhum. Não têm lá dinheiro, vivem de subsídios do estado (chegaram a um montante escatológico) e não têm audiências decentes.

Querem uma RTP comercial, mas a publicidade diminui. Com menos anúncios, o fim das "indemnizações compensatórias", a reposição de subsídios salariais por decisão do TC e a proibição europeia de subsídios por portas travessas, poderá não haver dinheiro em breve.

O caminho para a nova tutela governamental não é fácil. Ou mexe agora no ninho de lacraus e é um ai-jesus das carpideiras do costume, que querem ainda roer o que resta do osso em proveito próprio, ou pode deixar andar a RTP como ela quis, até que rebente. Já não falta muito. Talvez nessa altura se pudesse fazer a revolução tranquila e criar um serviço de interesse público a sério.

Qual é a dificuldade em chegar a um consenso sobre as propostas do PS ?

propostas dirigidas à economia que são pacíficas. Outras nem tanto e outras ainda que já são ou já foram experimentadas - redução do rácio da banca de 10 para 9%, libertando 4,5 mil milhões de euros para apoio às empresas ; financiamento de 5 mil milhões de euros junto do BEI; reencaminhar 3 mil milhões do empréstimo da Troika para as empresas; conversão em capital das dívidas à segurança social, ao fisco e banca nas empresas que se mostrem viáveis ; tratamento fiscal mais favorável para lucros reinvestidos com criação líquida de emprego ;crédito fiscal para os suprimentos dos sócios; Banco de Fomento com um fundo de investimento endógeno para substituir importações; descida do IVA na restauração; programa de reabilitação urbana apostada na eficiência energética.

Emprego, não são mais que generosas promessas; Segurança Social - financiamento do sistema alargado às mais - valias das empresas. É mais do mesmo, mais um imposto.

Saúde, separação do público e do privado para evitar conflitos de interesses e deslocação dos médicos aos centros de saúde para realizar consultas

Europa, criação de um Fundo de redenção para mutualização de parte das dívidas públicas - a partir dos 60% do PIB - ficando à responsabilidade da Europa  e papel mais activo do BCE na emissão da moeda.

Há propostas que dependem só de nós e há propostas que dependem do exterior. Mas todas merecem ser discutidas.

Qual é a dificuldade em chegar a um consenso sobre propostas tão óbvias ?

5% do PS está forte e coeso

Os outros 95% só têm o mesmo discurso que nesta altura não pode ser outro. Mantemos a consolidação orçamental e o rigor mas vamos avançar com um memorando para o crescimento. E lá estão elencadas as medidas. Todas as propostas de Seguro para injectar mais dinheiro na economia, alongar prazos de pagamento da dívida e baixar taxas de juro dependem da concordância da outra parte que está em Bruxelas, Berlim e por aí fora.  Mas não podem dizer outra coisa, é isso que os une. As tropas de Seguro, de Costa, de Assis e de Sócrates só neste discurso, para fora, estão de acordo. De resto, odeiam-se como sempre se odiaram desde as jotas.

Restam os 5% que não concordam com este discurso e que não partilharam nada. Nem discurso nem lugares na administração pública nem no governo. Estes sim, estão coesos!

 

A Constituição não impede a abertura de funções sociais ao privado

Jorge Miranda, o "pai da Constituição" diz o que é evidente : Não me repugna que haja participação ou colaboração, por exemplo, no caso da Educação. Só teríamos a ganhar se houvesse mais associação entre o ensino público e privado/particular, haveria vantagem para uns e outros. E subsídios a escolas privadas, no género do que acontece em França, Bélgica, Holanda. Temos a ganhar com mais abertura, sem que o Estado deixe de ter o seu papel, as suas escolas, o papel de regulador e disciplinador, evitando, também aí, a comercialização no ensino. Tudo isto já acontece na Saúde.

Pág. 1/21